Quando se Pretende falar da Vida
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Quando se pretende falar da vida, é justo recordar todos aqueles nossos irmãos do caminho evolutivo que participam dela.
O título deste livro nos suscita semelhante consideração, muito a propósito, de vez que estamos aqui apresentando o valoroso jovem de formação israelita, Roberto Muszkat.
Responsabilizando-nos pelos mensageiros da Espiritualidade que nos procuram a atenção, numa jornada mediúnica que perdura, até agora, por mais de meio século de trabalho ininterrupto, reafirmamos a nossa condição de modesto servidor dos ensinamentos espíritas-cristãos.
Isso, porém, não nos impede de exprimir a nossa respeitosa admiração pelo autor destas páginas, transbordantes de sinceridade e ternura humana.
É do conhecimento público, em mais de um século de comunicações do Mundo Espiritual para o Mundo Físico,
que os Espíritos, desatrelados do veículo corpóreo de natureza mais densa, se reúnem, no Mais Além, atendendo aos princípios de afinidade, em agrupamentos ou coletividades, segundo as ideias que esposavam na Terra;
que todas as religiões são respeitadas, além da morte, na pauta das convicções que lhes caracterizam os profitentes;
que a criatura humana, após o estágio educativo ou reeducativo, na existência terrestre, receberá sempre o resultado das próprias obras, independentemente do modo de crer na Providência Divina;
e que a lei da evolução não admite violência contra quem quer que seja.
Em que preceito nos basearíamos para recusar as manifestações de Roberto Muszkat, irrepreensível observador das diretrizes da digna comunidade a que se agrega, unicamente porque se faz leal seguidor dos Antigos Profetas de cujo tronco nos veio a presença de Nosso Senhor Jesus Cristo, um dia supliciado na cruz dos romanos? Acaso, estaria o autor deste livro obrigado a pensar por nossa cabeça? Com que direito lhe pressionaríamos o pensamento livre para deixar de expressar-se como melhor lhe pareça? E, porventura, estaríamos colaborando na união de todos nós, os filhos de Deus, no Planeta Terrestre, segregando-nos à distância dos companheiros que abraçam a fé no Supremo Pai, através de prismas diferentes dos nossos, qual se fôssemos privilegiados, ante a Sabedoria da Vida que nos considera a todos por irmãos, uns dos outros?
Com estas considerações, amigo leitor, temos a satisfação de entregar-te este livro em que o amor de um filho e o carinho de um irmão devotado nos falam alto da sobrevivência, além das fronteiras, entre as quais se nos limita a presença transitória no mundo.
E, ao faze-lo, saudamos o jovem Roberto Muszkat que conseguiu acumular suficiente riqueza de afeto e sustentar a precisa coragem para regressar da morte e reafirmar aos entes queridos que Deus existe e que a alma é imortal.
Emmanuel
Uberaba, 11 de agosto de 1983.
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