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Capítulo XIX

Diante da posse


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Recorda o grande minuto do berço para que te convenças, sem alarme, de que toda posse pertence a Deus.

Integralmente jungido à necessidade, atingiste o mundo em completa nudez, esmolando a proteção maternal, através de vagidos que te denunciavam a carência de tudo.

Reconhecerás, desse modo, que a vida se te desenrola nas mil concessões do Pai Celestial cada dia.

Do chão que te sustenta à estrela que te adelgaça a treva noturna, tudo é Deus em teus passos, conferindo-te equilíbrio e respiração, ideia e movimento, em regime de administração, de vez que o Amor Infinito nos empresta todos os bens do mundo para que Lhe estendamos a grandeza, ao sol desse mesmo amor que é patrimônio de todas as criaturas.

Observarás então que o Todo-Misericordioso te concede o ouro terrestre para que ajudes a evolução, tanto quanto te reveste com a influência política ou com a cultura da inteligência, a fim de que te convertas em coluna valiosa do progresso e da educação.

Não olvides que todos, por algum tempo, detemos recursos e vantagens que significam talentos entregues às nossas mãos pelo Suprimento Divino.

Nossa família é santuário de afetos para que nos entrosemos com a família maior a expressar-se na Humanidade inteira; nossa profissão é título de trabalho com que nos cabe servir à comunidade em bases de sacrifício próprio; nossa fé representa lâmpada viva com que nos compete a obrigação de clarear os caminhos alheios e nossa bolsa não é mais que repositório de possibilidades que, a rigor, estacionam em nossa marcha para que se transformem no pão e na alegria de todos os que nos cercam.

Acautela-te ante a transitoriedade em que toda a existência humana se levanta e desdobra, a fim de que amanhã não te aconteça acordar nos braços da morte, com a loucura de quem, debalde, intenta reter disponibilidades e bênçãos de que a fronteira de cinza é o justo limite.

“Não servirás a dois senhores” (Mt 6:24) — ensinou-nos o Cristo de Deus. Jamais nos esqueçamos de que o Supremo Senhor é realmente Deus. Nosso Pai, e que, fora dos interesses d’Ele que constituem felicidade e luz para todos, estaremos jugulados pela tirania do mentiroso senhor que é nosso “eu”.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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