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Capítulo VII

Violência e remédio


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Onde haja desamparo, instala, quanto se te faça possível, algum sinal de presença da simpatia e da solidariedade que nos devem enlaçar uns aos outros.


Não enfatizes qualquer problema de raça ou de crença, de preconceito ou separatividade, buscando, ao invés disso, cooperar pela união que a todos nos cabe conquistar perante Deus.

Alivia a carga das privações de algum enfermo largado às dificuldades;

atenua as aflições das mães desvalidas;

suporta com calma e paciência as alegações injuriosas desse ou daquele amigo desorientado;

e, quanto puderes, protege as crianças sem apoio e sem rumo.


Sê o discernimento que compreende e o braço que auxilia.

Não lances a lenha do azedume ou da crítica na fogueira das tribulações coletivas.

Ninguém espera que possas apagar, unicamente por ti, o incêndio do desespero que se alastra na Terra.

Em favor de nós todos, oferece o teu jarro de água fria.


Não te limites a registrar os surtos de violência que se estendem no Plano Físico.

Faze algo para que o amor restabeleça a harmonia entre as criaturas.

Compadece-te, perdoa e serve.


Não dramatizes o desequilíbrio e a discórdia com destaques suscetíveis de ampliá-los onde te encontres.

Investe os valores da palavra na construção do bem apontando os ângulos mais nobres das questões que se te apresentem.

Evita salientar as impressões negativas desse ou daquele acontecimento infeliz.

Preenche os minutos disponíveis com trabalho que signifique socorro, mesmo diminuto, em auxílio aos irmãos que atravessam labirintos de penúria e sofrimento.


Não atires condenação sobre os companheiros da Humanidade, caídos em erro, que nos requisitam respeito pelo infortúnio que carregam.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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