Presença de Chico Xavier

Versão para cópia

No Limiar

Leitor amigo,

Não será este um livro de perquirição em que nos façamos adoradores de hipóteses, selecionando palavras para não cair dos trapézios do sofisma, em que as dúvidas se agigantam.

Este é um volume do sentimento para instrução da alma e consolo do coração.

De muita gente se ouve que as faculdades mediúnicas de Chico Xavier são instrumentos exclusivos de cientistas e escritores, literatos e poetas desencarnados que voltam à Terra para entendimento com seus irmãos de louros acadêmicos. E, efetivamente, uma preleção de Emmanuel, uma página reveladora de André Luiz, um poema de Augusto dos Anjos, um conceito de Albino Teixeira ou um apólogo do Irmão X dão que pensar, esbarrondando os muros da cegueira de espírito e abrindo novos horizontes à convicção na sobrevivência.

É o estilo, a temática, a inconfundibilidade, o conteúdo filosófico enunciando a presença de homens sobejamente conhecidos e cerebrações que não morreram…

Não faltam, na arena da crítica, os que vejam em tudo isso a arte de Paul Reboux e não mediunidade ativa e estuante, embora o médium permaneça no campo do serviço ao próximo, há mais de quarenta anos consecutivos.

Necessário considerar, no entanto, que Xavier não é apenas o medianeiro de personalidades famosas, no tope de nossas letras. É igualmente o veículo de amigos desencarnados, muitas vezes, tão só conhecidos daqueles que os amaram nos recessos do lar, a surgirem, de inesperado, através de reuniões íntimas e públicas, dando provas inequívocas da imortalidade.

São pais e mães, filhos e amigos que retornam do Mais Além, para sofrearem o desespero dos entes queridos que ficaram no mundo, a lavar-lhes a lousa com as próprias lágrimas… Espíritos familiares que se comunicam, sem outros lauréis que não sejam aqueles que lhes repontam dos corações redivivos em cânticos de esperança e ternura, restaurando a fé e operando a renovação de criaturas atropeladas pelo carro inflexível da morte… E todos eles, a uma só voz, gritam que a vida continua, que o sepulcro não é o fim, que a Justiça nos preside os destinos, na Terra e Além da Terra, que o amor nunca morre…

Dentre as centenas de mensagens desse teor e de depoimentos valiosos em torno da verdade, espalhados pelo Brasil afora, o autor reuniu apenas alguns por mostras da realidade espiritual.

Não se trata, assim, neste livro, da louvação de um médium, a quem consagramos a nossa estima pessoal, num convívio que conta mais de onze anos sucessivos, — tão humano quanto nós mesmos, — mas sim de documentar a presença irretorquível de companheiros desencarnados, na presença de uma organização medianímica, em trabalho incessante para mais de quatro decênios.

Testemunha pessoal de muitos comunicados e manifestações outras de vida imperecível, através de Chico Xavier, — ocorrências que não nos será licito esquecer, — oferecemos a você, amigo leitor, este volume despretensioso, como sendo um companheiro de nossas reflexões e indagações, diante da existência.

Que estas páginas lhe possam reanimar as energias, nas horas de incerteza, reavivando-lhe a confiança na Espiritualidade Maior e que lhe desdobrem, à frente do coração, os estandartes da verdade e da luz na jornada para os Objetivos Supremos da Vida, — qual ocorre conosco, — são os nossos votos.



Uberaba, 18 de abril de 1970.



Elias Barbosa
Francisco Cândido Xavier

Depoimento de Clóvis Tavares

Dia 26 de julho — Foi uma sexta-feira que despontou linda, cheia de luz.


Virgílio Paula ofereceu um almoço ao bondoso Chico. Sol no zênite e chegávamos nós ao 56, onde nos esperava, na mesa da fraternidade, a refeição que D. Zizinha preparara carinhosamente.

Está em moda agora o “álbum”, novamente, supomos. E acrescentamos, entre colegiais. As meninas, sobretudo, andam a colecionar poesias e pensamentos e pedem a seus familiares, a seus colegas, a seus íntimos que deixem no “álbum” algum soneto célebre ou algumas palavras… para mais tarde servirem de suave recordação. E assim, o “álbum” corre de mão em mão, e dentro de algum tempo é uma delicada antologia, onde as flores da amizade fraterna também se encontram. Ermelinda de Paula Peixoto é neta de Virgílio Paula e aderiu também às alegrias do “álbum”, sempre mais agradáveis que as do “ioiô”, ou do “bilboquê”. Anda enchendo o seu caderno de sonetos e poesias.

E após o almoço, no velho “solar” de vovô Virgílio, a Ermelinda pede ao médium Xavier que deixe ali também o testemunho de sua passagem por Campos, transcrevendo alguns versos do “Parnaso de Além-Túmulo”.

