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CAPÍTULO 19

PERSEVERATU

Ante a deserção de pessoas sinceras e devotadas aos compromissos superiores assumidos, sentes um certo desencanto que te toma, de alguma forma amarfanhando os teus sentimentos.

Em razão da inobservância aos ensinamentos cristãos em quaisquer igrejas de fé, experimentas mal-estar e temes ser contaminado pela vulgaridade dominante nestes dias.

Porque muitos trabalhadores do bem postergama renovação moral que deve caracterizar o servidor sincero do Cristianismo, és visitado pelo desânimo que te ameaça consumir.

Em face da falência moral de indivíduos líderes da comunidade, chegas a acreditar que não vale a pena o culto da retidão, da honradez, porque os desonestos e viciosos prosperam em detrimento daqueles que cumprem com o dever.

Assusta-te a onda de alucinação e descalabros espirituais que predomina no conjunto social, e receias ser arrebatado pelo desequilíbrio que se faz natural, enquanto cultivas os valores éticos.

Não poucas vezes examinas os esforços que empenhas para manter a saudável conduta, enquanto se generalizam a corrupção e o abuso dos valores éticos, se não estás perdendo o tempo com o devotamento ao bem.

Mantém-te, porém, digno.

Persevera tu!

A força do mal e o alastrar-se dos prazeres inferiores jamais se tornarão uma situação normal e aplaudida, tendo apenas um período de expansão, para ceder lugar à ordem e à dignidade que são estados naturais da evolução.

O mal é transitório, mesmo quando se apresente com as vantagens aparentes que iludem. Todo aquele que nele mergulha sabe que está nadando contra a correnteza e que não alcançará a meta da felicidade pretendida, porque o mal não pode fazer o bem, por mais o tente.

Há uma ética de equilíbrio que tem sobrevivido aos vários períodos de evolução da sociedade, e não serão as extravagâncias e escândalos que neles surgem que alterarão a trajetória para a plenitude.


* * *

Interroga os gozadores, dominados pela ebriez das paixões consumistas, se eles estão felizes, e te responderão que se encontram cansados, mas não ditosos quanto anelavam.

Indaga aos indivíduos de comportamento exótico, que chamam a atenção pelas excentricidades, se estão plenos, e eles te dirão que se sentem vazios, aturdidos, magoados, de mal consigo próprios e com o mundo que dizem não os compreender no desencanto em que estertoram.

Observa aqueles que se encontram nas listas de sucesso, questiona como é sua vida íntima, e te responderão que é solitária, amargurada, afogando nos alcoólicos e nas drogas alucinógenas o seu desencanto.

Verifica, no entanto, a conduta daquele que é sadio moralmente e trabalhador que sofre carência, como se comporta, e te dirá que está dentro dos parâmetros da consciência reta, e, embora os desafios que experimenta, sente-se em harmonia íntima.

Medita em torno de Francisco de Assis - que superou a ilusão do poder e do ter, submetendo-se a sacrifícios e humilhações —, como ele se sentia, e ele responderá que vivia com tanto júbilo que as pessoas o chamavam 1rmão Alegria, pelos sorrisos e canções que estavam sempre nos seus lábios.


Confere a vida de Teresa de Ahumada

—mais tarde, de Ávila, na Espanha gloriosa do século XVI, época de Cervantes e dos mais belos artistas da Europa, período das conquistas americanas do centro e do sul e sua colonização, especialmente do Peru, das glórias da nobreza, do ouro e das joias -, se foi ruim abandonar tudo para servir a Deus, e ela explicará que encontrou tudo quanto lhe faltava, em especial a glória da imortalidade sublime.

Faze o mesmo!

Renuncia com alegria aos encantos juvenis, adultos e da velhice e suas concessões de um dia para a conquista da excelsa felicidade estelar, da plenitude sem jaça, mesmo ainda na trajetória terrena.

Permanece na ação do bem, harmonizando-te sem os conflitos do prazer que se frui, mantendo-se ansioso pela sua repetição.

O que percas transforma-se em conquista imperecível, porque nunca te fará falta realmente.

A existência física é feita de perguntas e ansiedades.

Toda conquista tem um preço.

Reflexiona em torno dos que desfrutam até a exaustão, como se apresentam na sucessão do tempo.

Alguns parecem fantasmas, outros vegetam, mais outros gastam tudo que acumularam, a fim de poder fruir um pouco de bem-estar, que te é natural e sem sacrifício.

Persevera, pois, nos teus nobres objetivos.

Dias haverá mais sombrios, no entanto, não somente acontecerá contigo. Todos são obrigados a atravessar noites de preocupações e de tempestades, de insônias e inquietações.

Bem-aventurados, porém, aqueles que as enfrentam em paz de consciência.

Não te arrependas da tua escolha, mesmo que em alguns dias sintas imensas saudades do passado próximo.

Essas sempre existirão em qualquer comportamento que elejas.


* * *

Durante a Sua jornada terrestre, muitos se acercaram de Jesus e desejaram segui-lO. No entanto, as peias do mundo que os retinham impediram-nos e eles permaneceram na ilusão.

Aqueles que as romperam e permitiram acompanhá-lO hoje desfrutam do paraíso, e os demais ainda se encontram atados às mesmas aflições, com sede e fome d’Ele.

Tudo quanto faças e a que renuncies tornar-se-ão condecorações de luz na tua consciência.

Persevera tu e nunca te arrependerás.




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