Dias Gloriosos
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CLONAGEM HUMANA
As leis naturais vêm, ao longo dos tempos, apri-morando a forma humana como decorrência do próprio desenvolvimento moral do ser. Lenta, mas precisamente, os caracteres morfológicos e biológicos se apresentam mais harmônicos, obedecendo à planificação dos Mentores do orbe, encarregados de trabalhar as organizações físicas e psíquicas da vida nas suas mais variadas apresentações.
Porque os revestimentos do invólucro material se originam na energia pensante, é compreensível que, à medida que se aperfeiçoa a essência, mais sutil se expressa o exterior. Igualmente, as funções biológicas se tornam mais delicadas, superando as injunções a que se encontravam submetidas, quando inicialmente programadas para as contingências ainda violentas do habitat terrestre e para as condições alimentares proporcionadoras dos recursos vivenciais no planeta.
Diante das naturais transformações experimentadas na estrutura da Terra, e da desnecessidade da ingestão de carnes cruas; de excessos gordurosos animais; de abusos na atividade da máquina física, como consequência de menores exigências emocionais e mentais sobre a mesma, as necessidades têm-se transferido mais para o campo das expressões superiores, desse modo alterando-lhe o mecanismo funcional. Por outro lado, dos impulsos fisiológicos na área do sexo, que se perverte, em razão da vulgaridade a que vem sendo submetido, surgem distúrbios no campo comportamental que comprometem o ser, exigindo-lhe reparação oportuna, inevitável.
Isso porque o processo de evolução conduz o indivíduo fisiológico a uma fase de conquista psicológica, na qual a vida psíquica predomina sobre a física, ampliando as aspirações de desenvolvimento no rumo da sua imortalidade.
Como decorrência, os ensaios genéticos para alterar e embelezar a estrutura orgânica não passam de especulação que se baseia essencialmente na própria constituição do ser, tentando, porém, copiar sem a correspondência espiritual a esplêndida formação definida pela Divindade.
O fenômeno da clonagem ocorre em a própria Natureza, como, por exemplo, entre os crustáceos decápodes, braquiúros, como os caranguejos e siris que, perdendo uma pata, substituem-na automaticamente, partindo das células que permanecem e repetem o membro amputado. A ocorrência é comum em outros animais como os urodelos e os geconídeos, ou seja, a salamandra e a lagartixa, respectivamente, que também se recompõem quando amputados de uma pata ou da cauda, confirmando a presença do modelo organizador biológico.
Assim, convidada a cooperar com o embelezamento da forma, a Eugenia poderá estabelecer alguns direcionamentos esculturais, agindo nas células, não obstante sem a indispensável contribuição do agente transformador, que é o Espírito, correndo o risco de formar organizações monstruosas com graves prejuízos para o próprio ser humano.
Outro não tem sido o sonho de alguns estudiosos da engenharia genética, fascinados pelo aprimoramento da forma, como também por outras ambições imediatistas na ansiosa busca de solução para alguns dos problemas-desafíos existenciais, que pensam resolver mediante a clonagem dos próprios indivíduos.
Deslumbrados pelas descobertas do holograma, que sempre repete em qualquer das suas partes o conjunto geral, pensam utilizar do mesmo mecanismo para a criação de seres mediante reprodução assexuada, iniciando o processo através de células que sejam retiradas de outrem, enxertadas eletricamente pelo núcleo de um óvulo não fecundado e transplantadas para organizações vivas que lhes permitam o desenvolvimento.
Experiências supostas exitosas teriam sido realizadas em laboratório com a duplicação de zigotos, e que foram proibidas de ser levadas adiante, qual ocorreu com ovelhas que, no início se tornaram verdadeiras aberrações, até o êxito com Dolly, bem assim com símios...
Mediante esse recurso, seria possível, conforme concluem, reproduzir exércitos insensíveis à dor - porque sem alma -; corpos que ficariam armazenados em depósitos especiais para ser utilizados quando se faça necessário trocar peças orgânicas com aqueles que as tenham gastas pelo fenômeno natural do uso ou do abuso; intelectuais programados exclusivamente para equacionar os muitos complexos e enigmáticos problemas intrincados do Cosmo e da vida; eliminar membros dispensáveis para a funcionalidade existencial, etc, partindose sempre de modelos adrede selecionados.
Outrossim, mediante o sêmen de gênios portadores de elevadíssimos coeficientes intelectuais, seriam reproduzidos artistas, cientistas, filósofos, missionários da abnegação; ou de psicopatas compulsivos para a criminalidade seriam extraídos os espermas que se reproduziriam em equivalentes indivíduos programados para a guerra, transformando, esses cientistas, as suas aspirações em pesadelos imprevisíveis, em face das possibilidades de serem elaborados monstros orgânicos, porém jamais portadores de discernimento, de sentimento, de vida mental, escravos de automatismos que não se tornariam realidade, porque impossibilitados de completarem o ciclo de vida.
