Poetas Redivivos
Versão para cópiaCapítulo XCVIII
Desengano
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O avarento Juquinha Vigilato Tinha nota e mais nota, a mala cheia, E morava num rancho de correia, Quase à beira do rio Carrapato. Se um mendigo pedisse um pão no prato, Respondia: “Ah! meu filho, a vida é feia! Se eu tivesse um tostão para candeia, Não passava uma noite aqui no mato.” Veio um ano chuvoso… De repente, Desceu de madrugada enorme enchente, Chuvarada de tempo carrancudo… Juquinha trepou logo num salgueiro, Mas, enquanto gritava: “Ai, meu dinheiro!…” A enchente levou nota, mala e tudo. |
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