Chico senta-se à mesa, na sala próxima, e recebe o seguinte, escrito no álbum da jovem liceísta:


APELO À ERMELINDA

Ermelinda, a nossa Escola

É um templo de amor e luz!…

Eleva-te, vence o mundo!

Vai trabalhar com Jesus!


Casimiro Cunha

E o nosso Chico, delicadamente, entrega a Ermelinda o “álbum”. Ela vai lendo… mas antes de terminar a leitura cai em pranto convulsivo. Chora. Chora muito. Compreendera o apelo! Ela havia abandonado a Escola Jesus Cristo, há cerca de um ano… E o poeta-evangelista, pela mediunidade de Francisco Xavier, trouxera-lhe um pedido profundamente emocionante. Foram no entanto, lágrimas de compreensão que lhe trouxeram, logo após, uma alegria nova: a de voltar ao redil do Divino Pastor.

E voltou de fato. Matriculou-se novamente na Escola Jesus-Cristo e o seu exemplo valeu porque algumas outras ovelhinhas voltaram também ao aprisco. Deus as conserve em Sua luz!


A CAMINHO DE GUARULHOS

À tarde fomos ao “caldo-verde”, oferecido pela família Bonifácio Carvalho e esplendidamente preparado por D. Mariquinhas e D. Cândida. Após o ágape fraterno, onde a alegria também foi um prato, vão todos à Escola Jesus Cristo e daí o exército sem armas se dirige a Guarulhos, para a reunião no Grupo Allan Kardec, secção da Escola no 7º distrito. Após a pregação evangélica da noite, sobre a Mt 25:1, feita pela irmã Isolina Rocha, o médium Xavier recebeu duas mensagens: uma de Casimiro Cunha e outra de Quininha, que é como se chamava na intimidade familiar a mãe do irmão Virgílio Paula, a Sra. Joaquina A. da Silva.


(Para a irmã Isolina Rocha)


Minha irmã, Deus te abençoe

O esforço amigo e fraterno

No Evangelho de Jesus,

Que é o nosso tesouro eterno.


Cada palavra amorosa,

Nas sendas da pregação,

É mais luz na tua estrada

De Vida e de Redenção.


Trabalha. Luta. Esclarece.

Prossegue no teu labor.

Jesus estará contigo

No esforço consolador.


Guarda a lâmpada de Cristo

Entre as sombras e escarcéus

E hás de ter em teu caminho

As luzes da Luz dos Céus!…


Casimiro Cunha

E em seguida, ao correr impetuoso do lápis…


(A Virgílio de Paula)

Meu querido filho. Deus te abençoe o coração.

Na verdadeira estrada de Deus, eu venho felicitar-te, agradecendo as tuas preces e as tuas amorosas vibrações.

Reconhecida, elevo ao Todo-Poderoso a expressão do meu reconhecimento. É que na sua infinita piedade, Jesus permitiu que eu te viesse trazer, de novo, a minha afetuosa ternura. Desejava fazer o mesmo com todos aqueles que se constituíram em filhos de minh’alma, nas estradas do mundo, entretanto, elevo ao Senhor o meu pensamento feliz pela possibilidade de te manifestar os meus pensamentos mais ternos e profundos.

Meu coração está cheio de nossas queridas lembranças do Imbé e as minhas são filhas do mesmo amor devotado e sincero de todos os tempos. A vida de Além-Túmulo não nos priva desse conforto sagrado de aproximação e de convívio com os entes mais queridos do coração. E aproveitando o ensejo bendito da bondade de Deus, aqui estou para implorar, de novo, as suas bênçãos para o teu espírito dedicado e trabalhador.

Meu filho, regozija-te nos sofrimentos que purificam e salvam. Grande é a luta transformadora, porém o amor de Jesus excede sempre as nossas expectativas.

Aqui, desfizeram-se as minhas ilusões religiosas, com respeito ao culto externo que meu coração havia herdado de quantos nos haviam precedido. O que hoje realizas, pela bondade do Todo Poderoso, tive de edificar com um trabalho maior. A vida da alma não se constitui de uma falsa adoração aos símbolos da Terra e, como hoje o fazem as netas bem-amadas, fui obrigada a examinar o espírito dos ensinos do Evangelho do Cristo, cooperar com a sua bondade nas lições purificadoras de seu amor em seu próprio benefício e, graças ao amparo de tuas orações e à assistência espiritual de amigos abnegados deste novo Plano da vida, vou aprendendo a encontrar a luz do Céu em meu esforço próprio, colaborando contigo em sua tarefa de abnegação e de amor.

Sei que muito grandes são os teus trabalhos, mas todo esforço pelo bem é justo e santo. A cada um dos que te cercam o coração bondoso e amigo no lar oferece o patrimônio de tuas abençoadas conquistas. Aqui me ensinam que os trabalhadores vitoriosos não são aqueles que descem para a morte do corpo de uma galeria dourada, mas justamente aqueles que alvejam os cabelos no sacrifício e no esforço santificados pelo bem geral.

