Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1858
Versão para cópia
Janeiro - Manifestações físicas
“Ultimamente perguntamos se todos os Espíritos, indistintamente, fazem mover as mesas, produzem ruídos, etc., e logo a mão de uma senhora, bastante séria para brincar com essas coisas, traçou violentamente estas palavras: “Quem faz dançarem os macacos pelas ruas? Serão os homens superiores?”
“Um amigo, de origem espanhola, espiritualista, falecido no verão passado, deu-nos diversas comunicações, numa das quais encontramos a seguinte passagem:
“As manifestações que buscais não se acham no número das que mais agradam aos Espíritos sérios e elevados. Não obstante, concordamos que têm sua utilidade, porque talvez mais que qualquer outra podem servir para convencer os homens de hoje”.
“Para obter tais manifestações, é absolutamente preciso que se desenvolvam certos médiuns, cuja constituição física esteja em harmonia com os Espíritos que podem produzi-las. Não duvidamos de que as vejais mais tarde desenvolver-se entre nós: então não serão estas pancadinhas que ouvireis, mas ruídos semelhantes ao crepitar da fuzilaria entremeado do troar do canhão”.
“Num recanto da cidade acha-se uma casa habitada por uma família alemã. Nela se ouvem ruídos estranhos, enquanto certos objetos são deslocados. Foi o que nos asseguraram, pois não o verificamos. Pensando que o dono da casa nos pudesse esclarecer, convidamo-lo para algumas sessões dedicadas a esse gênero de manifestações e, mais tarde, a esposa desse honrado senhor não quis que ele continuasse entre nós porque, disse-nos ele, o barulho aumentou em sua casa. A este respeito, eis o que nos foi escrito pela mão da Senhora...:
“Não podemos impedir que Espíritos imperfeitos façam barulho ou outras coisas aborrecidas e mesmo apavorantes; o fato de estarem em contato conosco, que somos bem intencionados, não diminui a influência que exercem sobre o médium em questão”.
Chamamos a atenção para a perfeita concordância que existe entre o que os Espíritos disseram em Nova Orléans, com relação à fonte de manifestações físicas, e o que nos foi dito a nós próprios. Com efeito, nada pintaria essa origem com mais vigor que esta resposta, ao mesmo tempo espiritual e profunda: “Quem faz dançarem os macacos pelas ruas? Serão os homens superiores?”
Teremos ocasião de transcrever de jornais da América numerosos exemplos desse tipo de manifestações, bem mais extraordinárias do que as que acabamos de citar. Sem dúvida responder-nos-ão com o provérbio: “A boa mentira vem de longe”. Quando coisas assim tão maravilhosas nos vêm de 2000 léguas, mas não as podemos verificar, a dúvida é admissível, mas esses fenômenos atravessaram os mares com o Sr. Home, que deles nos deu provas. É verdade que o Sr. Home não foi para um teatro a fim de operar os seus prodígios e que nem todo mundo, pagando a entrada, pôde vê-los. Por isso, muitos o consideram um hábil prestidigitador, sem refletir que a fina flor da sociedade, testemunha desses fenômenos, não se prestaria de bom grado a lhe servir de parceira. Se o Sr. Home fosse um charlatão, não teria tido o cuidado de recusar magníficas ofertas de muitos estabelecimentos públicos e ter-se-ia locupletado. Seu desinteresse é a resposta mais peremptória que se pode dar aos seus detratores. Um charlatanismo desinteressado seria uma insensatez e uma monstruosidade. Mais tarde falaremos pormenorizadamente do Sr. Home e da missão que o conduziu à França. Enquanto isso, eis um fato de manifestação espontânea que nos relatou distinto médico, de toda a confiança, e que é tanto mais autêntico porque as coisas aconteceram com seu testemunho pessoal.
