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CAPÍTULO 96

Dentro dos quadros da psiquiatria, como psicopatia, esquizofrenia, etc., quais as características que poderiam se enquadrar dentro das obsessões?

Raul - Reconhecemos com os ensinamentos da Doutrina Espírita, que todos aqueles portadores das esquizofrenia, psicopatologias variadas, dentro de um processo cármico, são entidades normalmente Vinculadas a graves débitos, a dívidas de delitos Sociais, e, conforme nos achamos dentro desse quadro de compromissos essas Psicopatologias de multiplicada denominação assumem intensidade maior ou menor.

Conforme orienta o instrutor Calderaro ao Espírito André Luiz, no livro No Mundo Maior1, de edição febiana, ao estudar a problemática do cérebro, esses companheiros esquizofrênicos entram em "crises" quando, no processo natural e inconsciente de rememoração, se vinculam ao seu passado, quando delinquiram, através de um processo de associação, de assimilação fluídica.

Nos casos de epilepsias, tudo nos leva a crer que as entidades credoras em se aproximando do devedor, diretamente, ou por meio de seu pensamento, promovem como que um acordamento da culpa, e ele mergulha, então, no chamado transe epiléptico. Nesse particular do transe, por ação de espíritos, encontramos correspondentes com o processo mediúnico, porque não deixam de ser, esses indivíduos, médiuns enfermos, desequilibrados, apresentando, por isso, uma expressão mediúnica atormentada, doente. Convenhamos que o exame da Doutrina Espírita, com relação a esses diversos casos, nos dará gradativamente as dimensões para que saibamos avaliar, analisar os problemas de enfermidades psicopatológicas, tais como as que acompanham a esquizofrenia, que é esse conjunto de tormentos, de perturbações, de doenças que verdadeiramente não têm uma etiologia definida.

Nos casos de patologia psicológica ou psiquiátrica, deveremos nos valer dos conhecimentos específicos na área médica, para que não coloquemos pessoas doentes nas atividades mediúnicas, o que seria um desastre. Muitas pessoas se mostram com diversas síndromes e sintomas de problemas, psíquicos, quando a invigilãncia e o desconhecimento espírita de alguns podem afirmar que é mediunidade e levar a criatura para o exercício mediúnico.

Esses graves equívocos determinarão graves ocorrências.

O nosso Divaldo, oportunamente, narrou-nos um episódio por ele conhecido, a respeito de um cidadão que sofrendo de intensas e continuadas cefaleias foi "orientado" por alguém irresponsável a "desenvolver-se", porque era médium, e que nisso encontraria a cura esperada.

Buscados núcleos de mediunismo sem orientação cristã, feitos os "trabalhos", etc., o problema não cedeu, ao contrário, agravou-se. Após frustradas tentativas lá e cá, o moço foi levado a uma Instituição séria, onde o servidor da mediunidade que o atendeu constatou, pela informação dos Benfeitores Espirituais, que a família deveria providenciar atendimento médico para o rapaz.

Feito o eletroencefalograma, verificou-se uma tumoração cerebral já sem possibilidade de cura, devido ao estado adiantado do problema.

Muitas vezes estamos atrelados a enfermidades espirituais que oferecem respostas somáticas, que estão ligadas a dramas profundos e graves, que não podem ser atendidos como se fossem mediunidade, numa leviandade que nãose permite, em se tratando de Entidade Espírita.

noutros campos, registramos nos hospitais psiquiátricos diversos médiuns em aturdimento, obsidiados que poderiam ser devidamente tratados com a terapia evangélico-espírita, para depois abraçarem a tarefa mediúnica.

Então, é necessário que estudemos e incorporemos os conceitos e lições da Doutrina Espírita, conhecendo a prática do bom senso, para que saibamos distinguir aquilo que é mediunidade, precisando de educação, daquilo que seja enfermidade psicopatológica, a exigir tratamento médico.


1) XAVIER, F. C. No mundo maior André Luiz, 12a edição, FEB, Brasília - DF, 1984.




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