Jesus e Vida

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CAPÍTULO 16

Duelos contemporâneos

O duelo sempre constituiu um terrível estado de barbárie que a sociedade cultivava com orgulho.

A aparente coragem do enfrentamento, em que o indivíduo arriscava a própria vida, significava alto índice de arrogância e exibicionismo social, de modo a assinalar a existência com uma honra externa, distante de qualquer sentido ético-moral legítimo.

O duelista, em face da sua posição social e da habilidade em manusear as armas agressivas, tornava-se um homicida implacável, amparado, no entanto, nos códigos legais da época. Aquele que, sem os mesmos recursos, aceitava o desafio, embora sabendo que iria morrer ou ficar em lamentável estado de saúde, caso sobrevivesse, transformava-se em um suicida, quando fosse fatal o lance, olvidando o dever de respeito pela vida.

Incidentes de pequena monta eram transformados em questão de honra, culminando no odiento crime do duelo.


1 (Mensagem psicofônica recebida na noite de 04 de outubro de 2006, na reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)

Batiam-se os litigantes ante testemunhas, padrinhos e juízes que conferiam legalidade ao ato hediondo, por cuja ação lavava-se a dignidade ultrajada, nunca se pensando na vida em si mesma, nas consequências advindas com a orfandade das crianças, a viuvez, o infortúnio dos afetos que permaneciam na retaguarda carnal...

O comportamento agressivo, vicioso, as atitudes negligentes e degradantes não exigiam reparação, como o alcoolismo, o tabagismo, o sexo desregrado, o jogo de azar, as festas extravagantes e lúbricas. Eram aceitas como naturais, merecendo a complacência de todos e o sorriso conivente das autoridades. No entanto, o orgulho desenfreado, os conflitos internos, a sensibilidade exacerbada, diante de algumas ocorrências de significado irrelevante, deveriam ter o seu desfecho mediante o atro homicídio.

Preservava-se o indivíduo vitorioso como um herói, um homem de coragem, destemido.

O conceito de coragem é muito relativo, nesse caso, porquanto a verdadeira coragem seria a preservação da dignidade pessoal através da conduta irreprochável, que desmentiria qualquer tipo de acusação.

Comparando-se o duelista frio e insensível ao criminoso que, num momento de loucura vítima outrem, a sua é uma atitude muito mais passível de penalidade, porquanto houve cálculo e premeditação, treinamento e intenção consciente, considerando-se que o outro foi vítima da impetuosidade, do momento infeliz a que se entregou, tombando na armadilha perversa da violência.

A criatura humana é sempre herdeira das suas más inclinações, que remontam ao passado espiritual, tombando nas ciladas que delas decorrem. Incluem-se, neste capítulo, o personalismo, a soberba e a prepotência, o orgulho, o egoísmo, o ódio, o ressentimento, que se transformam em pesada carga moral no processo da evolução.

Trabalhar-se pela superação e substituição desses sentimentos cruéis, é dever de todo aquele que empreende a tarefa da renovação pessoal com vistas ao próprio futuro ditoso.

Felizmente, com o desenvolvimento cultural e social da humanidade, o duelo, conforme os padrões tradicionais, foi desaparecendo e hoje encontra-se ultrapassado, deixando a marca do primitivismo humano em forma de selvageria na consciência coletiva.


* * *

Nada obstante, porque permaneçam no cerne do ser as tendências agressivas, outros tipos de duelos substituíram aquele de natureza nefanda, entretanto, não menos destrutivos, apesar de ocultos e silenciosos.

No convívio do lar, no ambiente de trabalho, no grupo social, os indivíduos melindram-se com grande facilidade, introjetando os ressentimentos que passam a cultivar com verdadeira ufania, estabelecendo áreas de animosidade e ódio, que um dia se expressam de maneira violenta ou traiçoeira em espetaculares mecanismos de vingança em relação a quem lhes haja criado embaraços.

Incapazes de ter a coragem de buscar aquele que supõem seu antagonista e procurar esclarecimento, refugiam-se nos sentimentos perversos, urdindo desforços que lhes compensem as amarguras, como se o sofrimento de outrem pudesse atenuar as dores morais que experimentam.

Noutras ocasiões, quando a ausência de afinidade é recíproca, duelam mentalmente os opositores, permitindo-se a elaboração de planos covardes de prejuízo, um contra o outro, envenenando-se com as emanações deletérias das mentes enfermas.

Cruzam os espaços, sem cessar, vibrações de ódio e desejos de infelicidade como não se imagina, produzindo uma psicosfera morbífica que a todos prejudica.

Os indivíduos arrogantes, embora fracos, não podendo desforçar-se daqueles que supõem seus inimigos, descarregam sucessivas ondas de malquerença que, não raro, afetam os descuidados, gerando processos perturbadores nas suas existências.

