Relicário de Luz

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Capítulo XCII

Sofre sem reclamar


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Apenas cinza para a sepultura…

Sofre sem reclamar! Não vale a pena

Fugir à provação que te condena

A romagem de sombra e de amargura.


Vara, de peito forte e alma serena,

A tempestade, sob a noite escura.

Guarda contigo a fé tranquila e pura

E vencerás o fel que te envenena…


Olvida as trevas do sinistro bando

De males do caminho miserando

Em que o torvo passado te situa…


Que a coragem te cinja a fronte erguida!

Não te esqueças que há dor em toda vida!

E que a vida, na morte, continua…




Arnold Souza
Francisco Cândido Xavier

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