Uma distinta família tinha como empregada uma moça órfã, de catorze anos, cujo caráter, naturalmente bondoso e delicado, lhe havia granjeado a afeição dos patrões. No mesmo quarteirão morava uma família cuja senhora, não se sabe por que, havia tomado birra à mocinha, a ponto de torná-la objeto de toda sorte de atrevimentos. Um dia, ao chegar em casa, a vizinha apareceu furiosa, armada de uma vassoura, querendo bater-lhe. Apavorada, a moça atirou-se à porta tentando tocar a campainha, mas infelizmente o cordão estava partido e ela não o alcançava. Eis, porém, que a campainha tocou por si mesma e vieram abrir. Na perturbação, ela não se deu conta do que se havia passado, mas depois a campainha continuou tocando de vez em quando, sem uma causa conhecida, tanto de dia como à noite. Quando iam atender à porta, não encontravam ninguém. Os vizinhos do quarteirão foram acusados por essa pilhéria de mau gosto. A queixa foi levada ao comissário de polícia, que abriu inquérito e procurou ver se algum fio secreto se comunicava com o exterior, mas nada pôde descobrir. Entretanto, as coisas continuavam mais insistentemente, em detrimento do repouso de todos, e sobretudo da pequena criada, acusada como a causa do barulho. Depois de aconselhados, os patrões resolveram afastá-la, colocando-a em casa de amigos, no campo. Desde então a campainha ficou quieta, e nada de semelhante se produziu no novo domicílio da pequena órfã.
Este, como muitos outros fatos que teremos a relatar, não se deu nas margens do Missouri ou do Ohio, mas em Paris, na travessa dos Panoramas. Cabe agora explicá-lo. A mocinha não tocava a campainha, é claro; estava aterrada com o que se passava para pensar numa brincadeira, na qual fosse ela própria a primeira vítima. Não menos certo é que o toque da campainha era devido à sua presença, pois que o efeito cessou quando ela se foi. O médico que testemunhou o fato explica-o como uma poderosa ação magnética exercida inconscientemente pela mocinha. Esta explicação, de modo algum nos parece concludente: por que, ao partir, teria ela perdido tal poder? Diz ele que o terror inspirado pela presença da vizinha devia produzir na moça uma superexcitação de natureza a desenvolver a ação magnética, e que o efeito cessara com a causa. Confessamos que o argumento não nos convence. Se a intervenção de um poder oculto não está demonstrada peremptoriamente, pelo menos é provável, conforme casos análogos que conhecemos. Admitindo, pois, tal intervenção, diremos que nas circunstâncias em que o fato se produziu pela primeira vez, um Espírito protetor provavelmente quis subtrair a mocinha ao perigo que corria; que, a despeito da afeição que os patrões lhe tinham, talvez fosse de seu interesse que ela saísse daquela casa; eis porque o barulho continuou até que ela partisse.
Abril Conversas familiares de além-túmulo
1. O que vos impeliu a atender ao nosso apelo?
Resposta. – Para vos instruir.
2. Estais contrariado por vir até nós e responder às perguntas que vos desejamos fazer?
Resposta. – Não; as que tiverem por fim vossa instrução, eu o consinto.
3. Que prova podemos ter de vossa identidade e como poderemos saber se não é um outro Espírito que toma vosso nome?
Resposta. – Para que serviria isso?
4. Sabemos, por experiência, que os Espíritos inferiores muitas vezes se utilizam de nomes supostos; é por isso que vos fizemos essa pergunta.
Resposta. – Eles utilizam também as provas; mas o Espírito que toma uma máscara também se revela por suas próprias palavras.
5. Sob que forma e em que lugar estais entre nós?
Resposta. – Sob a que leva o nome de Mehemet-Ali; perto de Ermance.
6. Gostaríeis que vos déssemos um lugar especial?
Resposta. – A cadeira vazia.
Observação. – Perto dali havia uma cadeira vazia, à qual não se tinha prestado atenção.
7. Tendes uma lembrança precisa de vossa última existência corporal?
Resposta. – Não a tenho ainda precisa; a morte me deixou sua perturbação.