Esses duelos mentais, às vezes, explodem em discussões ilógicas, nas quais a agressividade abre portas à violência que se responsabiliza por crimes infames, tudo como decorrência da inferioridade moral dos litigantes.

Noutras vezes, a mesquinhez daquele que se considera vítima espalha rumores ofensivos e calúnias insanas em referência ao outro, que passa a ter a vida esmiuçada e desrespeitada pelos frívolos que compartem desse banquete de insensatez, tornando-se detestado sem mesmo saber o porquê.

Multiplicam-se os casos de inimizades defluentes de informações injustas, quando as pessoas, que antes se tratavam com urbanidade, passam a suspeitar umas das outras, afastando-se em silêncio cru, deixando-se influenciar por suspeitas sem sentido e pelos famigerados açoites da mentira.

Falta muita coragem moral nos relacionamentos, que se deveriam pautar pela lealdade, pela confiança, nunca permitindo imiscuir-se o separatismo decorrente das ofensas reais ou imaginárias.

Um sincero encontro de esclarecimentos possui o milagroso poder de desbaratar as armadilhas da mentira e da covardia, acentuando o lastro de respeito que deve existir em todas as amizades.

Entretanto, são o orgulho ferido, a presunção não aceita, que se encarregam de promover esses fenômenos perturbadores, tornando a existência humana assinalada pela incompreensão, pelos conflitos geradores de dissensão e de ódios que se prolongam, transformando-se em enfermidades da alma.

Sê honesto contigo mesmo, procurando, sempre que possível, evitar suspeitas, aceitar insinuações maldosas, acolher informações infelizes sobre ausentes, participar dos grupos de acusadores...

Se alguém age mal em relação a ti, continua contribuindo em favor da sua paz, e lograrás anular a sua ação doentia.

Harmoniza-te, confia nos amigos e desculpa os inimigos, não duelando mental ou fisicamente com ninguém.


* * *

Quando se busca a saúde, deve-se ter em pauta o comportamento mental, emocional e social. Através de pensamentos edificantes e criativos, de sentimentos generosos e enriquecedores, de convívio dignificante e respeitável, pode-se estabelecer um excelente programa de bem-estar, mesmo que haja ocorrências de enfermidades que fazem parte do esquema da existência humana.

A condição carnal faculta os fenômenos degenerativos, as invasões microbianas destrutivas, a instalação de transtornos de comportamento, distúrbios de vária ordem. No entanto, quando o indivíduo trabalha por preservar o equilíbrio mental, a harmonia emocional e o ajustamento social, logra superar os inconvenientes orgânicos e vence-os, adquirindo o desejável estado de paz.

Duelar, portanto, seja qual for o motivo, nunca!

Sempre o amor O único ser animal capaz de amar é o humano.

Dotado de inteligência e de consciência, o amor élhe sublime herança que jaz em seu íntimo, aguardando o momento de exteriorizar-se em plenitude.

Inicia-se em forma egóica, quando se volta exclusivamente para si mesmo, com olvido emocional dos outros.

Lentamente, porém, as necessidades de relacionamento e os impulsos gregários estimulam os centros adormecidos da afetividade e começa a desabrochar, ensejando as manifestações apaixonadas, em face do estágio em que o espírito ainda transita, para logo passar aos sentimentos de fraternidade, de compaixão, de ternura, alcançando o seu nobre patamar.

Em razão do largo trânsito nas faixas primárias, por onde se demorou, só, a pouco e pouco, liberta-se dos atavismos animais, da predominância da força bruta e do desejo de supremacia em relação ao seu próximo.

Como todos se encontram fadados ao Bem, é inevitável que o amor se lhes transforme na mais bela didática para esse cometimento.

Ainda incompreendido, permanece, na atualidade, confundido com erotismo e interesses mesquinhos, avançando para a conquista de um diferente entendimento em torno das funções da existência terrestre e da vida em si mesma.

Cantado e exposto com exaltação, o seu sentido profundo nem sempre é captado por aqueles que o exaltam, mais estimulados pelos apetites da libido, do que mesmo atraídos pelas suas dúlcidas expressões.

O amor, entretanto, é a mais eficiente lição para o auto-encontro, para a auto-realização, para a construção da sociedade mais feliz e mais pacífica.

Muitos conflitos que aturdem os indivíduos, dando lugar a lutas fratricidas, a competições desastrosas, a nacionalismos exagerados, que derrapam em atos de perverso terrorismo, são atribuídos ao amor, porém, na sua feição doentia e sangrenta, quando na condição de comportamento bárbaro procedente de épocas muito recuadas...

O amor sempre compreende, mantendo um sentimento de paciência e de compaixão que faculta equacionar todas as dificuldades que surgem pelo caminho da sua manifestação.

