Preito de Amor

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Capítulo III

Berços na sombra


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Ouvindo a infância que chora

Na senda em treva escarninha,

Estende a mão generosa

Às dores da criancinha.


Nesses braços pequeninos,

Nesse olhar humilde e puro,

O Senhor roga-te amparo

Na construção do futuro.


Além de tudo, auxilia,

Carregando novo alento

Às flores que desabrocham

No vale do sofrimento.


Muitas vezes, nesses anjos

Do caminho atormentado

Palpitam grandes amores

De nosso próprio passado.


Ante os vagidos de angústia,

Afaga, auxilia, socorre…

Um berço desprotegido,

É uma luz do Céu que morre.


Servindo e reconfortando,

Não te esqueças de que um dia

Jesus esteve igualmente

Nos panos da estrebaria.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier

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