Livro da Esperança

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Capítulo XXXVII

Exercício do bem

“Mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam e nem roubam.” Jesus (Mateus 6:20)
“Sede bons e caridosos: essa a chave dos céus, chave que tendes em vossas mãos. Toda a eterna felicidade se contém nesse preceito: Amai-vos uns aos outros.”
(ESE Capítulo 13 1tem
12)


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“Mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem e onde os ladrões não minam nem roubam.” — JESUS (Mt 6:20)


“Sede bons e caridosos: essa a chave dos Céus, chave que tendes em vossas mãos. Toda a eterna felicidade se contém neste preceito: Amai-vos uns aos outros.” — ()


Comumente inventamos toda a espécie de pretextos para recusar os deveres que nos constrangem ao exercício do bem.

Amolentados no reconforto e instalados egoisticamente em vantagens pessoais, no imediatismo do mundo, não ignoramos que é preciso agir e servir na solidariedade humana, todavia, derramamos desculpas a rodo, escondendo teimosia e mascarando deserção.

Confessamo-nos incompetentes.

Alegamos cansaço.

Afirmamo-nos sem tempo.

Declaramo-nos enfermos.

Destacamos a necessidade de vigilância na contenção do vício.

Reclamamos cooperação.

Aqui e ali, empregamos expressões cronicificadas que nos justifiquem a fuga, como sejam “muito difícil, impossível, melhor esperar, vamos ver” e ponderamos vagamente quanto aos arrependimentos que nos amarguram o coração e complicam a vida, à face de sentimentos, ideias, palavras e atos infelizes a que, em outras ocasiões, nos precipitamos de maneira impensada.

Na maioria das vezes, para o bem, exigimos o atendimento a preceitos e cálculos, enquanto que, para o mal, apenas de raro em raro, imaginamos consequências.

Entretanto, o conhecimento do bem para que o bem se realize é de tamanha importância que o apóstolo Tiago afirma no Tg 4:17 de sua carta no Evangelho: “Todo aquele que sabe fazer o bem e não o faz comete falta”. E dezenove séculos depois dele, os instrutores desencarnados que supervisionaram a obra de Allan Kardec desenvolveram o ensinamento ainda mais, explicando na de “O Livro dos Espíritos”: “Cumpre ao homem fazer o bem, no limite de suas forças, porquanto responderá pelo mal que resulte de não haver praticado o bem”.

O Espiritismo, dessa forma, definindo-se não apenas como sendo a religião da verdade e do amor, mas também da justiça e da responsabilidade, vem esclarecer-nos que responderemos, não só pelo mal que houvermos feito, mas igualmente pelo mal que decorra do nosso comodismo em não praticando o bem que nos cabe fazer.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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Mateus 6:20

Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.

mt 6:20
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Tiago 4:17

Aquele pois que sabe fazer o bem e o não faz, comete pecado.

tg 4:17
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