Sinto-me agora altamente feliz pois recebi a incumbência, sagrada para mim, de cooperar com Inaiá em sua missão de amar e amparar os pequeninos. Alta noite, quando todos se entregam ao repouso, eu procuro fortalecer-lhe o coração para a tarefa sagrada. Nós, meu filho, somos daquelas árvores que se enriquecem de pássaros e de ninhos. Inaiá é também tua herdeira. Teu lar é como a nossa antiga casa, onde a alegria das crianças sempre se misturou à experiência dos que envelheciam e eu me sinto feliz por colaborar na obra santificada que se procura realizar aqui, sob os auspícios divinos do Evangelho de Jesus.

Nunca te deixes enfraquecer em face das lutas. Cada trabalho, meu bom Virgílio, é uma bênção de Deus. E já que a bondade infinita dos Céus me permitiu o favor da palavra materna, nesta noite, quero estender meus votos de paz a todos, inclusive à Zizinha, companheira abnegada, e uma irmã de todos nós pelo coração e pelo sacrifício.

E agora, meu filho, deixa que aquela que foi a tua velhinha na Terra se despeça temporariamente de ti, implorando as bênçãos de Jesus para o teu coração. Que Ele, o Divino Jardineiro, continue cultivando em teu espírito as flores do esforço e do trabalho, da paz e da esperança, é a prece daquela que te foi a mãe carinhosa do mundo e devotada irmã do Plano espiritual,


Quininha

DECLARAÇÃO DE VIRGÍLIO PAULA SOBRE A MENSAGEM DE SUA SAUDOSA MÃE

“A mensagem é uma fotografia fiel de sua alma. A delicadeza, o modo conselheiral, a maneira humilde e afetuosa de dizer são bem suas, não pode haver dúvidas, e identifica-se ainda pelas referências que faz. Refere-se aos benefícios de minhas preces e amorosas vibrações e, realmente, desde a sua desencarnação, nunca deixei, um só dia de orar pela sua felicidade espiritual, pois ainda que tivesse confiança em que a sua situação no espaço não seria má, pela sua bondade, amor a Deus e espírito de justiça, eu, sendo espírita, não havia recebido ainda nenhuma notícia sua. As minhas orações foram, pois, sempre constantes, pedindo a sua felicidade dentre os entes bem-amados e desencarnados primeiro que ela. E ela agradece-mas como, na sua doce humildade, em vida sempre me agradeceu as mínimas dádivas que eu lhe fazia e que, por fazê-las, já constituíam uma farta recompensa e gozo para mim. Não se esqueceu do Imbé, o nosso querido torrão natal e refere-se às alegrias da nossa antiga casa sempre cheia de crianças — seus filhos e outros nossos amiguinhos da vizinhança — alegrias em folguedos comedidos e honestos, com a liberdade que se deve dar às crianças e jovens, mas temperada com a educação fina e cuidadosa que recebíamos dela, de meu pai e dos nossos maiores com a noção do cumprimento do dever, alegrias de que todos eram participantes; por isso, diz ela: — “onde a alegria das crianças sempre se misturou à experiência dos que envelheciam”.

Perfeita, bela e comovente para mim, é também esta sua imagem de expressão tão doce e simples: — “Nós, meu filho, somos daquelas árvores que se enriquecem de pássaros e de ninhos”. Sim! e este singelíssimo trecho de sua mensagem evoca-me todo o nosso passado no Imbé, naquela terra abençoada e encantadora.

Lá existem mesmo árvores frondosas e belas, onde os pássaros em alvoroço e alacridade esvoaçam, saltitam, cantam e constroem os seus ninhos. E também assim lá sempre fomos, a partir de meus avós. Ela mesma teve muitos filhos e cada um filho ou filha que se casava, não muito longe formava o seu lar — o seu ninho, que por sua vez se ia enriquecendo de criancinhas. Inaiá, a quem ela cita, é minha filha e que, ainda muito jovem e solteira, tem contudo um entranhado amor às criancinhas, tomando os recolhidos da Casa da Criança como seus filhinhos espirituais.

Zizinha, a quem igualmente faz alusão, é minha esposa e minha boa companheira nas lutas desta vida e, em 47 anos que somos casados, a sua vida tem sido só de abnegação e sacrifício a prol da família e daqueles que o Bom Deus permitiu que abrigássemos com amor em nosso lar; e minha mãe, na sua bondade e justiça, reconhece esse espírito de nobre sacrifício e não quis deixar de premiá-lo com a lembrança amiga e os seus bondosos votos de paz.

Tudo, enfim, — o carinho, o amor, a bondade e delicadeza que perfumam suavemente a sua mensagem, é característico do seu coração generoso, humilde e justo.

