União em Jesus
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Foge o século da Luz. Escoam-se dois milênios De santos, heróis e gênios Com Cristo ensinando o Amor; Mas o ódio continua E agarra-se ao chão da Terra, No torvo dragão da guerra Por monstro devorador. A Inteligência remoça A ideia da Liberdade, Sem que o poder a degrade, Tombam mitos, caem reis. No entanto, quando se esboça A união de povo a povo, Explode a guerra de novo, De novo quebrando as leis. Desde Atenas se promove Um mundo claro e perfeito; Roma estatui o Direito, Mas varrendo a floração Da França de Oitenta e Nove, Rugem na grande chacina O terror, a guilhotina E as batalhas da opressão. Aos clarões da Nova Era, Milhões de cérebros agem; A Ciência quer passagem Para acender o Porvir; O Tempo ávido espera, O atrito vibra no ar, O mundo roga: “Avançar!…” Clama a guerra: “Destruir!” Tanto progresso se espalha, Agiganta-se a Cultura, A Terra sofre, insegura, No temor do próprio fim. Contudo, sobre a metralha, Cristo, na luz que ele encerra, Repete às nações da Terra: “Amai-vos e vinde a mim.!…” Espíritos Benfeitores No Brasil, perante o mundo, Tocados de amor profundo, Retornam do Grande Além E, entre ocultos resplendores, Dissolvem taras primevas, Rompendo os grilhões das trevas Na forja viva do Bem! Por isto, agora, ante a luta Que em fogo se reinicia, Sonhando nova harmonia Na fé que se nos refaz, De pólo a pólo se escuta, Onde a voz dos Céus alcança, Que o futuro da Esperança Pertence ao Brasil da Paz!… |
Nota: Houve falha na revisão da estrofe no livro impresso. No original manuscrito, sob a custódia do Dr. Eurípedes Higino, filho adotivo do Chico, está escrito:
“E agarra-se ao chão da Terra,
No torvo dragão da guerra
Por monstro devorador.”
Mensagem recebida em reunião pública do Centro Espírita União, na noite de 15 de outubro de 1980, na capital de São Paulo, estado de São Paulo.
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