Luz no Caminho

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Capítulo XVIII

O grande manancial


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Meus Amigos, Deus vos conceda muita paz.

O Espiritismo abre hoje a sua porta de esperança e de fé para todas as criaturas. Não são poucos os que se sentem seduzidos pelas suas claridades maravilhosas, todavia, não duvideis de que a consolidação de uma crença está subordinada a uns tantos fenômenos íntimos que somente o coração de cada um pode testemunhar.

A Doutrina Consoladora dos Espíritos procura levar a todos os estudiosos a centelha de suas luzes divinas, seja elucidando o caminho complicado da ciência do século, seja esclarecendo os mais complexos problemas filosóficos. Entretanto, uma pequena percentagem de investigadores pode compreender a sua grandeza.

Habituados às equações algébricas os espíritos cientificistas da época não lhe percebem a modalidade moral e religiosa, dentro de suas expressões consoladoras.

As mais extravagantes teorias são inventadas para reduzi-la a um mero sistema de hipóteses, à maneira da ciência humana que se transforma todos os dias, nas suas feições transitórias.

O subconsciente, a ilusão, os fenômenos alucinatórios são chamados para a eliminação de suas verdades e é daí que chegamos à conclusão de que o Espiritismo só pode ser aceito pela mentalidade individual, depois de profundamente sentido.

A sua doutrina pode ser estudada em todas as suas minúcias e no caminho das melhores experiências, todavia, somente o coração que já experimentou esses grandes momentos da vida, poderá interpretar-lhe a magnitude.

Aproximai-vos, assim, desse grande manancial, convictos de que a sua água cristalina de verdades eternas pode saciar-vos a sede de amor, de consolação e de conhecimento.

Estudai e aprendei.

A curiosidade e a dúvida são os pródromos de toda sabedoria, porém, nesse vasto caminho de revelações do Infinito, há necessidade de muito sentimento para a compreensão grandiosa das grandes verdades da vida.

Que guardeis em vossos corações esse elevado propósito, é o desejo sincero e a súplica a Jesus do amigo humilde.




(Página recebida em Pedro Leopoldo, Minas, 22/8/1938).



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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