Minha mãe era católica e profundamente religiosa. Tinha um bom oratório repleto de imagens de santos e livrinhos de rezas. Daí, sem dúvida, aquele trecho de sua mensagem: — “A vida da alma não se constitui de uma falsa adoração aos símbolos da Terra e, como hoje o fazem as netas bem-amadas, fui obrigada a examinar o espírito dos ensinos do Evangelho do Cristo, etc.”.

Mas há ainda um fato que não devo deixar oculto: — naquela noite em que foi recebida a mensagem no G. E. Allan Kardec, estando eu sentado junto ao médium Francisco Cândido Xavier e muito atento à pregação de nossa irmã Isolina Rocha, diretora daquele grupo, quase já no fim da prédica, o nosso irmão Francisco Xavier aproximando-se mais de mim, perguntou-me ao ouvido: — “Sua mãe chamava-se Quininha?” Eu, muito admirado, pois que ninguém, por certo, lhe dissera o nome de minha mãe, já falecida há alguns anos, respondi que sim; que o seu nome próprio era Joaquina, mas que todos só a conheciam por esse apelido, e que até mesmo as pessoas pouco íntimas e mais cerimoniosas a chamavam — Dona Quininha. Era pois o seu nome. Deu-me ele a entender que ela estava presente à nossa reunião, e com isso fiquei contentíssimo, mas confesso que não esperava a sua — para mim — tão bela e emocionante mensagem. Devo dizer também que só conheci pessoalmente o médium Francisco Xavier nesta sua visita a Campos, e que, antes da sessão no G. E. Allan Kardec, o pouco tempo em que estive com ele foi sempre no meio de muitas outras pessoas que o distraíam por todos os modos, não havendo oportunidade para uma intimidade entre nós em que lhe desse conhecimentos sobre a vida de minha mãe. De modo que ele não devia ou não podia saber como ela se chamava. Eis aí ainda mais uma boa prova de sua identidade, além das que já assinalei. De todo o meu coração agradeço, aqui, ao distinto médium tão grande consolação e alegria de que foi portador pela sua extraordinária mediunidade, com a íntima e querida mensagem de minha boa mãe.


Virgílio Paula”

Elias Barbosa


Chico senta-se à mesa, na sala próxima, e recebe o seguinte, que ficou escrito no álbum da jovem liceísta: “Francisco Cândido Xavier em Campos, em visita à Escola Jesus-Cristo”, lembrança do 5º aniversário da Escola Jesus-Cristo, 27-10-1935 — 27-10-1940, Tipografia Soares, Campos, Estado do Rio, págs. 14-23.


Distinto Professor e Pioneiro da Doutrina Espírita, em Campos, Estado do Rio.


Esta mensagem foi também publicada pela editora VL e são os seguintes capítulos do livro “Luz na Escola”: ; ; .



Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier

Depoimento de Pereira Guedes

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 40 ANOS DE MEDIUNIDADE

Em vários jornais e revistas foram publicados trabalhos sobre o período de 40 anos de atividades mediúnicas de Francisco Cândido Xavier.

Foi com imensa satisfação que procedemos à leitura de tudo ou quase tudo que escrevemos sobre o famoso médium.

Agora iremos dizer o que outros não disseram, relatando alguns fatos por nós anotados e ainda não publicados.

Éramos espíritas, desde janeiro de 1920 e morávamos em Marechal Hermes.

Desde essa época até 27 de abril de 1929, tivemos como companheiro leal o nosso querido e bom amigo José Machado Tosta. Com ele estudávamos a Doutrina; com ele discutíamos vários assuntos, inclusive e mais, coisas da mediunidade, maneira de interpretarem a Doutrina Espírita que, naquela época, além do Redentorismo e do Roustainguismo, a Umbanda apelidada de Espiritismo que chegou ao que hoje vemos no Brasil invadindo outros povos da América do Sul, como o Uruguai e Argentina, estabelecendo imensa confusão.

Em 1927, na “Aurora”, sob a direção de Inácio Bittencourt e na “Gazeta de Notícias”, em cuja coluna “Vários Cultos”, José Tosta dirigia a de Espiritismo, surgiu a colaboração de F. Xavier, como poeta e escrevendo também algumas crônicas.

Vamos transcrever abaixo um dos seus sonetos.


Ao adorado Espírito de Stefania Rocha


Renascer… eis a vida, o progresso incessante,

O eterno evoluir, eis a lei do Criador!

Eis do Mestre — Jesus — como luz rutilante,

O ensino imortal no Evangelho de Amor!


Renascer… eis a lei, imutável, constante,

Pela qual nosso “eu” no cadinho da dor,

Em sublime ascensão pela luz deslumbrante,

Subirá para Deus, Nosso Pai e Senhor!


