Amar e Servir
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Observo, meu filho, como procuras ansiosamente a paz. E como te entristeces por percebê-la estrangeira em toda parte.
Doem-te as chagas do mundo. Afligem-te os desencontros humanos. Perturbam-te as agressões descontroladas da violência e dos desazos do egoísmo generalizado e infeliz.
Como a visão obscurecida pela contemplação da fuligem dos desesperos, não vislumbras nenhum refúgio seguro onde o teu espírito cansado possa cultivar os lírios da esperança.
Não prossigas, meu filho, nessa busca inútil fora de ti mesmo. Volta-te para o teu próprio mundo interior, e escuta, no silêncio de tua alma, a voz doce e poderosa do nosso Divino Mestre. Atende-lhe os apelos de fraternidade e entendimento, renova o teu ânimo abatido e volta ao dia a dia da tua experiência, disposto a compreender e perdoar, ajudar e servir.
Quanto mais a dor te impelir ao lenitivo, e o desalento alheio te incitar ao socorro, melhor sentirás a alegria de amparar e de erguer, o dom de pacificar e a graça de semear, na noite das desesperanças, as luzes miraculosas do bom ânimo, em nome do Senhor.
Então, brotará do teu íntimo uma fonte cristalina de venturas indizíveis, e no ninho caricioso do teu coração virá pousar, suave e mansamente, o pássaro da paz.
Letícia