Registros Imortais
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42ª reunião | 15 de agosto de 1957
: Arnaldo Rocha, Ênio Santos, Elza Vieira, Laura Nogueira Lima, Lucília Xavier Silva, Geni Pena 10avier, Francisco Teixeira de Carvalho, Geraldo Benício Rocha, Edmundo Fontenele, Antônio Inácio de Melo, Aderbal Nogueira Lima, Zínia Orsine Pereira, , Waldemar Silva e Yvonne Pereira.
Meus amigos, todos os temas doutrinários são importantes. Todos eles, à luz do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, através do filtro admirável da codificação kardequiana, são palpitantes de interesse em nosso roteiro evolutivo. A reencarnação é chave preciosa para a solução do labirintoso problema das desigualdades sociais. A sobrevivência individual depois do túmulo é a tese da grande consolação. O intercâmbio é fator de esperança no esclarecimento religioso. A experimentação descerra novos horizontes ao labor científico. A desobsessão é o remédio substancial no alívio às condições deprimentes da humanidade. Examinaremos, no entanto, num ângulo vulgaríssimo de nossas atividades, qual seja o do impositivo da verdadeira cooperação dos espíritas para com o Espiritismo. Apelemos uns para os outros, a fim de que venhamos a despersonalizar as nossas atitudes perante a Doutrina que nos felicita, magnânima de amor e de luz, para que as nossas casas de fé consigam desempenhar o expressivo papel que lhes é atribuído na atualidade do mundo.
Um centro espírita é, sobretudo, um templo de manifestação dos pensamentos da Esfera Superior, na condução dos problemas humanos à sua equação necessária e justa. Em semelhante santuário, os nossos testemunhos de impessoalização devem ser incessantes se quisermos oferecer o fruto de nossa instrumentalidade para que o estandarte do Cristianismo renascente domine as consciências, libertando-as para a Vida Maior. É indispensável esquecermo-nos, abolindo todas as questiúnculas a se represarem no campo de nosso idealismo e de nossas realizações, por faixas de sombra, interrompendo a marcha da luz. É necessário que o lema do codificador, expresso em sua trilogia — trabalho, solidariedade e tolerância —, seja fundamentalmente vivido por nossas manifestações, com abstenção integral da crítica contundente, em torno da alheia conduta.
“Não reprovar, mas ajudar” — deve ser a senha da nossa tarefa para que estejamos funcionando por máquina harmoniosa nas mãos do vexilários da redenção humana, cuja mensagem flui de cima, em benefício do trabalho iluminativo da região de trabalho em que ainda estagiamos.
Não entravar o progresso de quem quer que seja, não fixar a nossa mente no excesso de compromissos familiares dos irmãos empenhados em provações e dívidas que nada possuem de comum com o nosso modo de proceder e de ser, não reparar o lado obscuro das personalidades mediúnicas, trazidas ao âmbito do nosso serviço para que possamos acordar nossos tarefeiros da obra espírita o estímulo à justa ascensão à luz, não nos determos na fiscalização em derredor dos nossos amigos chamados à doutrinação, fortalecendo em todos eles, ao invés disso, o amor à causa, o devotamento à verdade e pela consagração ao bem!
Tanto serviço se desdobra diante de nossos olhos espirituais! Tanto conhecimento a desperdiçar-se através da conversação sem proveito ou da atividade incompatível com os votos por nós mesmos esposados, quando, na oração de cada dia, prometemos fidelidade ao Senhor e auxílio aos homens, nossos irmãos!…
É indispensável estejamos despertos para a colaboração fraterna, para a ajuda recíproca, para a mútua compreensão e para a desculpa incessante, a fim de que o bem triunfe acima de todas as investidas do mal — do mal que consubstancia as nossas aplicações impróprias de tempo nos recursos que nos foram emprestados pela Providência Divina, desde o pretérito próximo ou remoto. Assim sendo, sem desejar rugir ao tom despretensioso de nosso convite, encerramos a pequena e desgraciosa palestra desta noite, conclamando nossos amigos a essa diretriz de amparo constante a todos os que se levantam do ontem para os compromissos de hoje no rumo do amanhã que todos desejamos pleno de vitória para a nossa bandeira espiritual.
Reunamo-nos, em espírito e verdade, ao redor do Espírito Divino de nosso Senhor Jesus Cristo, que jamais desesperou de nossas fraquezas, que nunca cerrou as portas da tolerância e que nunca exibiu mãos vazias de amor para os nossos Espíritos endividados, de modo a manter-nos todos nesta bendita entrosagem de esforço na verdadeira confraternização, marchando para o triunfo real com o Evangelho à luz do Espiritismo e com o Espiritismo à luz do Evangelho, agora, hoje, amanhã, aqui e em qualquer parte.
Comunicação recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, do Grupo Meimei, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.
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