Renascer… eis a luz, eis as almas reunidas,

No contínuo evoluir, nessas múltiplas vidas,

Que o Senhor nos concede — amoroso perdão!


Renascer… eis o sol sempre claro e bendito,

Dessa aurora a raiar na amplidão do infinito,

Apontando a brilhar, essa Luz — Perfeição.


F. Xavier

Para nós, F. Xavier era o poeta espírita que desabrochava em Pedro Leopoldo, com os seus dezessete anos de idade, publicando os seus trabalhos em três órgãos, na então capital da República: “Aurora”, “Gazeta de Notícias” e “Jornal das Moças”. Os espíritas que com ele travaram relações epistolares foram: Inácio Bittencourt e José Tosta e, com este último estávamos nós cooperando na coluna da “Gazeta”.

Revolvendo recortes de jornais, guardados pela poetisa Joselina Tosta, hoje viúva do valoroso e querido confrade Olmiro Paranhos, encontramos também um soneto dedicado a José Tosta e publicado, possivelmente, em 1928:


AS ROSAS DO PERDÃO

Ao meu ilustre amigo José Tosta


Ó flores aurorais de pétalas divinas,

Sois lágrimas de luz das claras madrugadas,

Sois raios de esplendor das noites estreladas

Sois flores divinais, ó rosas peregrinas!


Brotais no coração das almas desgraçadas,

Como a linfa do amor, em gotas cristalinas;

Que perfume lirial, em ondas diamantinas,

Expulsando o amargor das almas torturadas!


Ó rosas do perdão, nascestes com Jesus,

No martírio sem par da tragédia da cruz,

E desde esse momento, ó majestoso dia!


Espalhaste pelo mundo em rápido fulgor,

A beleza da vida e o perfume do amor

Qual um sol portentoso, espalhaste alegria!


F. Xavier

Em o “Jornal das Moças”, naquele período, vários trabalhos seus foram publicados.

Em 27 de abril de 1929, ocorreu a desencarnação de José Tosta, em um sábado. Na segunda-feira, dia 29, na “Gazeta”, levamos o seu último artigo e ficamos a substituí-lo na coluna “Vários Cultos”.

Não foi devidamente anotado em que jornal teria sido publicado o soneto de F. Xavier, dedicado ao Tosta desencarnado. Vamos transcrevê-lo:


Companheiro que à Pátria regressaste,

Entre auréolas de luzes majestosas,

A levar tantas flores perfumosas

A Jesus, tanto amor, que tanto amaste!


Sê feliz nas esferas luminosas

Que afanoso e ridente demandaste:

A buscar o tesouro que espalhaste

Neste mundo de lágrimas penosas.


Mensageiro do Amor, da Caridade,

Missionário do Bem e da Verdade,

Que partiste sorrindo para a luz;


Venturoso serás nessas Moradas,

Onde existe o fulgor das alvoradas

Desse Amor portentoso de Jesus!


F. Xavier

Três belos sonetos aí estão, do poeta médium que vinha surgindo na beleza de sua modéstia. Sim, Francisco Cândido Xavier será, quem sabe, reencarnação de um poeta de outros tempos; pois, mesmo sem estudar a técnica do verso, escreveu bons sonetos. Manuel Quintão, em nossas conversas, não o aceitava como poeta e sim, apenas como médium. Não tivesse entretanto, F. Xavier a qualidade de poeta, talvez não pudesse, com aquela indiscutível precisão, receber versos de um Augusto dos Anjos e outros grandes poetas como vemos na belíssima coletânea do “Parnaso de Além-Túmulo”.

Em junho de 1939, acompanhando Manuel Quintão, D. Alzira sua esposa e mais a senhorita Mariazinha, então noiva de Rubens Quintão, fomos a Belo Horizonte e passamos alguns dias em Pedro Leopoldo.

Quando daqui partimos, no trem rápido da Central do Brasil, conversamos durante a viagem, sobre vários assuntos, entretanto sobre mediunidade e Espiritismo, a nossa conversa foi mais prolongada. Dias antes de nossa partida, em casa do Quintão, D. Ziroca mostrou-nos um soneto, dizendo: “Este, vou levar ao Chico e quero dizer-lhe que é de um poeta da minha maior admiração e que ainda não lhe deu nenhuma poesia”.

Estava sem título e sem o nome do autor. Era um soneto de Alberto de Oliveira, o poeta de sua preferência.

Durante a viagem contamos a Quintão o que o pintor Funchal Garcia nos havia dito sobre Augusto dos Anjos, quando ambos, moravam em Leopoldina, onde o poeta da morte e da melancolia, no dizer De Castro e Silva terminou os seus dias de vida terrena.

Funchal Garcia, sempre em sua sala de pinturas, ouvia, “Funchal, agora vou ao pasto, em busca de alguma coisa”. De volta, lia para o pintor amigo a sua produção; uma de todas aquelas que estão no seu único livro “EU”.

