Relicário de Luz
Versão para cópiaCapítulo LXXIV
Ama e espera
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Emudece o teu pranto. Cala o grito De revolta na dor que te encarcera… Por mais negra, mais rude, mais sincera, A mágoa estranha de teu peito aflito. Em toda a Terra há lágrima e conflito, Ruínas do mundo que se desespera… Ama e sofre, trabalha e persevera Na esperança de paz e de infinito. Peregrino de campo atormentado, Rompe os elos e as trevas do passado, Fita a luz do porvir resplandecente… Muito além do terrível sorvedouro, Nas estradas liriais de acanto e louro, O sol do amor refulge eternamente. |
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