Poetas Redivivos

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Capítulo XLII
Ilustração tribal

Alcoólatras


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QUADRO PUNGENTE

Alcoólatra vampiro alça a boca debalde,

Ébrio desencarnado, a hedionda sede aguça.

Híspidos lábios lambe e escancara a dentuça,

Tateia o vidro, em vão, do frasco verde e jalde.


Rápido, caça alguém no remoto arrabalde,

Alcoólatra encarnado encontra e lhe refuça

A goela que se inflama, enrubesce e empapuça,

Como a sacar de si mais sede que a rescalde.


Agarra-se o vampiro ao bêbado por entre

As vértebras do peito e as vísceras do ventre,

Toma-lhe o braço e o corpo… Estala a língua bronca!


A dupla bebe, bebe… E, às tontas, na calçada

Cai de borco no chão, estira-se largada,

Delira, geme, dorme, espolinha-se e ronca…




Essa mensagem foi publicada originalmente em 1971 pelo IDE e encontra-se no 4º capítulo do livro “”



Honório Armond
Francisco Cândido Xavier


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