Quando isso não ocorre, em realidade, ele está ausente, apresentando-se substitutos que se disfarçam com as suas características, sem conseguirem ocultar a sua realidade.

O amor promana de Deus que é a Fonte Inexaurível, portanto, expressa-se sempre com bondade e misericórdia, gentileza e auxílio, até culminar na expressão máxima da caridade.

Os arremedos precipitados, em seu nome, podem ser considerados como tentativas não exitosas de vivenciá-lo, faltando a indispensável maturidade emocional para senti-lo.

O amor é como uma chama harmoniosa que ilumina em derredor, no entanto, para manter-se pleno necessita do combustível do entendimento humano.

Por ser íntimo e pessoal, a sua mensagem de luz não dá lugar a sombras, já que se expande em todos os sentidos, a tudo e a todos envolvendo.


* * *

A pretexto algum recuses o amor.

Não permaneças cerrado à sua voz.

Abre-te à sua mensagem, tornando-te dúctil ao seu conteúdo.

Evita considerar-te destituído de valores que possam despertar o sentimento do amor.

Para tanto, passa a amar.

Não tenhas pressa em colher os frutos da sementeira da tua doação afetiva, eliminando os interesses imediatistas e servis que tipificam essa fase de busca e de oferta.

Sê simples e compreensivo.

Considera que sempre há tempo para plantar e tempo para colher.

Desse modo, não aneles por uma colheita antes da ensementação.

Desfaze-te do pessimismo e da amargura, da inveja e do ressentimento em relação às demais pessoas.

Nada é como parece. Aqueles que se te apresentam risonhos, ditosos e plenos, muitas vezes encontram-se experiênciando testemunhos difíceis, aflições não reveladas, necessidades várias...

Não são dissimuladores, somente estão tentando não deixar que os problemas angustiantes deles retirem a oportunidade de crescimento e de libertação das suas garras.

São lutadores a caminho do êxito, são nautas corajosos atravessando mares de pelagos violentos.

Assim sendo, não te permitas queixas e censuras, porque não te sintas amado ou porque tenhas dificuldades em amar com abnegação.

O amor verdadeiro não é possessivo, não pretende tomar nada nem submeter a ninguém.

É como um rio generoso que flui suas águas na direção do mar que, mesmo distante, constitui-lhe a meta a alcançar, não importando quando isso venha a acontecer.

Na tradição indiana, desde priscas eras, canta-se a frase: Leva-me à outra margem...

Assim apelam vendedores, condutores, cancioneiros, pastores...

A outra margem da vida é a imortalidade, a continuidade do existir, que as experiências conduzem de um para outro lado vibratório do processo evolutivo.

O amor é o missionário que sempre se encarrega de levar aqueles que se deixam transportar pela sua canção.

A mensagem de que é portador não se encontra no mercado ou em farmácias especializadas. Está no imo do coração, bastando, somente, que a pessoa a busque silenciosamente e a exteriorize.

De sublime constituição, mais beneficia aquele que o oferta, que propriamente aquele que o recebe.

É qual perfume que permanece nas mãos que o brindam, como sucede com todo aquele que doa rosas.

Faze-te amante do amor e verificarás o rumo ditoso que tomará a tua existência.

O amor é tão fundamental que se pode sobreviver por um expressivo período sem pão e mesmo sem água, mas sem ele a vida desfalece e perde o seu significado, logo perecendo.


* * *

Quando Jesus tomou como base da Sua mensagem o amor, o mundo renovou-se de um para outro momento, diferente esperança tomou conta das multidões, novos horizontes foram traçados para a humanidade...

Embora ainda não esteja sendo vivenciado, é como um sol que aquece as vidas enregeladas nos descaminhos das paixões e dos sofrimentos, oferecendo certeza de amparo e de bênçãos.

Portanto, em qualquer situação existencial, o amor é sempre de fundamental importância.

Banquete de luz As facilidades hodiernas em relação ao comportamento fascinam-te, propiciando-te oportunidades para o gozo irresponsável, distante dos deveres da auto-iluminação, da paz.

Buscas fruir experiências encantadoras, juntandote aos grupos apressados e frívolos, que desfilam nos blocos da ilusão, como se o sentido da vida física permanecesse adstrito à volúpia das sensações fortes.

Gostarias que o tempo não passasse nessas horas de prazeres, que se poderiam eternizar, olvidando-te de outros compromissos em relação à vida, no período referente à vilegiatura carnal.

Convives com aqueles que fazem da diversão o objetivo existencial como se o corpo físico não experimentasse transformações e deficiências que culminam no processo inevitável da morte.

Invejas os triunfadores que lideram as massas, e lamentas não estar no lugar deles, encantadores e sorridentes.

