Vozes do Grande Além
Versão para cópiaSúplica de Natal
Na noite de 22 de dezembro de 1955, finalizávamos as tarefas da reunião e as atividades do ano, quando José Xavier, o nosso companheiro de sempre, nos anunciou a presença da poetisa Carmen Cinira, que, segundo a palavra do nosso amigo, vinha orar conosco.
Fizemos silêncio e, em breves minutos, com a voz e com os gestos que lhe são característicos, Carmen Cinira ocupou o canal psicofônico, emocionando-nos intensamente com a oração que abaixo transcrevemos.
Senhor, tu que deixaste a rutilante Esfera Em que reina a beleza e em que fulgura a glória, Acolhendo-te, humilde, à palha merencória Do mundo estranho e hostil em que a sombra ainda impera; Tu que por santo amor deixaste a primavera Da luz que te consagra o poder e a vitória, Enlaçando na Terra o inverno, a lama e a escória Dos que gemem na dor implacável e austera… Sustenta-me na volta à escura estrebaria Da carne que me espera em noite rude e fria, Para ensinar-me agora a senda do amor puro!… E que eu possa em teu nome abraçar, renovada, A redentora cruz de minha nova estrada, Alcançando contigo a ascensão do futuro. |
Presença da poetisa Cármen Cinira — Explicaram nossos 1nstrutores que a poesia não constitui uma despedida formal e sim uma prece da estimada irmã que se prepara atualmente, à luz do Evangelho, para esposar as lides de nova reencarnação terrestre.
CARMEN CINIRA (Pseudônimo de Cinira do Carmo Bordini Cardoso) — Poetisa de grande sensibilidade, desencarnada em 1933.
Essa é a 10ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.
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