Trovas do Outro Mundo

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Capítulo XXVIII

Trovas de mãe


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Quem é mãe traz a contento,

Na glória de oculto enleio,

Os astros do firmamento

Aconchegadas no seio.


Só Deus sabe como é doce

A luz dos divinos laços

De um filho que a vida trouxe

Ao ninho dos nossos braços.


Mãe viva — sublimes trilhos!

Mãe morta — quanta saudade!

Para querer-vos, meus filhos,

Como é curta a eternidade!…


Das lágrimas que choramos,

A mais triste, a mais sentida,

É aquela que derramamos

Na hora da despedida.


Céus na abóbada estrelada,

Sei que há céus em profusão,

Mas meu céu é a vossa estrada,

Filhos do meu coração!




Irene Sousa Pinto
Francisco Cândido Xavier


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