Trevo de Idéias

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Capítulo IV

Sê tu quem ame


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Não esperes pela ofensa de quem ainda te não pode compreender para exercitares o perdão.

Reconcilia-te com a vida, com as leis que te regem, com os irmãos de experiência que seguem ao teu lado, cada dia.

Cessemos a produção da crítica envenenada, apaguemos os impulsos de destruição, emudeçamos a palavra amarga, afastemo-nos em definitivo, da injúria, da maldade, da ingratidão.

Não bastam afirmativas labiais de bondade.

Não valem promessas constantemente adiadas de apaziguamento e colaboração.

É indispensável pensar e agir em termos de amor, confiando alma e coração à fraternidade.

Alguém nos desatende? Prossigamos servindo.

Há quem nos atire espinhos da indiferença? Avancemos no plantio do bem.

Se o clima social não nos favorece, saibamos favorecê-lo com a reafirmação de nossos testemunhos de trabalho incessante, no culto da consciência reta.

Se a instituição a que pretendemos auxiliar não nos estende o concurso sincero, façamos silêncio e continuemos oferecendo o melhor de nós mesmos aos companheiros de ideal.

Apaguemos a fogueira do ódio em nossas manifestações verbalísticas e acendamos a luz da solidariedade para com todos, a fim de que o nosso passo seja útil na senda de nossos semelhantes.

O mundo está repleto de censores, de juízes gratuitos, de gênios da sombra, invariavelmente prontos a atacar e perturbar, de petroleiros da discórdia e da separação!…

Sê tu quem auxilie, quem encoraje a esperança, quem aclare o caminho e quem estende sobre a vida o manto da paz, e terás brilhando sobre ti a luz do Mestre Divino, que, em se imolando, por amor, na cruz do sacrifício, reconciliou o transviado homem da Terra com a Luz Celestial.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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