Poetas Redivivos

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Capítulo LXXXVI

Gratidão


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Agradeço, alma irmã, por tudo o que me deste,

O auxílio fraternal, generoso e sem preço,

O teto, o lume, o prato, o reconforto, a veste,

Tudo isso agradeço…


Sobretudo, alma boa,

Deus te compense o coração amigo,

Por teu olhar de paz que me alenta e abençoa

Na estrada em que prossigo.


Viste-me em solidão,

Esperança caída sem ninguém…

Deste-me apoio com teu braço irmão

E ergui-me de alma nova para o bem!…


Não há palavra com que te defina

O reconhecimento que me invade,

Ao sentir-te no amparo a presença divina

Da Celeste Bondade.


Deus te guarda no excelso resplendor

Da luz com que me aqueces todo o ser,

Porque me refizeste a certeza do amor,

A bênção de servir e a força de viver.




Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier

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