8. Sois feliz?
Resposta. – Não; infeliz.
9. Estais errante ou reencarnado?
Resposta. – Errante.
10. Recordais o que fostes antes de vossa última existência?
Resposta. – Eu era pobre na Terra; invejei as grandezas terrestres: subi para sofrer.
11. Se pudésseis renascer na Terra, que condição escolheríeis de preferência?
Resposta. – Obscura; os deveres são muito grandes.
12. Que pensais agora da posição que ocupastes por último na Terra?
Resposta. – Vaidade do nada! Quis conduzir os homens; sabia conduzir-me a mim mesmo?
13. Dizia-se que já há algum tempo a vossa razão estava alterada; isso é verdade?
Resposta. – Não.
14. A opinião pública aprecia o que fizestes pela civilização egípcia, e vos coloca entre os maiores príncipes. Experimentais satisfação com isso?
Resposta. – Que me importa! A opinião dos homens é o vento do deserto que levanta a poeira.
15. Vedes com prazer vossos descendentes trilhando o mesmo caminho? Interessai-vos por seus esforços?
Resposta. – Sim, já que têm por objetivo o bem comum.
16. Entretanto, sois acusado de atos de grande crueldade: envergonhai-vos deles, agora?
Resposta. – Eu os expio.
17. Vedes os que mandastes massacrar?
Resposta. – Sim.
18. Que sentimento experimentam por vós?
Resposta. – O do ódio e o da piedade.
19. Depois que deixastes esta vida revistes o sultão Mahamud? †
Resposta. – Sim: em vão fugimos um do outro.
20. Que sentimento experimentais agora um pelo outro?
Resposta. – O da aversão.
21. Qual a vossa opinião atual sobre as penas e recompensas que nos esperam após a morte?
Resposta. – A expiação é justa.
22. Qual o maior obstáculo que tivestes de vencer para a realização de vossos objetivos progressistas?
Resposta. – Eu reinava sobre escravos.
23. Pensais que se o povo que governastes fosse cristão, teria sido menos rebelde à civilização?
Resposta. – Sim; a religião cristã eleva a alma; a maometana não fala senão à matéria.
24. Quando vivo, vossa fé na religião muçulmana era absoluta?
Resposta. – Não; eu acreditava num Deus maior.
25. Que pensais disso agora?
Resposta. – Ela não faz homens.
26. Na vossa opinião, Maomé tinha uma missão divina?
Resposta. – Sim, mas que ele corrompeu.
27. Em que a corrompeu?
Resposta. – Ele quis reinar.
28. O que pensais de Jesus?
Resposta. – Esse vinha de Deus.
29. Na vossa opinião, qual dos dois, Jesus ou Maomé, fez mais pela felicidade da Humanidade?
Resposta. – Por que o perguntais? Que povo Maomé regenerou? A religião cristã saiu pura da mão de Deus; a maometana é obra do homem.
30. Acreditais que uma dessas duas religiões esteja destinada a desaparecer da face da Terra?
Resposta. – O homem progride sempre; a melhor permanecerá.
31. Que pensais da poligamia consagrada pela religião muçulmana?
Resposta. – É um dos laços que retêm na barbárie os povos que a professam.
32. Acreditais que a submissão da mulher esteja conforme os desígnios de Deus?
Resposta. – Não; a mulher é igual ao homem, pois que o Espírito não tem sexo.
33. Diz-se que o povo árabe não pode ser conduzido senão pelo rigor; não pensais que os maus-tratos, em vez de o submeterem, mais o embrutecem?
Resposta. – Sim, é o destino do homem; ele se avilta quando é escravo.
34. Poderíeis reportar-vos aos tempos da Antiguidade, quando o Egito era florescente, e dizer-nos quais foram as causas de sua decadência moral?
Resposta. – A corrupção dos costumes.
35. Parece que fazíeis pouco caso dos monumentos históricos que cobrem o solo do Egito. Não podemos compreender essa indiferença da parte de um príncipe amigo do progresso.
