Poetas Redivivos
Versão para cópiaCapítulo CIII

Dona Branca
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Na mansão, Dona Branca, agitando as mãos finas, Exclama: “Pobres, não!”… E, irônica, acentua: — “Mendigo é na cadeia e miséria é na rua…” E os pedintes se vão a férreas disciplinas. Chora a penúria em torno e há festas libertinas, Dorme-se à luz do sol e regala-se à lua… Numa noite brilhante, a morte se insinua E furta Dona Branca ao mar de serpentinas… Desencarnada agora, a mente se lhe atrela A miragens febris!… Crê-se adornada e bela, Nada conserva além da sombra em que se touca… E, mulher que fugira ao serviço fecundo, Dona Branca; algemada às lembranças do mundo, Baila na própria campa em frêmitos de louca. |
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