Quando chegamos a Pedro Leopoldo, naquela primeira noite, nos reunimos na sala da casa nova que os confrades da Federação Espírita Brasileira haviam mandado construir, substituindo a casa velha da família Xavier.

Após a prece feita por Quintão, D. Ziroca passou à mão do Chico o soneto que nos havia mostrado antes da partida, dizendo-lhe: — “Chico, o autor deste soneto ainda não apareceu entre os muitos que lhe inspiraram”. O Chico olhou o soneto e perguntou a D. Alzira: — “Quem é o autor, mamãe Ziroca?” D. Alzira não lhe respondeu e a reunião foi iniciada. Muitas mensagens foram recebidas naquela noite feliz para todos nós.

No encerramento da reunião o Chico procedeu à leitura de todas as mensagens, em prosa e versos. A última a ser lida, antes da mensagem de Emmanuel, foi o soneto, cujo autor era o predileto de D. Alzira, denominado SEM TÍTULO e assinado por Alberto de Oliveira que, não constando do “Parnaso de Além-Túmulo”, fora publicado em o REFORMADOR.

Nós, os três, porque Mariazinha havia ficado em Belo Horizonte, estávamos hospedados em casa do Chico. Na manhã seguinte, o Chico que estava trabalhando, demorou para o almoço. Quando ele chegou e foi almoçar sozinho, na cozinha, fomos pata lá e conversávamos todos. A certa altura lhe perguntamos: Responda-nos, Chico, se ainda se lembra, como é que o Espírito de Augusto dos Anjos se apresentou a você? O Chico sorriu e deu-nos a seguinte resposta: — “Foi assim, Guedes. No momento em que eu almoçava aqui na cozinha, tal como estou agora, com o prato na palma da mão, ouvi alguém tossir atrás de mim. Olhei, e era ele! E disse: Não tenha medo, a doença não pega mais. E disse-me ainda o seguinte: — Quando você acabar de almoçar, pegue papel e lápis e venha comigo. Sorrindo na maior simplicidade, disse-nos ainda o Chico: — “Quando terminar o meu almoço, eu vou levar vocês lá fora onde o Augusto dos Anjos me levou”.

Terminado o almoço, fomos os três, eu, ele e Quintão. Lá fora, já no pasto, como quem vai para Sete Lagoas, o Chico estacou e disse-nos: — “Foi aqui”. Havia uma enorme acha de braúna, com uma das pontas debaixo de enorme monte de cupim.

“Foi aqui”, repetiu o Chico, agora não mais sorrindo, “que Augusto dos Anjos me transmitiu o primeiro poema que está em primeiro lugar em “Parnaso de Além-Túmulo”. Estava tudo certo.

No dia anterior Alberto de Oliveira ditou-lhe o soneto SEM TÍTULO e depois, sem que lhe houvéssemos dito o que Funchal Garcia nos contara, tivemos a comprovação de que, aquele hábito de escrever no pasto, Augusto dos Anjos o repetiu, dando ao médium de Pedro Leopoldo a sua primeira manifestação, como era hábito seu, escrever no pasto.

Dias depois, de volta, chegamos em Belo Horizonte e o Chico veio conosco. A União Espírita Mineira anunciava, pelo Rádio, que à noite falariam naquela instituição dois oradores: Manuel Quintão e Pereira Guedes.

Quintão nos preveniu que, em virtude de sua afonia naquela altura, ele só falaria 15 ou 20 minutos.

Leonardo Baungratz presidiu a conferência. A casa estava cheia e lá fora havia muita gente, de guarda-chuva aberto, porque chovia.

Agora vamos ficar à margem do segundo orador e, apontando-o, contaremos a história como se passou.

Antônio Pereira Guedes falou mais de uma hora. Em meio à palestra houve um desvio do orador que passou a falar do crime do suicídio.

Terminada a palestra, rompendo a multidão, encaminhou-se à mesa uma senhora ainda moça, gorda. Estacou-se diante do orador que acabava de falar; estendeu-lhe a mão e, beijando a do orador, perguntou-lhe: “Quem o senhor me indicará para prestar-me ajuda? Eu, me suicidaria hoje!… Já tenho em casa uma pastilha de sublimado corrosivo, mas agora não me mato mais”. Naquele silêncio absoluto, o orador indicou-lhe a senhora de seu amigo Leonardo Baungratz, D. Delmitina que, levantando-se declarou: “A senhora é minha vizinha.” Estava encerrado o episódio.

O médium Francisco Cândido Xavier começa então a leitura das mensagens recebidas durante as palestras. Os primeiros versos eram de José, seu irmão desencarnado. Depois poesias várias e a mensagem de Emmanuel.

Antes, porém, da última mensagem, o Chico que estava sentado à cabeceira da mesa, passou ao Quintão uma das mensagens. Quintão olhou-a e passou a Leonardo Baungratz que fez o que Quintão fizera, passando o papel ao segundo orador, o Guedes.

