Poetas Redivivos

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Capítulo LXXXVIII
Ilustração tribal

A lição do lenho


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(Uma página aos médiuns)

Erguia-se, ditoso, o tronco peregrino,

Amava a passarada, o vale, a fonte, o vento!…

Um dia, geme e tomba ao machado violento…

Alguém surge e faz dele emérito violino.


Ninguém lhe viu no bosque o trágico destino,

Hoje, porém, alheio ao próprio sofrimento,

Comove multidões… E segue, humilde e atento,

O artista que lhe tange o arcabouço divino.


Oh! coração, se o mal te fere, pisa, corta

E te lança por terra a vida semimorta,

Lembra o lenho harmonioso — intérprete profundo!


Entrega-te a Jesus e Jesus há-de usar-te

A transfundir-se a dor em luz, por toda a parte,

Enxugando contigo as lágrimas do mundo!…




Arthur de Salles
Francisco Cândido Xavier

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