Sentinelas da Luz

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Capítulo II

Ordem e luz


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“A fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida”. — Lc 2:5


Naturalmente que ninguém deverá viver fora da ordem e nada se conseguirá sem metodização, porém, no centro de toda atividade coordenativa não deve existir condição convencional para o exercício do bem, porque esta é a luz que resplandecerá em todas as situações, ao lado de todos os deveres.

Há muitas pessoas que, como os judeus antigos, se fazem rigorosas quanto ao conceito de ocasião na prática do bem ou no desenvolvimento do trabalho.

Os fariseus condenavam o Cristo por curar nos dias de sábado, ao mesmo passo que, modernamente, muitos aprendizes levam a extremismo suas concepções no capítulo do descanso dominical ou da aplicação das suas possibilidades de serviço, nos diversos setores das atividades quotidianas.

Nesse sentido, o Evangelho nos oferece uma lição salutar.

José e Maria dirigindo-se a Belém obedecem à ordenação política de César, mas Jesus vindo ao seu encontro, nas palhas da Manjedoura, fora do ambiente doméstico, mostra que a Claridade Divina pode bafejar os trabalhos da criatura em qualquer parte.

O casal de Nazaré não apresenta desculpas a fim de evitar a obrigação devida à ordem, Jesus não apresenta condições especializadas para se oferecer às criaturas.

Daí inferimos que não se deve viver sem ordem em parte alguma, observando-se, porém, que esta nunca poderá excluir o bem, porque, antes de tudo, quando respeitada, é o justo caminho, por onde a Luz se manifesta.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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