Ementário Espírita

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CAPÍTULO 58

NAS QUESTÕES MEDIANÍMICAS

Diante de alguém com a mente em desalinho você logo afirma: "ó um médium".

Seja prudente.

Perturbação psíquica não é síndrome de mediunidade.

Examinando alguém em estado de obsessão você prescreve: "necessita desenvolver a mediuni- dade".

Guarde cautela.

Desenvolver mediunidade não significa elaste- cê-la, mas discipliná-la.


* * *

Considerando os distúrbios emocionais da época você exclama, exaltado: "todos são médiuns obsidiados".

Faça-se comedido.

Sintetizar todas as misérias morais e mentais na mediunidade ó o mesmo que amaldiçoá-la.


* * *

Ouvindo uma pessoa narrar as próprias dificuldades você é taxativo: "mediunidade manipulada por obsessores".

Adote a vigilância.

Há obsidiados que são perseguidos em si mesmos pelas Íntimas imperfeições.


* * *

Ante qualquer infortúnio que lhe chega ao conhecimento você elucida: "a mediunidade sem assistência é a causa-matriz".

Examine melhor a questão.

Os efeitos de hoje nasceram nas causas do passado.

Perante um companheiro em sofrimento, você logo informa: "mediunidade com francas possibilidades".

Evite explicações apressadas.

Sofrimento é débito em regime de resgate.

Sim, somos todos médiuns, porque sempre estamos no meio. . .

A mediunidade a que você se refere, que é encontrada na História em todas as épocas, e que nos deu as sublimes informações espiritistas é faculdade abençoada que não pode ser examinada num lapso de tempo entre um conceito e uma banalidade.


* * *

Quando você estiver à frente de alguém com problemas psíquicos de natureza medianímica, não opine, invigilante; receite "O LIVRO DOS MÉDIUNS", guia eficaz para quem deseja servir com segurança, construindo o próprio equilíbrio.

Quanto possivel, restrinja opiniões vulgares em torno da mediunidade, se você deseja ajudar, para que a mordacidade e a zombaria não lhe aplaudam os conceitos sobre uma faculdade que possivelmente você não conhece com propriedade nem exatidão.



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