Relicário de Luz

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Capítulo LXXIV

Ama e espera


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Emudece o teu pranto. Cala o grito

De revolta na dor que te encarcera…

Por mais negra, mais rude, mais sincera,

A mágoa estranha de teu peito aflito.


Em toda a Terra há lágrima e conflito,

Ruínas do mundo que se desespera…

Ama e sofre, trabalha e persevera

Na esperança de paz e de infinito.


Peregrino de campo atormentado,

Rompe os elos e as trevas do passado,

Fita a luz do porvir resplandecente…


Muito além do terrível sorvedouro,

Nas estradas liriais de acanto e louro,

O sol do amor refulge eternamente.




Cruz e Souza
Francisco Cândido Xavier

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