Tesouro de alegria
Versão para cópiaMediunidade e fé
Quando a prova se aproxima, Nuvem pairando no ar, Se a incerteza desanima, A fé prossegue a esperar. De ser médium que apareça Muita pessoa se gaba, Depois, é a nota travessa: — Começa mas não acaba. Se manténs a fé no amor Que reténs no coração, Não procures despertar A fera da tentação. Por força da Lei Divina, Cujo vigor jamais cessa, Onde o fracasso domina A fé viva recomeça. Desta verdade não saio: O médium firme na fé Precisa, qual papagaio, De uma corrente no pé. Se afastas obsessores, Mostra amor nesse despacho: Um que aparece sozinho É coco fora do cacho. Serviço em mediunidade É luta que Deus socorre… Médium que conte vantagem, Esse é o primeiro que corre. Um médium chegou às preces, Pediu passe e recebeu, Mas convidado ao serviço Nunca mais apareceu. Fatigado de ser médium, Desertou Joaquim Paixão; Libertou-se do serviço, Mas caiu na obsessão. Na Bíblia, a história de Jonas É o caso que me estonteia: Vê-lo sair são e salvo Do ventre de uma baleia. No campo das boas obras, O médium que entra e sai Imita a dança do índio Que faz que vai mas não vai. Além de toda tristeza, Temos nós, constante e clara, Esta sublime certeza: Deus nunca nos desampara. |
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