Rosas com Amor

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Capítulo XIV

Diante da morte


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A morte para quem ama,

Não tem mistério ou poder…

O amor encontra na morte

Um novo modo de ser.


Olha sempre o que produzes

Se bem ou mal, luz ou treva,

Que a morte faz o retrato

Da vida que a gente leva.


Toda morte que a pessoa

Não pede, nem abrevia,

É a bênção da liberdade

Na aurora de novo dia.


Ninguém se acaba na morte,

Toda morte é uma saída

Para aquilo que se busca

Nas ânsias da própria vida.


Para quem trabalha e serve

Sem desertar do caminho,

A morte é a brisa da paz

Chegando devagarinho.


Quem foge às lutas da vida

Atira-se ao desamparo;

Em qualquer parte do mundo,

Rebeldia custa caro.


Morta a lagarta? Qual nada!…

Inércia não é o fim…

Transformou-se em borboleta

Ao claro sol do jardim.


Morte, luto, cinza e sombra…

Não te aflijas!… Passarão…

O dia nasce de novo

Em meio da escuridão.




Fidelis Alves
Francisco Cândido Xavier

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