ESCALADA DE LUZ

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CAPÍTULO 76

Bilhete a D. Maria João de Deus

Não, D. Maria, eu não consultei a família espírita do Brasil se poderia escolhê-la para nossa "Mãe do Ano", mas creio que se o fizesse todos aplaudiriam a ideia com sublime encantamento.

Certamente não vou biografá-la, primeiro porque não tenho recursos literários para fazê-lo, segundo porque um batráquio não pode dissertar sobre uma estrela.

Sei que minha gratidão pela senhora é infinita, e mais aumenta quando penso no seu berço pobre, na sua vida honrada e na sua têmpera de heroína que, nas cruentas batalhas da vida, sempre soube manter inabalável fé na Providência Divina.

Sua numerosa prole era o seu maior tesouro neste mundo, suas lágrimas ocultas, suas desconhecidas aflições, seus anseios de mãe eram só testemunhados por Deus.

Hoje sabemo-la como mensageira do Senhor e servidora incansável entre as esferas superiores.

Não conheci todos os seus filhos, mas bastou-me conhecer nosso querido Chico para imortalizá-la em minha memória.

Sei que o presente mais importante para o seu coração é nos tornarmos mais fiéis ao Cristo de Deus, entregando-nos sem reservas à prática da caridade.

Sei que a senhora se encontra assistindo a todos os infortunados ocultos.


Eu peço perdão se na minha obscuridade nada tenho de especial para ofertar-lhe, mas receba, MÃE QUERIDA, o meu singelo buquê de orações, onde rogo à Santa Mãe de Jesus que a abençoe hoje e sempre. O filho pelo coração, Jerônimo

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