Tão Fácil
Versão para cópiaProgresso no presente diante do passado
Lembro os trinos de garganta Nas noitadas de seresta, Hoje, quase ninguém canta, Televisão faz a festa. Nasce o Progresso no centro Das Luzes da Humanidade, Mas o que sinto, por dentro, É a banzeira da saudade. Viagem antigamente Não tinha risco de vida, Hoje, quase toda estrada Virou pista de corrida. O homem que foi à Lua Nem sempre sabe o caminho Para achar na própria rua A amizade do vizinho. O amor é quase caçada, — Problema que não deslindo… Tantas mulheres caçando E tantos homens fugindo… Falando contra o amor-livre Onde esse amor se declara, Muita gente nos apupa, A rir-se de nossa cara. Amor, quando aconchegado, Tem sempre este aviso urgente; Namoro muito avançado Traz novidade iminente. Uma carroça de toldo Era luxo de rotina, Agora, é povo a correr Lutando por gasolina. Por sensações desregradas Em desajustes notórios, Existem muitos amigos Guardados em sanatórios. Sou sempre o velho Leandro, Homem de raça e de lei… No mundo, há tanto malandro Que se há progresso, não sei. Numa casa em construção, Há muito andaime ao redor… Hoje, há muito desarranjo, Amanhã, será melhor. |
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