Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1862
Versão para cópiaCapítulo XXX
Abril - Poesias Espíritas
Abril
(SOCIEDADE ESPÍRITA DE BORDÉUS - MÉDIUM: SRA. CAZEMAJOUX)
CREDE NOS ESPÍRITOS DO SENHOR
Crede em nós; nós somos a centelha,
Raio brilhante vindo do seio de Deus,
Que projetamos sobre as almas novas,
Que no berço choram o céu azul.
Crede em nós; nossa chama leve,
Espírito errante pelos túmulos amigos,
Venceu o obstáculo, passou a barreira
Entre nós posta pelo Eterno.
Crede em nós. As trevas e as mentiras
Se dispersam quando, suaves e risonhas,
Vimos do Céu deitar em vossos sonhos
O néctar, o mel e a ambrosia.
Crede em nós. Erramos no espaço
Para vos guiar. Crede em nós,
Que vos amamos... Cada hora que passa,
Ó exilados, mais nos aproxima.
ELISA MERCOEUR
- - - - -
AS VOZES DO CÉU
As vozes do Céu suspiram na brisa,
Gemem no ar, murmuram nas ondas;
Nas florestas e nos montes cinzentos
Ecoam os seus suspiros.
As vozes do Céu murmuram sob as folhas,
Nos prados, nos bosques e nos campos.
Junto à fonte onde chora contrito
O poeta de tímidas rimas.
As vozes do Céu cantam nos arvoredos,
No loiro trigo, nos jardins em flor,
No risonho azul das nuvens
Na riqueza das cores do arco-íris.
As vozes do Céu choram no silêncio.
Silêncio! Elas falam ao coração.
E os Espíritos, cujo reino começa,
Vos levam ao vosso Criador.
ELISA MERCOEUR
CREDE NOS ESPÍRITOS DO SENHOR
Crede em nós; nós somos a centelha,
Raio brilhante vindo do seio de Deus,
Que projetamos sobre as almas novas,
Que no berço choram o céu azul.
Crede em nós; nossa chama leve,
Espírito errante pelos túmulos amigos,
Venceu o obstáculo, passou a barreira
Entre nós posta pelo Eterno.
Crede em nós. As trevas e as mentiras
Se dispersam quando, suaves e risonhas,
Vimos do Céu deitar em vossos sonhos
O néctar, o mel e a ambrosia.
Crede em nós. Erramos no espaço
Para vos guiar. Crede em nós,
Que vos amamos... Cada hora que passa,
Ó exilados, mais nos aproxima.
ELISA MERCOEUR
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AS VOZES DO CÉU
As vozes do Céu suspiram na brisa,
Gemem no ar, murmuram nas ondas;
Nas florestas e nos montes cinzentos
Ecoam os seus suspiros.
As vozes do Céu murmuram sob as folhas,
Nos prados, nos bosques e nos campos.
Junto à fonte onde chora contrito
O poeta de tímidas rimas.
As vozes do Céu cantam nos arvoredos,
No loiro trigo, nos jardins em flor,
No risonho azul das nuvens
Na riqueza das cores do arco-íris.
As vozes do Céu choram no silêncio.
Silêncio! Elas falam ao coração.
E os Espíritos, cujo reino começa,
Vos levam ao vosso Criador.
ELISA MERCOEUR