Diretrizes de Segurança

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CAPÍTULO 6

Pode o médium, em algumas comunicações, não conseguir evitar, totalmente, as atitudes desequilibradas dos espíritos comunicantes?

Divaldo - À medida que o médium educa a força nervosa, logra diminuir o impacto do desequilíbrio do comunicante. É compreensível que, em se comunicando um suicida, não venhamos a esperar harmonia por parte da entidade em sofrimento; alguém que foi vítima de uma tragédia sendo arrebatado do corpo sem o preparo para a vida espiritual apresentará no médium o estertor do momento final, na própria comunicação, algumas convulsões em virtude do quadro emocional em que o espírito se encontra.

Há, porém, certos cacoetes e viciações que nos cumpre disciplinar. Há médiuns que só incorporam (termo incorreto), isto é, somente dão comunicação psicofônica, se bocejarem bastante. Para dar um toque de humor: quando eu comecei a frequentar a Casa Espírita, na minha terra natal, a primeira parte era um Deus-nos-acuda! Porque as pessoas bocejavam e choravam, demasiadamente. Eu, como era médium principiante, cria que também deveria bocejar de quebrar o queixo.

A "médium principal", que era uma senhora muito católica, iniciava as comunicações sempre depois de intermináveis bocejos e tosses que a levavam às lágrimas. Hoje não bocejo, nem no meu estado normal. Quando eles vêm eu cerro os dentes e os evito.

É lógico que uma entidade sofredora nos impregna de energia perniciosa, advindo o desejo de exteriorizar pelo bocejo. É uma forma de eliminar toxinas. Mas nós podemos eliminá-las pela sudorese, por outros processos orgânicos, não necessariamente o bocejo. Há outros médiuns que têm a dependência, de todas as vezes em que vão comunicar-se os espíritos, bater na mesa ou bater os pés, porque se não baterem não se comunicam. Lembro de uma vez em que tivemos uma mesa redonda. Ô presidente da mesa era um homem muito bom, muito evangelizado, mas não havia entendido bem a Doutrina, tendo ideias doutrinárias muito pessoais. Ele me perguntou quando é que o espírito incorpora no médium. Mas logo respondeu: "A gente chupa...

chupa... até engolir! Não é verdade ?". São cacoetes, destituídos de sentido e lógica.

Os médiuns têm o dever de coibir o excesso de.

distúrbios da entidade comunicante.

Na minha terra, vi senhoras que se jogavam no chão, e vinham os cavalheiros prestimosos ajudá-las...

Graças a Deus eram todas magrinhas...

O médium deve controlar o espírito que se comunica, para que este lhe respeite a instrumentalidade, mesmo porque o espírito não entra no médium.

A comunicação é sempre através do perispírito, que vai oferecer campo ao desencarnado.

Todavia, a diretriz é do encarnado.




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