Era um bilhete de seu pai e dizia assim:

“Tonico.

Aqui estou a teu lado e vibrando contigo. Comigo está o Jerominho que manda um abraço ao Nenê e outro à sua filha Delmitina.

Teu pai.


Messias Guedes”

Ora, nunca jamais disséramos ao Chico que o nosso pai já estava morto, que tínhamos o apelido de Tonico e que Leonardo Baungratz era Nenê. Jerominho era o Sr. Jerônimo, ex-delegado em Lima Duarte, sogro de Leonardo, que tornou-se espírita. Era amigo de Messias Guedes de Moraes, que também tinha apelido de Nenê.

Até hoje, em Belo Horizonte, ninguém conhece Leonardo Baungratz por apelido. Por que tudo aquilo acontecera àquela noite? É que Francisco Cândido Xavier é verdadeiramente médium de extraordinárias faculdades, de valor incontestável.

Que ambiente extraordinário o daquela noite, na União Espírita Mineira, em Belo Horizonte!

Em 1952, estávamos em Pedro Leopoldo e tivemos notícias de que aquela senhora, que tanto nos empolgara aquela noite, estava ainda entre os chamados vivos da Terra.

Dos espíritas com quem F. Xavier travara relações, por correspondência quando iniciou a publicação de seus versos aqui no Rio, vivo, entre os mortais, resta o signatário deste relato.

Guardamos carinhosamente uma das cartas que o F. Xavier nos escreveu em 29 de dezembro de 1929, pedindo-me a publicação de seus trabalhos na “Gazeta de Notícias”.

Hoje, não sabemos porque, não temos mais respostas às cartas que lhe escrevemos, desde que saiu de Pedro Leopoldo.

Não importa, um dia havemos de nos encontrar.

Rio, janeiro de 1968.

Pereira Guedes

Elias Barbosa


“O Clarim”, de Matão, Estado de S. Paulo, Ano LXIII, nº 9, de 15-4-1968.


Essa mensagem foi publicada também em 2010 pela editora VL e é a 2ª lição da 2ª Parte do livro: “”


A. PEREIRA GUEDES — Denodado lidador da seara espírita no Brasil e jornalista veterano da imprensa carioca, residente no Rio.



F. Xavier
Francisco Cândido Xavier

Outro precioso depoimento de Clóvis Tavares

No sábado, 27 de julho (1940)


Às 11 e meia da manhã o irmão Floriano Peixoto de Oliveira oferece, em seu lar, um almoço ao querido visitante e às 3:30 da tarde, em casa do irmão Amaro da Costa Pinto, faz-se a segunda refeição do dia. Em seguida, todos se dirigem para o bairro do Queimado, onde à rua Silva Jardim, nº 8, no lar evangélico de Brasilino Soares, funciona outra secção da Escola Jesus Cristo — o Grupo Adelino Lemos, dirigido pelas irmãs Salvadora Assis e Elza de Paula Siqueira.

Na tenda humilde, realiza-se, na tarde saudosa, a 3ª reunião. Elza e Salvadora pregam a palavra de Jesus e, logo após, o médium Xavier recebe mais duas mensagens: uma, de Adelino Lemos, antigo e devotado trabalhador do Evangelho em Campos, uma das veneráveis figuras da velha geração, primícias do Espiritismo em nossa terra; outra, de Olímpio Almeida, muito conhecido em nossa cidade, onde deixou vasto círculo de amigos pelos seus elevados dotes de coração, auras de uma vida honesta, dedicada à família, ao bem e ao trabalho. Sua esposa, D. Conceição e a sua filha Margarida são recém-convertidas ao Evangelho e estavam presentes à reunião, juntamente com D. Maria Amélia, também filha do casal.

Leiamos, pois, as duas mensagens:


[Aos confrades de seu Grupo Espírita]

Envolvendo ambas as devotadas cooperadoras desta casa no meu amplexo espiritual, venho trazer-vos o meu voto de paz, em Jesus-Cristo.

Esta tenda de trabalho evangélico recorda o meu nome singelo; mas, em verdade, também eu integro o grupo de aprendizes cristãos que aqui se reúne, prosseguindo no mesmo esforço autoeducativo do passado, em que o Espiritismo constituía para a minh’alma pobre a abençoada e grande revelação.

Sintamo-nos felizes por compreender os problemas doutrinários em sua feição religiosa.

Muito se tem falado no mundo de fenomenismo e ciência. As espetaculosas demonstrações materiais surgem por toda parte, novos agrupamentos de investigação e de análise se formam, em todos os lugares, mas os companheiros em humanidade nem sempre se recordam de investigar e perquirir a si próprios. É por isso, amigos, que o Espiritismo dos fenômenos poderá edificar opiniões respeitáveis, mas somente os que se capacitarem de suas consequências nos domínios do sentimento conseguirão encontrar a verdadeira realização da crença, com a paz real no mundo interior, única condição de felicidade para as almas, por constituir o princípio de união da criatura com Deus.

