Luz Imperecível
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POSSES TRANSITÓRIAS
Mt 6:19
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
NÃO AJUNTEIS TESOUROS NA TERRA, - Ora, para ajuntar, para reunir, somos inspirados pela disposição de colocar um ao lado do outro, de amealhar, o que, não raro, fazemos sem nos ser necessário e, muitas vezes, em detrimento do semelhante. Assim, à medida que crescem os nossos bens, crescem a nossa responsabilidade e os nossos débitos, pois, com essa maneira de proceder, quase sempre lesamos os direitos do próximo. E o que detemos hoje além das necessidades, amanhã - fatalmente - teremos que devolver acrescido de juros e correção monetária, isto é, em valor correspondente à época.
Quando falamos em tesouros, não podemos pensar só em bens materiais e de grande valor. O tesouro pode ser coisa insignificante, já que o valor somos nós que lhe atribuímos. Desse modo, há portadores de milhões e de preciosos recursos, desapegados, como existem miseráveis escravos de bagatelas, às quais encaram como seus tesouros. Quem dá a condição de tesouro ou não às coisas é seu próprio possuidor, independente do valor real que elas, efetivamente, possuam. Questão de foro íntimo.
Na Terra, - isto é, no planeta, no plano físico. Porque tudo no orbe se reveste de caráter transitório, se desgasta, se decompõe, se torna superado e se destina a proporcionar aos seres, aqui em evolução, o aprendizado que carecem. Se o próprio corpo fica na retaguarda quando do desencarne, quanto mais os bens que se encontravam na esfera de nossa ação.
ONDE A TRAÇA E A FERRUGEM TUDO CONSOMEM, - A traça e a ferrugem simbolizam os agentes naturais que promovem a destruição e a consequente renovação de tudo no planeta. A traça age nos elementos que não oferecem resistência; a ferrugem ataca aqueles que parecem resistir ao tempo. Única maneira de se conservar algo é usá-lo; do que podemos deduzir uma Lei - a do Uso - só devemos possuir o que nos é necessário, o que passa disso começa a gerar dificuldades - no mínimo, a da conservação.
E ONDE OS LADRÕES - São vários os tipos de ladrões. Os homens, os encarnados que alimentam o vício de se apropriar das coisas alheias.
Como portamos vários reflexos - produto de numerosas encarnações - algumas crescem, se agigantam, transformando o que poderia ser motivo de bem-estar, de progresso em causa de lutas, de perseguições, de usura, de escravidão...são os ladrões que trazemos dentro de nós mesmos. Eles promovem o desvio das finalidades.
Os ladrões podem ser também desencarnados que, com insinuações menos felizes - acolhidas no coração - fazem dos tesouros uma geratriz do sofrimento, provocando discórdias, vinganças, conflitos.
MINAM - Minar quer dizer consumir, corroer, solapar; prejudicar clandestinamente. Ação imperceptível ou quase. Daí o fato de os possuidores de tesouros materiais se virem situados na posição de vigias, ao invés de serem usufrutuários de tais bens com equilíbrio e discernimento. Já deixam de ser senhores para serem escravos.
E ROUBAM;" - Nada foi feito para permanecer com um só indivíduo ou uma só família, constantemente. Se não os perdemos pela força, a própria vida se encarrega de entregar a outros, de passar a outras mãos as nossas posses.
São incêndios, falências, herdeiros perdulários, os instrumentos dessas transferências. Outras vezes todos os bens são entregues a médicos e organizações hospitalares por quem busca a cura de uma enfermidade.
Há ainda os casos de casamentos em família, para preservar os tesouros no clã, até que se conscientizem de que os filhos de tais consórcios nem sempre são capazes de gerir as heranças.
São estas algumas das providências que podem roubar o que tem conotação exterior, dentro dos princípios da Lei da Mudança, chamada a impulsionar os seres às conquistas efetivas dos bens espirituais. Todo tesouro material, por ser exterior, está sujeito a mudar mãos, de donos.
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Mateus 6:19
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
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