Luz Imperecível
Versão para cópia
ASTÚCIA
Jo 8:6
Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
ISTO DIZIAM ELES, TENTANDO-O, - Não havia da parte dos escribas e fariseus a mínima disposição de aprender com Jesus. A tentação, que muitas vezes funciona como elemento de teste visando à nossa segurança evolutiva, funciona também como elemento encorajador quando, apesar da tentação ter-se feito, nela não se caiu, por inexistência de sintonia.
Jesus foi, em toda Sua existência física, tentado por encarnados e desencarnados. Houvesse qualquer iniciativa da parte d’Ele em demonstrar o Seu poder, e estaria comprometendo a Sua missão junto de nós.
É-nos grato lembrar que em todo o seu trabalho, Jesus soube nos apontar que, como espíritos imortais, ainda presos aos liames da retaguarda, precisamos operar incansavelmente no Bem, indo ao encontro da Lei, antes que esta venha exigir o ressarcimento dos débitos, incrustados em nossa alma. Nesta linha de ação, agindo com segurança e sendo humildes frente as soluções das dificuldades pretéritas, estaremos capacitados a reagir com serenidade e confiança em Deus, às investidas das trevas, a que o próprio Jesus não estava isento, já que a todo instante surgiam na forma de tentação oculta ou ostensiva.
PARA QUE TIVESSEM DE QUE O ACUSAR. - Vejamos a posição de Jesus, se concordasse com o apedrejamento, estaria fugindo à norma de Amor ao semelhante que vinha ensinando. Se aconselhasse o perdão, seria apontado como não cumpridor e contrário à Lei de Moisés. É sempre difícil torcer a posição de uma consciência esclarecida, sejam quais forem os argumentos que apresentemos. O espírito iluminado por Jesus estará, constantemente, vigilante às insinuações que as imperfeições queiram imputar-lhe.
MAS JESUS, INCLINANDO-SE, - Dando a entender sua posição completamente tranquila. Senhor absoluto da situação. Desde o preparo para encarnar aqui na Terra, vinha Jesus inclinando-se, abaixando-se, reduzindo-se. Através dos Seus mensageiros, continua procedendo assim, a fim de que possamos entender-lhe o ensino. Entender e sentir para exemplificar.
A mensagem nos reserva valores de sabedoria, perfeitamente solicitáveis em meio dos mecanismos da convivência em nosso dia a dia. A v ida estará sempre favorecida quando, diante dos empeços de relacionamento, saibamos descer ao nível do entendimento dos semelhantes, sem perda dos componentes e da autoridade de que sejamos portadores, conseguindo assim, com humildade, cooperar, sem escândalos e com pleno respeito para com aqueles que estejamos em relação mais próxima.
ESCREVIA COM O DEDO NA TERRA. - O dedo lembra mão. Essa, por sua vez, obras, realizações. É o que o Nazareno concretiza junto de nós.
Mensagem por palavras e ações. Muito se tem cogitado sobre o que Ele, naquela hora, escrevia.
A atitude do Mestre evidencia no entanto, a precariedade e transitoriedade dos registros gráficos que traçamos no decorrer dos tempos, mesmo porque são escritos na Terra, sujeitos às intempéries, cedendo lugar aos novos lances que a evolução nos reserva. O gesto de escrever na terra, facilmente suscetível de apagar-se, sem perda do conteúdo, revela-nos o novo ângulo de apreciação e solução dos fatos menos felizes que as circunstâncias nos trazem nas faixas da experiência.
Tais fatos, por exigirem compreensão, discernimento e mansuetude e por suas características tristes e constrangedoras, devem merecer, também, em nosso favor e de seus protagonistas, a caridade de não se estenderem no tempo e no espaço, perdurando, assim, o mínimo possível. Os valores indeléveis por Ele grafados, o foram na terra do coração, pela completa doação de Si mesmo, nas páginas da exemplificação.
Veja mais em...
João 8:6
Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
Detalhes Capítulo Completo Perícope Completa