Vozes do Grande Além

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Capítulo XXVIII

Rogativa de Natal


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Finalizando as nossas atividades na noite de 15 de dezembro de 1955, foi Emmanuel, o nosso benfeitor de sempre, quem compareceu, através da organização mediúnica, deixando-nos expressiva oração de Natal. ()


Senhor Jesus!

Quando chegaste à Terra, através dos panos da manjedoura, aguardava-te a Escritura como sendo a luz para os que jazem assentados nas trevas!…

E, em verdade, Senhor, as sombras dominavam o mundo inteiro…

Sombras no trabalho, em forma de escravidão…

Sombras na justiça, em forma de crueldade…

Sombras no templo, em forma de fanatismo…

Sombras na governança, em forma de tirania…

Sombras na mente do povo, em forma de ignorância e de miséria…

Pouco a pouco, no entanto, ao clarão de tua infinita bondade, quebraram-se as algemas da escravidão, transformou-se a crueldade em apreciáveis direitos humanos, transmudou-se o fanatismo em fé raciocinada, converteu-se a tirania em administração e, gradualmente, a ignorância e a miséria vão recebendo o socorro da escola e da solidariedade.

Entretanto, Senhor, ainda sobram trevas no amor, em forma de egoísmo!

Egoísmo no lar…

Egoísmo no afeto…

Egoísmo na caridade…

Egoísmo na prestação de serviço…

Egoísmo na devoção…

Mestre, dissipa o nevoeiro que nos obscurece ainda os horizontes e ensina-nos a amar como nos amaste, sem buscar vaidosamente naqueles que amamos o reflexo de nós mesmos, porque, somente em nos sentindo verdadeiros irmãos uns dos outros, é que atingiremos, com a pura fraternidade, a nossa ressurreição para sempre.




Essa é a 31ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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