Vivendo Sempre
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Pedro Luís Pantaléo
MENSAGEM
Querida mãezinha e meu pai Antônio, abençoem-me para que eu seja sempre feliz.
Ainda estou com o cérebro vacilante, ignorando realmente o que sucedeu comigo. Ajudem-me com as vibrações de amor que nascem do lar.
Tamanha é a aflição da mamãe que o meu avô Luiz não hesitou em trazer-me até aqui, a fim de dizer-lhes que estou bem. Ainda me sinto assim, difícil para escrever como e quanto desejaria.
O vovô Luiz me acolheu qual se fora meu próprio pai. Carinho e proteção, amor e bênção.
Tenho poucas lembranças porque estou reabilitando a memória, no entanto, não consigo enfileirar muitas recordações.
Sei que fui levado para Ribeirão e depois trazido para casa, onde, apesar dos fatos que me esperavam, não pude me furtar ao sono pesado que me cerrou as pálpebras.
Quando despertei, foi aquela cena de hospital com ar puro e recintos muito brancos, doando-me a vida que fora entregue a tratamento em uma clínica especializada.
Escutando o choro da mãezinha que me envolveu de todo, senti-me tomado de uma grande tristeza, que somente agora vou tentando apagar.
Peço-lhe, querida mamãe, compreender quanto necessito agora de sua paciência e de sua serenidade para que eu fique na paz laboriosa dos que sabem construir.
Lembrem-se a senhora e meu pai, da irmãzinha, do João Luís, do José Luís e de todos os nossos que ainda precisam muito de apoio em nossa família.
Não fosse o problema da saudade, tudo estaria bem, mas com o remédio das orações chegaremos ao ponto da paz. Creiam que os ensinamentos de casa funcionaram na hora oportuna.
Graças a Deus, as nossas preces e conversações sadias me prepararam muitas consolações para o novo meio em que me vejo.
Rogo aos queridos pais me relevarem se não estou escrevendo como desejaria.
Sinto-me ainda cansado do tratamento daqui, porque o corpo espiritual exige muitos cuidados no refazimento de nossas forças.
Quanto puderem, ajudem meus irmãos a procurarem na verdade as lições de que precisam.
Espero voltar em melhores condições para transmitir minhas impressões ao papel com mais segurança.
Meu avô Luiz, meu tio Pedro e meu bisavô Pantaléo me adoçam o coração ainda amargurado pelas saudades muitas.
Desculpem-me e receba, querida mãezinha Aparecida, com meu pai Antônio, todo o coração do filho sempre reconhecido,
COMENTÁRIOS
Nos instantes em que a dor da separação alcança os corações dos pais pela ausência dos filhos, redundam ao espírito lembranças que só a graça de Deus e preces podem amenizar.
O amor transforma-se em esperança, na procura do elo que desencaixou-se da corrente afetiva formada por Deus.
As frestas se abrem com as preces e permitem a entrada dos raios de luz, amenizando a saudade que chora a ausência de quem partiu.
Pedro Luiz agradece o que aprendeu em casa e, sempre em rogativa, revive a seus pais para que essas lições sejam ministradas a seus irmãos na procura da verdade.
PESSOAS E FATOS
Pedro Luís Pantaléo.
Nascimento: 15.7.1956. Desencarnação: 5.2.1978.
Pais: Antônio José Pantaléo e Maria Aparecida Bombig Pantaléo. Rua Baia, 859. São Joaquim da Barra — SP.
Irmãos: João Luís e José Luís Pantaléo.
Avô: Luís Bombig, materno.
Bisavô: Pantaléo, desencarnado na 1tália há mais de 50 anos.
Tio: Pedro Pantaléo, irmão do bisavô paterno e desencarnado há mais de 50 anos nos Estados Unidos.
Ribeirão: Ribeirão Preto, cidade do Estado de São Paulo.
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