Sofres, quando algum impedimento surge no caminho, criando embaraços aos teus planos de alegrias contínuas, como se não houvesse medidas para as satisfações, que deveriam ser intérminas.

O corpo é uma organização celular regida pelo espírito, que dele se deve utilizar para finalidades mais nobres em projetos de imortalidade.

Sem dúvida, os investimentos aplicados para a conquista do prazer merecem respeito, não, porém, como a meta essencial da existência, mas como efeito dos elevados atos morais.

Na transitoriedade da reencarnação, as conquistas realmente significativas são aquelas que prosseguem com o ser, e não aqueloutras que logo cessam, assim que se fazem amealhadas.

O espírito é um viajante que busca o porto da perfeição, utilizando-se dos veículos orgânicos em diferentes etapas, melhorando-se, cada vez mais, de modo que a felicidade real se lhe vai fixando até o momento da plenitude.

Tudo quanto já gozaste são recordações que te impelem a novos anseios pelo repetir.

Assim são as vacuidades mundanas.

Não te iludas.

Reflexiona calmamente em torno da oportunidade atual, utilizando-a de maneira sábia, psicologicamente madura.

Nada impede que vivas conforme os hodiernos padrões de comportamento, porém com o discernimento de os utilizares de maneira proveitosa, ao invés de viveres atormentado por eles... 2 Com profunda percepção da psicologia humana, Jesus propôs aos Seus discípulos que, ao oferecerem um banquete, não convidassem os poderosos, os ricos, aqueles que poderiam retribuir-lhes o gesto.

Antes, dessem preferência aos pobres, aos mendigos, aos infelizes, que não dispõem de recursos para os agradecer.

Os primeiros estão acostumados às lautas refeições, ao desperdício, nada mais sendo necessário acrescentar-lhes, pois que não precisam, possuindo mais do que podem utilizar.

Os segundos vivem na carência, em permanente necessidade, desconhecendo o conforto e o fastígio, a alimentação saudável e os sorrisos de felicidade.

Por isso, torna-se urgente atendê-los, de forma que ainda se possam dignificar, saindo da miséria que os aflige para os momentos de renovação física e moral indispensáveis a uma existência honrada.

O relato feito por Lucas, no capítulo XIV, versículos 12:15 do seu evangelho (Lc 14:12-15), é muito significativo, porque propõe diferente conduta ao convencional da sociedade, que sempre destaca os dominadores com olvido das suas vítimas, os endinheirados com indiferença pelos excluídos...

Sempre se proporcionam alegrias e satisfações àqueles que não as necessitam, na maioria das vezes encontrando-se saturados pelos excessos, sofrendo o tédio que decorre da abundância, da contínua repetição dos mesmos gozos...

Essa permuta interesseira de gentilezas demonstra o estágio egoístico em que se demoram as criaturas, distanciadas dos relevantes ideais da solidariedade, do amor fraternal, da bondade.

Quando se adquire o conhecimento da sobrevivência do espírito à disjunção molecular da carne, altera-se a visão da realidade que adquire significado profundo, libertador.

Desenvolve-se-lhe, naturalmente, a compreensão em torno dos valores éticos e morais, selecionando aqueles que propiciam paz em relação aos outros que são como fogos-fátuos...

Na referida parábola do Mestre, dando-se conta do seu conteúdo especial, alguém exclamou: - Feliz aquele que se alimenta do pão do Reino dos Céus.

Com que propriedade foi compreendida a lição, porque todo e qualquer alimento logo é consumido e cede lugar a novas necessidades para a máquina fisiológica poder prosseguir funcionando. No entanto, o pão transcendental alimenta para todo o sempre.

A busca desse alimento espiritual de sabor eterno deve constituir o teu objetivo, empenhando-te de corpo e alma por consegui-lo.

Os jantares do prazer entre comparsas do mesmo interesse, quase sempre transformam-se com o tempo em encontros tediosos, nos quais se disputam coisasnenhumas da vaidade.

Porque perdem a motivação e o estímulo, somente no exibicionismo encontram sua justificação, de modo a atenderem a vaidade e a presunção.

Por isso, deixam ressaibos de amargura e de frustração.


* * *

Aplica-te na aquisição dos tesouros morais iluminativos e esparze-os por onde andes.

Há fome de ternura, neste mundo rico de indiferença.

Mendigos de amor, pobres de paz, necessitados de afeto aguardam o convite para a fraternidade.

Promove um banquete de luz e convida esses teus irmãos em humanidade, que aguardam compaixão e caridade, a fim de se libertarem da escassez e do sofrimento a que se encontram relegados.

Ao realizá-lo, serás surpreendido pela presença de Jesus, que virá ajudar-te na especial realização, oferecendo o pão do Reino dos Céus.




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