Trovas do Outro Mundo

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Capítulo XXXII

Cantigas do Tempo


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Tempo roga, “quando e onde”

Cada coisa em seu minuto.

Primeiro, a flor sobre a fronde,

Depois da flor, vem o fruto.


O tempo é um rio tranquilo

Que tudo sofre ou consente,

Mas devolve tudo aquilo

Que se lhe atira à corrente.


Tempo é justiça em ação,

Vontade é que faz a essência;

A hora da tentação

É igual à da resistência.


O tempo não volta atrás,

Dia passado correu;

Tempo é aquilo que se faz

Do tempo que Deus nos deu.


Luz trancada em gabinete

Não tem valor para o bem.

Não adianta o bilhete

A quem dorme e perde o trem.




Leonel Coelho
Francisco Cândido Xavier


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