Lampadário Espírita
Versão para cópiaCom alegria
"Vai trabalhar hoje na minha vinha. " MATEUS
— "Enquanto são moças tuas carnes, goza. Frui as delícias da juventude e aproveita.
Amanhã possívelmente será tarde demais. "
— "Tantas dádivas a vida moderna proporciona que é uma lástima desperdiçá-las. Se Deus nos concede o ensejo do prazer, porque rejeitá-lo?"
— "Antes que chegue a amargura, reúne para o futuro evocações através do que possas desfrutar agora. Nem sempre será claro o teu sol... "
— "A velhice não é quadra de espera da morte: é, também, oportunidade de experimentar divertimentos próprios: passeios, espairecimentos, reuniões sociais com jogos elegantes. Afinal, para que viver?"
— "Vivamos conforme a época. Isto, sim! Viver por viver não é razão para viver. A inteligência deve funcionar a serviço da vida agradável" — asseveram com frequência os novos condutores do pensamento, padronizando emoções e ansiedades em limites imediatistas e escravizantes.
A nova ética parece fundamentada nos jogos irrequietos da carne transitória e putrescível, como se a vida fosse apenas o reflexo de paixões primitivas a explodirem no complexo da personalidade humana.
* "Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha" — narrou Jesus.
O apelo gentil do Cristo se reveste de significativa nobreza.
Há os que trabalham para o hoje terreno e se afadigam, acumulando bens que ficam e se gastam; muitos laboram para si mesmos e estiolam as mais expressivas qualidades do sentimento; diversos produzem para a loucura da inteligência que se perverte; multidões se engalfinham na luta inglória da ação que conduz à morte...
O chamamento do Senhor é apelo para a Vida.
A vinha é o coração imenso da Humanidade.
Sulcar com o arado do amor a vasta gleba das necessidades espirituais para depositar sementes de luz e esperança, cultivando as próprias aspirações de elevação redentora — eis o que representa o convite.
Abandonar a horizontalidade das viciações em que se esboroam os objetivos da existência pela verticalidade ascensional da libertação de sombras e dores, mágoas e inquietações — eis a tarefa.
A experiência no domicílio carnal é valioso estágio da vida imperecível.
Ninguém aporta na Terra por impositivo caprichoso do acaso. Por isso mesmo a experiência física se reveste de máxima significação.
Cada empecilho pela frente representa teste de valor para a tua resistência.
Toda luta vale como forja para fixar valores morais nos painéis do espírito.
Não desperdices tempo nem ocasião de produzir na vinha da existência planetária; cultiva simpatia e cordialidade a favor de ti mesmo.
O trabalho com Jesus te renovará o ânimo e vitalizará as tuas forças, favorecendo-te com alegria de difícil tradução.
Alegria! Contentamento feliz.
Se já te encontras na vinha, após atender ao honroso chamamento com que foste enobrecido, não te detenhas mais ante as loucas facécias com que te acenam os incontáveis partidários da ociosidade, na boa vida.
Avança pela estrada orgânica respeitando o patrimônio carnal que a Divindade te outorgou para a redenção e acumula alegrias que não se convertam em angústias e gozos que não se transformem em fantasmas poderosos a dominarem todas as paisagens mentais...
Vai trabalhar hoje na vinha do Senhor, alegremente, e constatarás que a verdadeira felicidade ainda é aquela que consiste em fazer felizes os que nos cercam, fixando-se em nós logo depois, como radiosas florações de todo o bem esparzido resposta do amor d’Aquele que até agora continua a esperar-nos confiante.
NOTA — Tema para estudo: L. E. — Parte 1a — Cap. IV — A vida e a morte.
Leitura complementar: E. — Cap. VI — O advento do Espírito de Verdade. — Itens 5/8.
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Mateus 21:28
Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.
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