O desconhecimento casual ou proposital do Espírito, por esses investigadores, e o seu alto índice de presunção intelectual fazem que, desatentos às causalidades divinas, se arvorem em criadores de outros homens que deixariam de acompanhar o processo da Natureza, exclusivamente direcionados pelas suas paixões, na busca de gozos incessantes, fugindo, de toda forma, ao inevitável fenômeno igualmente biológico da morte, do qual ninguém se poderá evadir, por mais demorada a estância no corpo carnal, frágil, em si mesmo, pela própria constituição dos fluidos terrestres, em que se apoia e de que se constitui.
A clonação do ser humano perde a possibilidade de tornar-se realidade, em razão de a vida não se repetir no campo da inteligência sem o seu agente pensante, encarregado de definir os rumos do progresso, partindo da destinação que lhe está reservada pela vida que o apresenta simples e ignorante, para ir-se equipando de valores, à medida que se reencarna e desdobra o incomparável potencial nele jacente que aguarda oportunidade.
São respeitáveis e dignas de empenho as investigações do conhecimento científico que visam ao engrandecimento do ser humano e da vida em si mesma, em todas as suas apresentações no planeta terrestre como fora dele. Cabe, porém, ao cientista, curvar-se ante a grandeza do Cosmo e interrogar-se até onde têm lugar os direitos que se atribui, especialmente no que diz respeito ao que pretende corrigir no conjunto ou em parte, a Lei natural.
São incontestáveis os logros da Medicina, melhorando a vida física e mental do homem, prolongando-lhe a existência no corpo, que se vem tornando mais resistente às invasões microbianas, bacteriológicas e viróticas; corrigindo, isto sim, algumas anomalias graças à contribuição dos hormônios e das intervenções cirúrgicas; amenizando a dor que deixa de apresentar-se asselvajada, tornando-a mais compatível com as forças morais dos seres; o entendimento dos problemas e conflitos comportamentais; a insanidade mental através de métodos mais humanos e condicentes com o seu estágio de dignidade.
O mesmo ocorre com outras doutrinas científicas que têm modificado a face do planeta, transformando pântanos em jardins, desertos em granjas produtoras de alimentos, ligando abismos, e enriquecendo-o de luz, facilidade de comunicação, de velocidade, de conforto e de esperança que se direcionam em benefício dos indivíduos que se encontram em crescimento por meio da reencarnação.
Hão custado muitos sacrifícios todos esses empenhos e conquistas que, no entanto, alguns títeres do progresso, diversos administradores arbitrários de várias nações, porque ainda estejam estagiando nas fases primárias do seu desenvolvimento moral, têm convertido em instrumento para concretizar suas mórbidas paixões, particularmente quando lutando pela vã conquista de raças que se supõem superiores, de povos dominadores que fomentam guerras e escravidão dos outros, utilizando-se dos incomparáveis sucessos que promovem o progresso, mas que, em suas mãos se transformam em instrumentos para a hediondez e o crime.
As ameaças periódicas de utilização de armas bacteriológicas e de gases letais pairam terrivelmente sobre a sociedade terrestre, ao lado de equipamentos nucleares estocados com capacidade de destruição do planeta várias vezes, reduzindo-o a poeira estelar, em razão de ainda não haver sido possível estabelecer-se uma ética compatível com o momento dos triunfos de laboratório, e que seja capaz de coibir os abusos, de limitar as experiências hediondas quando utilizando de animais e de seres humanos, por cujos meios são perseguidos os interesses subalternos e malsãos.
Mesmo que essa ética seja estabelecida, surge o grande problema de como fazê-la ser respeitada, considerando-se que os sicários da humanidade jamais se submeteram a qualquer controle de outros países, ou mesmo no presente, dos Organismos 1nternacionais, tanto quanto dos seus tratados de paz firmados entre sorrisos e abraços e poucas vezes tidos em conta...
Esse despautério enlouquece muitos apaixonados pela genética, estimulando-os a que deem curso às suas ambições doentias, programando uma futura sociedade de clones, de espécimes saudáveis na estrutura, no entanto, sem moral, sem vida emocional, trabalhados para o prazer, como se fosse esse o único móvel da existência planetária sem o significado psicológico do ser.
Muito recentemente o nazismo trabalhou pela eliminação dos deficientes na sua raça e destruiu outras, perseguindo a ambição desvairada de dominação total do planeta, sem haver pensado na morte dos seus aficionados que, não obstante, os arrebatou a todos que trabalharam pelo sonho de um dia, ficando a lição severa de que a loucura, por mais duradoura, termina sempre ceifando a vida daquele mesmo que lhe concede espaço para vicejar.
Chegará o momento, e o aguardamos em breve, em que os governos da Terra estabelecerão limites para as experiências macabras e as investigações atentatórias à vida, criando uma bioética para a genética, assim como para as ciências em geral, construindo uma filosofia existencial de respeito à Natureza e aos seres que a habitam, prelúdio, que será, de uma Nova Era de amor e de paz para todos, anunciada por Jesus desde os dias do Seu ministério entre as criaturas da Terra.