Presenca de Laurinho

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CAPÍTULO 5
Ilustração tribal

SEGUNDA PARTE AS MENSAGENS


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AO QUERIDO CHICO XAVIER

Agradecemos a luz dos ensinamentos recebidos, as palavras tão profundas, tão santas, que penetraram em nossos corações feridos.

A você, Chico Xavier, devemos as confortadoras frases. Não se esqueça em suas preces de nós, tão insignificantes seres, de passagem por este mundo.

A você, Chico Xavier, que Deus continue dando saúde para que assim possa continuar por muito tempo acudindo e levantando a todos que têm a graça de Deus em conhecê-lo.

A você, Chico Xavier, agradeço a luz que se fez presente em minha mente, para poder chegar ao fim deste livro.

Priscilla Pereira da Silva Basile.


A PRIMEIRA MENSAGEM DE LAURINHO

Querida mãezinha Priscilla, peço a sua bênção.

Tive permissão para vir até aqui pedir à senhora para que não chore tanto.

Peço à senhora e à mãe Lourdes me ajudarem a ficar mais calmo.

A Selma rogo para pedir às nossas querida Rachel, Yolanda e Lucila a mesma coisa. Mãezinha, eu não vim para cá fora das Leis de Deus. Ninguém teve culpa no carro de encontro à árvore. A morte que não depende de nós não é de nossa culpa. Estou ainda como quem se vê debaixo de uma névoa de lágrimas e ainda não consigo raciocinar com segurança.

Meu avô João Basile me trouxe aqui, a meu pedida, para dizer-lhes que vou melhorar mais depressa se me auxiliarem com a fé em Deus.

Mamãe, conforte meu pai e diga-lhe que estou bem. Agradeço as orações e votos que me dirigem, mas preciso ficar forte.

Não posso escrever mais, mas peço à senhora, ao papai e às meninas, que recebam muitos abraços do filha e irmão agradecido, sempre seu, Laurinho.

Identificações: Esta mensagem foi psicografada na noite de 16 de julho de 1977, por Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em sua sede em Uberaba, Estado de Minas Gerais, na presença de centenas de pessoas.

Primeira página de mensagem de Laurinho, psicografada pelo médium Xavier com e mão direita, como sempre não com a ponte do lápis voltada para si mesmo (posição típica do canhoto: ), o que motivou uma diferente distribuição de escrita no papel (no sentido longitudinal de folha).

Chico Xavier psicografou com a mão direita, é claro, mas com a mão à frente da ponta do lápis, como se fosse canhoto.

Isto foi notado com estranheza por todos os presentes.

Nosso filho Laurinho sempre foi canhoto.

As pessoas por ele referidas e que eram inteiramente estranhas ao médium: Priscilla Mãe de Lauro Basile Filho (Laurinho), presente à reunião.

Ortografia correta do meu nome, embora eu mesma o assine e escreva com um só "L".

Mãe Lourdes Avó materna, também presente à reunião.

Sempre chamou o neto por "filho". Ortografia correta do nome.

Selma Irmã de Lauro, presente, era a irmã mais chegada a ele. Talvez pela pouca diferença de idade entre os dois.

Rachel Irmã de Lauro, casada. Ortografia correta do nome.

Yolanda Irmã de Lauro, casada. Ortografia correta do nome.

Lucila Irmã de Lauro, caçula.

Esta é mais conhecida por "Zó", mas o irmão nunca a chamou pelo apelido, mas sim pelo nome ou por Lu.

Ninguém teve culpa no carro de encontro à árvore Absolutamente correta esta referência ao acidente: carro de encontro à árvore.

João Basile Avô paterno, desencarnado em 1958, no ano em que Lauro nasceu. Laurinho A maneira de assinar, absolutamente idêntica, usada somente no meio familiar.


MENSAGEM DE EVALDO

Mãezinha Eunice e vovó Olinda, Rogo para que me abençoem.

Parece incrível que esteja aqui juntamente de Laurinho e do José Tadeu, fazendo força no lápis. É tudo tão surpreendente que dá para pensar em milagre.

Um milagre esquisito porque está baseado nas tradições da morte, que por esse mundo de Deus é temida por fera solta. Acontece é que o assunto por aqui pinta de outro modo. Não temos culpa e isso nos deixa tranquilos. Carros capotados e batidos e três rapazes se encontram junto das mães que não os esquecem, pedindo calma e confiança em Deus.

O meu avô Justiniano Ferreira me escora neste campo novo em que a bola é o pensamento que precisa comandar com agilidade o ato de escrever. Aí não saberia fazer isso. Teria de raciocinar e fazer muitas pausas a fim de badalar o noticiário. Mas aqui nos recomendam obediência no impulso de manifestação rápida e por isso rogo desculpas se omissões e erros forem surgindo. . .

