Ponto de Encontro [Geem]

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Capítulo XIV

Petição não muito própria


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Dos companheiros de grupo,

Era ele o pedinchão,

Solteiro, aos trinta, seu nome:

Benedito Salomão.


Quando chegava o momento

Do Guia comunicar-se

Ei-lo a rogar, compungido,

Sem reserva e sem disfarce:


— “Irmão Pinheiro, recorda

Os assuntos de meu caso,

O meu problema difícil

Vem sofrendo grande atraso…”


O guia escutava, atento,

Ao modo de homem antigo…

Depois, falava, sereno:

— “Muita calma, meu amigo!…”


No entanto, em sessão seguinte,

Eis Salomão no clamor:

— “Irmão Pinheiro, relembra!…

Ampara-me, por favor.”


O Guia fitava as mães

E os pobres de olhar aflito,

Em seguida, replicava:

— “Mais calma, Irmão Benedito…”


Pinheiro era servidor

Da tarefa semanal;

E Salomão prosseguia:

— “Irmão, estou muito mal…”


O Guia explicava a todos

Que a provação quando vem,

É socorro antecipado

Para o nosso próprio bem!


Entretanto, Benedito

Em gemidos sempre iguais,

Clamava: — “Pinheiro amigo,

Tem dó! Não aguento mais!…”


Em uma sessão tranquila,

Revelou-se o Irmão Pinheiro:

“Benedito, eu fui na Terra

Pequenino sapateiro…


Agora, estou aprendendo

Sobre socorro e doença.

Não tenho a telepatia,

Não percebo o que se pensa…


O que sofres, assim tanto?

Enfermidade, tristeza?

Há professores no Além,

Amparando a natureza…”


Mas Salomão respondeu:

— “Eu não tenho um mal qualquer!…

Quero a cura de meu corpo,

Não sei passar sem mulher…”




Jair Presente
Francisco Cândido Xavier


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