A doutrina, pois, é reforma individual com o Cristo, é realização interna do homem, é a extinção das fantasias dos sentidos frágeis para que o homem compreenda a si próprio, solucionando as suas necessidades de luz e de redenção. Os mais belos fenômenos, quando não apreciados com a sinceridade do coração, podem passar como os fogos fátuos que fazem as mentirosas alegrias de uma festa do mundo. As mensagens mais edificantes, quando não interpretadas com o sentimento, podem morrer como os ecos de uma sinfonia maravilhosa, depois de um concerto harmonioso de sons passageiros do orbe. É por essa razão que nenhum outro fenômeno existe mais formoso e profundo que a localização do Cristo na história planetária e nenhuma outra mensagem existe mais real que o seu Evangelho, endereçado ao espírito coletivo das nações, dos povos e dos agrupamentos familiares da vida terrestre. A essência do Evangelho é a essência da vida imortal. Sua substância é a da edificação perfeita do homem para o Criador.

Elevando ao Senhor os meus votos pela finalidade de nosso Grupo humilde e esperando que possamos reunir os sentimentos mais singelos, em torno do banquete da palavra de Jesus, sente imenso júbilo por deixar-vos os votos de esperança e de paz o menor de vossos servos, em Jesus-Cristo.


Adelino Lemos

A saudade num hino

Conceição, Margarida, Memé, eu sou aquele espírito humilde e pobre que conseguiu comparecer à festa de Jesus…

Venho dizer-te, minha companheira querida da vida material, que seques tuas lágrimas de saudade e de dor.

Filhas amadas, transformemos de agradecimento a Deus, porque nós não entendíamos Jesus e agora buscamos compreendê-lo.

As preces que me têm enviado foram um bálsamo sacrossanto para o meu coração.

A morte é de todas as separações a mais dolorosa e mais triste, porém, é com os seus sofrimentos que abrimos o coração para uma vida mais vasta.

Conceição, minha querida, vês que o velho companheiro de tantos anos não te podia esquecer! Eu estou contigo e te beijo as mãos.

Agora, recordo-me bem dos mínimos detalhes do passado, para reconhecer quanto é grande o teu sentimento de dedicação no esforço de esposa e mãe. Perdoa-me! Pois bem reconheço os sacrifícios que minha vida exigiu da tua vida, que o meu coração reclamou de teu coração bondoso! Eu bem quisera continuar aí no mundo, ao teu lado, mas os desígnios de Deus são mais fortes e justos. Se eu não partisse, não estaria sentindo tanta felicidade por compreender melhor a Jesus e, se amargo tem sido o cálice de nossa separação, também hoje tens o tesouro da fé viva que cousa alguma do mundo poderá subtrair.

Nossa Margarida também enche o teu espírito saudoso com os cânticos de sua Escola. Memé e Zélia, bem como o filho querido, ouvem-te as palavras de resignação e se encontram também felizes!

Que desejo mais, minhas queridas, senão trabalhar agora para também ser digno do trabalho com Jesus? Peço, pois, a todos os de casa que esqueçam a dor, para guardarem o tesouro da esperança!

Quero que Margarida cante alegremente para a tua alma, a fim de que readquiras a alegria de viver, sabendo que, no Plano espiritual, há o coração do esposo amigo que pede a Jesus pelo teu, resgatando uma dívida sagrada de imenso e de infinito amor.

Peço ao Altíssimo que abençoe as minhas filhas bem-amadas, proporcionando-lhes todos os bens que o aprendizado no mundo pode oferecer.

E, por hoje, guarda o meu adeus afetuoso, crente de que o túmulo é somente uma porta para outra vida mais real e mais bela, onde o coração, porém, não pode esquecer os entes bem-amados que ficaram na Terra, aguardando o reencontro feliz.

Que Deus nos ilumine e me faça compreender cada vez mais que, em toda parte, nós podemos estar juntos pelos laços sacrossantos do coração e do espírito.

Reconhecido e feliz pela esmola que Jesus me concede, peço ao Céu para que as bênçãos do amor de Deus estejam com todos.


Olímpio Almeida

Elias Barbosa


“FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER EM CAMPOS, EM VISITA À ESCOLA JESUS-CRISTO, págs. 23-29.

Esta mensagem foi também publicada pela editora VL e são os seguintes capítulos do livro “Luz na Escola”: ; ; .



Adelino Lemos
Francisco Cândido Xavier

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Hebreus 12:1

PORTANTO nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta:

hb 12:1
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Mateus 25:1

ENTÃO o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.

mt 25:1
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