Vida em vida
Versão para cópiaResgate e amor
(Versos dedicados à dama nobre de nossas relações pessoais no século passado, que reencontrei agora, na condição de mendiga enferma, na praça pública, resgatando um delito passional cometido em família e que se junge a dolorosa prova, depois de rogar, na 5ida Espiritual, se lhe fossem concedidos os recursos necessários à própria redenção.)
Recordo-te, Senhora… A seda se te entrança Na cabeleira loura… Ao colar que rebrilha, Exibes, donairosa, o manto de escumilha, Mas crias, em redor, revolta e insegurança… Por ciúmes de alguém, matas a própria filha… Fruis mentido prazer e, um dia, a morte avança… Tornas à luz do Além… Choras sem esperança… E rogas outro berço, ante a dor que te humilha… Hoje, achei-te, de novo… Enferma, quase inerte, Paralítica e só, o pranto se te verte Ao pedir pão e teto, esmolando de rastros… Mas, louva, amada irmã, a Lei serena e austera… Alguém te aguarda a vida… É a filha que te espera, A fim de erguer-te à luz que fulge, além dos astros!… |
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