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CAPÍTULO 29

Considerando os vários casos mediúnicos abordados no livro Painéis da Obsessão, perguntamos se durante a recepção do livro o irmão desdobrou-se e conviveu com o ambiente espiritual?

Divaldo - Durante o trabalho de psicografar o livro romanceado, os espíritos permitiram-me acompanhar o que grafavam. Como são psicografias feitas em horas específicas, adrede reservadas para esse mister, registramos cenas, à medida que os espíritos iam escrevendo, através dos clichês mentais que me projetavam. Certa vez, quando psicografava o Párias em Redenção1, que foi o nosso primeiro romance mediúnico ditado por Victor Hugo, observamos toda a paisagem que ele mostrava enquanto meu braço escrevia.

Para minha surpresa, notei, quando li as páginas, que havia visto muito mais do que ali estava escrito.

Ocorreu-me a ideia de explicar aos confrades de nossa Casa, que era o mesmo que ir ao cinema acompanhado por um cego e estar explicando-lhe as cenas que se projetam na tela. A capacidade visual é muito maior do que a palavra ou a grafia.

Assim, quando Manoel Philomeno escreveu a obra Painéis da Obsessão2, eu acompanhei o que estava anotando, havendo sido levado à Colônia, onde se realizavam as duas intervenções cirúrgicas na personagem central de nome Argos, que havia contraído a enfermidade física, graças a um processo obsessivo que, atuando por meio de vibrações viciosas nos centros vitais, a que se referiu Raul, terminou por matar as defesas imunológicas do organismo, dando margem a que o bacilo de Koch, que se encontrava no organismo, viesse a formar colônias em seus pulmões.



1) FRANCO, Divaldo Párias em redenção, Victor Hugo, 2a ed, FEB, Rio de Janeiro - RJ,


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