Estamos com o nosso amigo Padre Santana que se fez nosso amigo.

Acontece que para novatos os caminhos por onde ando atualmente não são fáceis de trilhar. Com a experiência, estaremos no ponto desejado.

Laurinho com o avô Basile abraça dona Priscilla, e o José Tadeu reafirma o seu carinho filial para dona Aparecida. Eu, com duas mães nesta sala, reparto o abraço entre a querida mãezinha Eunice e a querida vovó Olinda.

Evaldo Rui Monteiro Observe, mamãe, que seu filho está medindo as palavras para não ser injusto. Vamos indo melhorados, desde que em nossas casas os assuntos vão subindo da sombra da aflição para a luz da fé.

Mãezinha, quando o seu sofrimento se transforma em desespero, isso me impõe a sensação do menino surrado. Se posso rogar-lhe mais um sacrifício por nós e especialmente por mim, tranquilize o seu coração querido. Penso que estamos no tempo de uma revisão das nossas preces. Quero ser seu garoto em pequeno, aprendendo a rezar. Ajude-me. Faça comigo as nossas antigas orações de novo. Mamãe, isso faz falta. Então, neste mundo novo, a ação imensa em que me vejo agora, parece-me que a oração de casa é uma lâmpada acesa em meus pensamentos para que eu não perca o rumo. Seu carinho, sabe. Por trás destas palavras que desejo enfileirar alegres, o meu coração está doendo! Saudade é um problema que hoje não sei onde fica maior. Se aí ou se aqui. Creio que nesse assunto estamos empatados, porque as suas lágrimas não têm conta, ao mesmo tempo que as minhas me encharcam a alma. Agora, mãezinha, vamos fazer um compromisso de conformação: Perdi o corpo, ao lado de nosso caro Laurinho, mas isso para nós foi como se fôssemos obrigados a trocar a nossa roupa na estrada. Nesta frase simples existem muitas pedras e muito espinho para moer e largar de mão, entretanto, esse recheio desagradável fica para outra hora. Hoje é só alegria. Alegria regada de pranto, mas contentamento real porque nos reencontramos. Os pensamentos de meu pai me auxiliam muito e as suas preces me amparam sempre.

Dona Priscilla e dona Aparecida, recebam as lembranças do Laurinho e do José Tadeu. Abraços a todos de casa.

Se procurarem as namoradas em nossas notícias, podem responder que somos os mesmos, desejando felicidades a todas. Queremos muito bem às meninas que sempre nos fizeram excelente companhia, mas não temos agora qualquer direito às pequenas. O momento é de acertar ideias por dentro e seguir pra cabeça. A onda mudou, embora estejamos na de pensar para ficar em passo firme.

Mamãe, não posso escrever mais. O tempo esgotou-se. O gongo tocou para seu filho e desligo o lápis, mas não o coração de seu filho; com muitos beijos à vovó Olinda, o sempre seu, sempre coração de seu filho Evaldo.

Identificações: Mensagem recebida na madrugada do dia 7 de janeiro de 1978, em Uberaba-MG, pelo médium Francisco Cândido Xavier, no Grupa Espírita da Prece.

Mãezinha Eunice Mãe de Evaldo.

Vovó Olinda Avó materna.

Laurinho Lauro Basile Filho, nascido em Casa Branca, em 17 de Março de 1958, filho de Lauro Basile e Maria Priscilla Pereira da Silva Basile. Faleceu em 12 de dezembro de 1976, junto com Evaldo.

José Tadeu José Tadeu Banchi, nascido em 17 de novembro de 1955, em Corumbataí, Estado de São Paulo, filho de Ângelo Banchi e de Maria Aparecida Banchi, residentes em Casa Branca (SP).

Falecido a 28 de agosto de 1971, em desastre de automóvel, quando regressava de Vargem Grande do Sul para Casa Branca, onde residia.

Justiniano Ferreira Bisavó materno de Evaldo, desencarnado.

Padre Santana Antigo morador de Casa Branca, fundador e patrono da Biblioteca Pública Municipal desta cidade.

Avô Basile Avô paterno de Laurinho, cujo nome é João Basile, já citado na primeira mensagem de Laurinho.

Priscilla Mãe de Laurinho.

Aparecida Mãe de José Tadeu, o qual já enviou duas mensagens: uma em 10 de outubro de 1975, e outra, em 28 de maio de 1976.

Evaldo Evaldo Rui Monteiro, nascido em Casa Branca, Estado de São Paulo, em 6 de março de 1958, filho de Adalberto Monteiro e Eunice Ferreira Monteiro. Faleceu a 12 de Dezembro de 1976, em desastre de automóvel.



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