Messe de Amor
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Deixa ao exegeta a tarefa de estudar a letra evangélica.
Procura viver o ensinamento do Senhor.
Abstém-te da discussão religiosa. Liga-te ao serviço da realização em nome da fé.
Abandona os que querelam nos misteres da Boa Nova. Unete aos que produzem para a fraternidade.
Foge às demandas no campo da crença. Materializa com os teus braços as concepções que esposas no campo dos homens.
O discutidor não merece atenção.
Não dissemina claridades benéficas.
Não atende a deveres do auxílio.
Não conjuga as palavras robustas aos atos da própria fraqueza.
Confunde, perturba, dificulta.
O verbalista pode ser comparado à gramínea de fácil desenvolvimento, que asfixia as débeis plantas que aspiram à oportunidade de viver.
Faz-se portador de sutilezas desequilibrantes e torna-se hábil na arte de afligir.
Carrega inquietações.
Espalha dúvidas, que dividem.
Gasta o tesouro do tempo nos longos sermões da palavra brilhante.
Vive com as mãos vazias de realização cristã e mente abarrotada de conceitos bem trabalhados.
Demora-se nas zonas do detalhe e nenhuma imperfeição lhe escapa.
Brilha, mas passa.
Triunfa, mas desaparece.
Como sabe que tem um reino de ficção, é intratável, arrogante, pretensioso.
Acredita-se superior à época em que vive, demorando-se acima do entendimento dos contemporâneos. Por isso, foge para as bibliotecas preciosas e somente vem à luz para criticar, azorragar, discutir...
Morre sem realização, como viveu.
A lembrança dele inspira mal-estar nos que ficaram.
O mundo o esquece e desaparece a sua memória, por falta da seiva do trabalho que deixou de realizar.
E desperta, além do túmulo, maltrapilho e torturado, entre as lembranças de sonhos intelectuais e tristes visões da realidade constrangedora...
Não olvides a necessidade de gravar o ensino evangélico nas folhas do coração.
Vive, quanto possível, a expressão do verbo amar, porque, qual ocorre com a indumentária carnal que te modela a forma, a letra é, também, veste do ensinamento do Senhor que, em silêncio, testemunhou fidelidade ao dever e ao amor até o fim.
Comparecerás ante os códigos da Justiça Divina com a relação dos teus atos a falarem por ti, e não das tuas palavras em veementes desejos de realização.