Diretrizes Para o Êxito

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CAPÍTULO 21

ADVERSÁRIOS PERIGOSOS

Existem, sim, em número expressivo, interessados em perturbar a marcha das criaturas humanas.

Nenhuma dúvida sobre esta questão.

Pululam, ao lado dos homens e das mulheres, como nuvem que os acompanha, conforme observou o apóstolo Paulo.

Atraídos pelas imperfeições humanas, imantam-se àqueles com os quais sintonizam, realizando um terrível comércio espiritual.

Tenazes e perigosos, espreitam, na situação em que se encontram, as suas futuras vítimas, e logo dispõem de possibilidade cercam-nas, envolvendo-as em pensamentos perturbadores com tal insistência que as desarmonizam.

Outras vezes, sitiam-lhes as emoções, descarregando energias deletérias que terminam por descontrolar os centros do equilíbrio, levando-as a transtornos depressivos, do pânico, obsessivoscompulsivos.

Invadem o campo da vontade daqueles que se permitem sofrer-lhes o assédio, empurrando-os para situações calamitosas, nas quais se comprazem.

Em incontáveis ocasiões atiram pessoas imprevidentes, umas contra as outras, gerando situações embaraçosas, causando graves distúrbios no comportamento, nos relacionamentos sociais.

São hábeis na produção da cizânia, nutrindo-se da maledicência em que os frívolos se demoram, aplicando o tempo que poderia ser útil em sistemática difamação do seu próximo.

Perversos, não respeitam os valores éticos nem morais, preferindo, naturalmente, as pessoas que se encontram no claro-escuro da distonia psicológica, que mais lhes facilita a identificação.

Produzem enfermidades simuladas que desorientam aqueles que as padecem.

Utilizando-se do conhecimento das Leis dos Fluidos, conseguem produzir desconforto e insatisfação em todas as pessoas de quem se acercam, intoxicando-as psíquica e fisicamente.

Alguns existem que se especializam no mecanismo da perseguição, encarregando-se de orientar outros menos hábeis, que são convocados para as suas fileiras.

Isoladamente, por inveja, malquerença, desocupação ou desdita pessoal, tornam-se verdadeiros flagelos para a Humanidade e, com a sua insistência calamitosa, desviam do rumo aqueles contra quem investem com fúria continuada.

Em grupo, tornam-se mais perigosos, porque logram assenhorear-se de comunidades inteiras, que submetem a obsessões coletivas em forma epidêmica.

Estamo-nos referindo aos Espíritos desencarnados que perderam o endereço de Deus e se entregaram a volúpia da própria alucinação.

É indispensável ter-se muito cuidado com eles.

Esses Espíritos, em razão da inferioridade em que se encontram, imiscuem-se em todos os cometimentos humanos, dominados pela perversidade ou simplesmente pela falta do que fazer, mediante loucas tentativas de desforço contra a sociedade, para a qual transferem a responsabilidade pelo fracasso das suas infelizes existências terrenas.

Inescrupulosos, gostariam de manter um estado de terror ou de infelicidade entre as demais criaturas que tentam avançar no rumo do progresso, na busca da felicidade.

Orgulhosos e odientos, atribuem-se força e poder que realmente não possuem, sendo os seus logros mais devidos a leviandade daqueles com os quais convivem mentalmente do que propriamente a sua capacidade de agir.

Odeiam, com especial ressentimento, todos quantos trabalham pelo bem, pelo progresso da sociedade, insurgindo-se contra as suas lides e dificultando-lhes a marcha do dever abraçado retamente.

Especialmente, em relação aos espiritistas, que os conhecem, que os desmascaram, por estarem lúcidos em torno do mundo espiritual e dos seus habitantes, mantêm acentuado rancor, perseguindo-os com inclemência, em tentativas de eliminar-lhes as realizações, de confundi-los, a fim de demonstrar que tudo se encontra no caos...

Conseguem, dessa forma, gerar a desconfiança, produzir o medo, disseminar o desalento, empurrando para o pessimismo.

Não lhes dês tréguas nem lhes permitas identificação de propósitos, quando no serviço dos ideais que esposas.

Quando sentires desalento, experimentando desconfiança em relação ao teu próximo, insegurança na realização a que te afeiçoas, mal-estar no serviço do bem, tem cuidado, porquanto esses são sinais de alarme que prenunciam situação porvindoura grave.

Reveste-te de paciência e renova-te na prece, por cujo intermédio haurirás nas Fontes Generosas da Vida as forças indispensáveis para prosseguir com entusiasmo.

O bem que fazes, somente poderá proporcionar-te alegria e entusiasmo.

Caso ocorra o contrário, algo de equivocado está a desenvolver-se.

Medita, e descobrirás de onde vêm as ondas de aborrecimento ou as insinuantes ideias de abandono do trabalho.

Dedicas-te a realização enobrecedora, porque ela te enriquece de vida e te produz empatia especial.

Portanto, nenhuma razão existe para que ocorram sensações contrárias, senão quando irrompam interferências espirituais maléficas.

Unge-te sempre de amor e de compaixão, de caridade e de perseverança, graças a cujas vibrações as energias do mal não poderão romper-te as defesas, gerando dificuldades ou interrompendo o teu idealismo.

Não são poucos os que desistem, quando defrontados pela má-fé de amigos, pela contínua descarga de pessimismo e de acusações ingratas dos companheiros, pela incessante competição desonesta de quantos deveriam avançar ao lado, preferindo o enfrentamento e utilizando-se, para tanto, da mentira, da calúnia, de acusações injustificáveis.

Trata-se de um bem-elaborado programa das forças do mal, personificadas em Entidades que as constituem.

Algumas fazem parte do teu passado espiritual, são o resultado das tuas ações também nefastas, inimizades que geraste e deves recuperar, tornando-as afeições nem sempre exitosas imediatamente.

A maioria, porém, é constituída por adversários do bem.

Insensatos, grosseiros e presunçosos, tentaram enfrentar Jesus mais de uma vez.

Numa sinagoga, num sábado, um deles tomou de um obsesso e gritou: Jesus de Nazaré, eu sei quem és.

Foi imediatamente rechaçado pelo Mestre que o conhecia, quando lhe impôs: Cala-te, pois que ainda não é chegado o meu momento.

Utilizaram-se de fariseus, saduceus, sacerdotes relapsos que com eles sintonizavam, a fim de tentar gerar dificuldades para o Senhor.

Certa feita, audaciosamente, atreveram-se mesmo a tentá-lO, sendo sempre vencidos.

Por fim, no dia do julgamento arbitrário e da crucificação, porque encontraram campo mental favorável, ampliaram a tragédia do Gólgota, antes aturdindo Judas, que traiu Jesus, Pedro, que O negou, tornando-se, sem dar-se conta, motivo de maior glória para o Ressuscitado, sem cuja morte não haveria a demonstração da sublime imortalidade.



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