Amor e Verdade
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Capítulo 9
José Demathê Filho
A senhora interpelada, que me recomendou chamá-la por vovó Francisca, fez um sinal afirmativo, e o companheiro me abraçou com carinho, indagando se eu não o reconhecia.
Tudo foi reajustamento de um instante.
Nos olhos colados nos meus, vi meu pai, reconhecendo-lhe a bondade e proteção.
Então choramos juntos, misturando nossas lágrimas de alegria no reencontro, com tamanha intensidade que eu não sabia se eu era meu pai, ou se meu pai era eu.
E com os sentimentos de carinho e apreço que meu pai me solicita transmitir-lhe, deixa-lhe aqui neste papel em que o lápis me traduz os garranchos de amor e saudade, muitos beijos de afetuosa gratidão, de seu filho e companheiro de sempre.
Christian W.
Freitas Campos Mãezinha Iraides estou em companhia da vovó Maria Nazária que desejou vir até aqui, em minha companhia para abraçá-la...
Pensei em Deus, voltei às orações dos dias de criança e, sem querer, dormi pesadamente.
Acordei, mais tarde, incapaz de precisar o tempo gasto naquela ausência de mim próprio e reconheci que uma senhora velava por mim num aposento diverso do nosso.
Voltar a mim mesmo foi um processo lento de recuperação de minhas faculdades que não seu descrever.
Entretanto, aos poucos, pude reaver a minha capacidade de conversas.
José Demathê Filho