Resposta. – Que importa o passado! O presente não o substituiria.
36. Poderíeis explicar-vos mais claramente?
Resposta. – Sim. Não era necessário lembrar ao egípcio envilecido um passado muito brilhante: não o teria compreendido. Menosprezei aquilo que me pareceu inútil; não poderia ter-me enganado?
37. Os sacerdotes do antigo Egito tinham conhecimento da Doutrina Espírita?
Resposta. – Era a deles.
38. Recebiam manifestações?
Resposta. – Sim.
39. As manifestações obtidas pelos sacerdotes egípcios provinham da mesma fonte que as recebidas por Moisés?
Resposta. – Sim, ele foi iniciado por elas.
40. Por que as manifestações de Moisés eram mais poderosas que as recebidas pelos sacerdotes egípcios?
Resposta. – Moisés queria revelar; os sacerdotes egípcios, apenas ocultar.
41. Acreditais que a doutrina dos sacerdotes egípcios tivesse alguma relação com a dos indianos?
Resposta. – Sim; todas as religiões primitivas estão ligadas entre si por laços quase imperceptíveis; procedem de uma mesma fonte.
42. Dentre essas duas religiões, a dos egípcios e a dos indianos, qual delas é a mãe da outra?
Resposta. – São irmãs.
43. Como se explica que em vida éreis tão pouco esclarecido sobre essas questões, e agora podeis respondê-las com tanta profundidade?
Resposta. – Outras existências mo ensinaram.
44. No estado errante em que estais agora, tendes, pois, pleno conhecimento de vossas existências anteriores?
Resposta. – Sim, exceto da última.
45. Haveis, pois, vivido no tempo dos Faraós?
Resposta. – Sim; três vezes vivi no solo egípcio: como sacerdote, como mendigo e como príncipe.
46. Sob que reinado fostes sacerdote?
Resposta. – Já faz tanto tempo! O príncipe era vosso Sesóstris.
47. Conforme isso, parece que não progredistes, uma vez que expiais, agora, os erros da vossa última existência.
Resposta. – Sim, progredi lentamente; acaso era eu perfeito por ter sido sacerdote?
48. Porque fostes sacerdote àquela época é que pudestes falar com conhecimento de causa da antiga religião dos egípcios?
Resposta. – Sim; mas não sou bastante perfeito para tudo saber; outros leem no passado como num livro aberto.
49. Poderíeis dar-nos uma explicação sobre o motivo da construção das pirâmides?
Resposta. – É muito tarde.
(Nota: Eram quase onze horas da noite.)
50. Só vos faremos mais uma pergunta; dignai-vos ter a bondade de respondê-la?
Resposta. – Não, é muito tarde; essa pergunta suscitaria outras.
51. Poderíeis respondê-la em outra ocasião?
Resposta. – Não me comprometo com isso.
52. Mesmo assim, agradecemos a benevolência com que respondestes às nossas perguntas.
Resposta. – Bem! Eu voltarei.
[Revista de novembro de 1858.]
MEHEMET-ALI. (Segunda palestra.)
1. Em nome de Deus Todo-Poderoso, rogo ao Espírito Mehmet-Ali que consinta em comunicar-se conosco.
Resposta. – Sim; sei o motivo.
2. Prometestes vir até nós, a fim de instruir-nos; teríeis a bondade de nos ouvir e de nos responder?
Resposta. – Não prometo, desde que não me comprometi.
3. Seja; em lugar de prometestes, coloquemos que nos fizestes esperar.
Resposta. – Isto é, para satisfazer a vossa curiosidade; não importa! Prestar-me-ei um pouco a isso.
4. Pois que vivestes ao tempo dos faraós, poderíeis dizer-nos com que finalidade foram as pirâmides construídas?
Resposta. – São sepulcros; sepulcros e templos: ali ocorriam grandes manifestações.
5. Tinham também um fim científico?
Resposta. – Não; o interesse religioso absorvia tudo.
