Poetas Redivivos

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Capítulo XLVIII

Ascensão


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Segue sem repousar, gemendo embora,

Sob a nuvem de fel que se agiganta;

Nossa dor é a subida áspera e santa,

Em que a Mão do Senhor nos aprimora.


Serve no espinheiral… Padece e chora…

Mas entesoura a fé que vibra e canta.

Em pleno charco, o lírio se levanta

E, além da escuridão, renasce a aurora.


Agradece a aflição que te sepulta

Nas ansiedades da batalha oculta,

Em que o gládio de pranto te domina…


Bendize a sarça que te dilacera

E encontrarás a Eterna Primavera

No Lar Celeste da União Divina.




Vallado Rosas
Francisco Cândido Xavier


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