Espelhos da Alma: Uma Jornada Terapêutica
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JESUS E O OBSERVADOR
Quem o visse cercado pela multidão, em cuja fase estavam as marcas iniludíveis do desconforto, das aflições e das ansiedades, talvez ficasse à distância, sem ter a menor ideia do que ele pudesse fazer àquelas gentes.
Quem o visse exprobrando a conduta reprochável dos maus sacerdotes infelizes governantes, certamente recearia, afastando-se do círculo em que Ele estava.
Quem o acompanhasse pelas longas viagens, sempre cercado pelas dores do povo, sem agasalhos nem alforjes, sob a canícula ou as chuvas, suporia estar ao lado de um visionário, um sonhador.
Quem se detivesse no exame das Suas palavras renovadoras, em dias de rapina e crueldade, entoando Salmos de amor e esperança, evitaria a participação no grupo que Ele compunha, receando consequências.
Quem penetrasse no círculo mais íntimo dos que O seguiriam, dominados pelo magnetismo dEle, suporia estar entre fanáticos que pretendesse lutar contra tudo, afervorados pela implantação de um Reino impossível.
Quem, todavia resolvesse mergulhar na Sua Aura, reflexionando demoradamente os conceitos que Ele emitia, sentindo as angústias das multidões que Ele saciava com o verbo divino, seguindo-O pelas trilhas da compaixão e da misericórdia, vivendo as esperanças que Ele acenava em relação aos dias do futuro e se facultasse senti-Lo no imo do coração, amá-Loia por certo, entregasse totalmente ao mistério da fraternidade até a imolação, como parte essencial da Era Nova que Ele iniciava, mas que somente se concretizaria nos confins dos tempos futuros.
Jesus não é uma mensagem de uma época, um tempo uma Civilização. É o pão de sustento do século, a água refrescante das eras e a esperança modelar de todos os povos.
Segurança do mundo moderno, é o Luzeiro em cuja claridade solar todas as trevas se dissipam, a aquecer por todo o sempre sofrido coração do espírito humano desejoso de felicidade, de plenitude da paz.