6. Seria preciso que os egípcios fossem, desde aquela época, muito adiantados nas artes mecânicas para realizarem trabalhos que exigiam forças tão consideráveis. Poderíeis dar-nos uma ideia dos meios que empregaram?
Resposta. – Massas humanas gemeram sob o peso de pedras que atravessaram os séculos: o homem era a máquina.
7. Que classe de homens se ocupava desses grandes trabalhos?
Resposta. – A que chamais de povo.
8. Estava o povo em estado de escravidão ou recebia um salário?
Resposta. – À força.
9. Donde veio aos egípcios o gosto das coisas colossais, em vez do das coisas graciosas que distinguia os gregos, embora tivessem a mesma origem?
Resposta. – O egípcio era tocado pela grandeza de Deus; a Ele procurava igualar-se, superando as próprias forças. Sempre o homem!
10. Considerando-se que éreis sacerdote àquela época, poderíeis dizer-nos alguma coisa acerca da religião dos antigos egípcios? Qual era a crença do povo em relação à Divindade?
Resposta. – Corrompidos, acreditavam em seus sacerdotes; eram deuses para eles, a quem se curvavam.
11. Que pensavam da alma após a morte?
Resposta. – Acreditavam no que lhes diziam os sacerdotes.
12. Sob o duplo ponto de vista de Deus e da alma, tinham os sacerdotes ideias mais sadias que o povo?
Resposta. – Sim, tinham a luz nas mãos; ocultando-as dos outros, ainda assim a percebiam.
13. Os grandes do Estado partilhavam da crença do povo ou da dos sacerdotes?
Resposta. – Estavam entre as duas.
14. Qual a origem do culto prestado aos animais?
Resposta. – Queriam desviar de Deus o homem e mantê-lo sob seu domínio, dando-lhe como deuses seres inferiores.
15. Até certo ponto concebe-se o culto dos animais domésticos, mas não se compreende o dos animais imundos e prejudiciais, tais como as serpentes, crocodilos, etc.!
Resposta. – O homem adora aquilo que teme. Era um jugo para o povo. Podiam os sacerdotes acreditar em deuses saídos de suas mãos?
16. Não seria um paradoxo adorarem o crocodilo e os répteis e, ao mesmo tempo, o icnêumon e o íbis , que os destruíam?
Resposta. – Aberração do Espírito; o homem procura deuses por toda parte para se ocultar do que é.
17. — Por que Osíris era representado com uma cabeça de gavião e Anúbis com a de um cão?
Resposta. – O egípcio gostava de personificar sob a forma de emblemas claros: Anúbis era bom; o gavião que estraçalha representava o cruel Osíris.
18. Como conciliar o respeito dos egípcios pelos mortos, com o desprezo e o horror por aqueles que os enterravam e mumificavam?
Resposta. – O cadáver era um instrumento de manifestações: segundo eles o Espírito retornava ao corpo que havia animado. Como um dos instrumentos de culto, o cadáver era sagrado e o desprezo perseguia aquele que ousava violar a santidade da morte.
19. A conservação dos corpos dava lugar a manifestações mais numerosas?
Resposta. – Mais longas, isto é, o Espírito voltava por mais tempo, desde que o instrumento fosse dócil.
20. A conservação dos corpos visava também à salubridade, em razão das inundações do Nilo?
Resposta. – Sim, para os do povo.
21. A iniciação nos mistérios fazia-se no Egito com práticas tão rigorosas quanto na Grécia?
Resposta. – Mais rigorosas.
22. Com que fim eram impostas aos iniciados condições tão difíceis de preencher?
Resposta. – Para não haver senão almas superiores; estas sabiam compreender e calar.
23. O ensino dado nos mistérios tinha por finalidade única a revelação das coisas extra-humanas, ou ali eram ensinados também os preceitos da moral e do amor ao próximo?
Resposta. – Tudo isso era bem corrompido. O objetivo dos sacerdotes era dominar e não instruir.