Sabedoria do Evangelho - Volume 8
Versão para cópiaO "EU" PROFUNDO
JO 14:1-14
(Tradução literal)
(Sentido real)
Inicialmente, alguns esclarecimentos a respeito do texto literal, para posterior comentário exegético e simbólico em que se procurará alcançar o sentido real das palavras do Cristo.
Parece que, de fato, os discípulos se achavam perturbados com os acontecimentos que se precipitavam naqueles dias tumultuados e cheios de acontecimentos imprevisíveis para eles. Daí a recomendação inicial. O segundo membro do versículo é traduzido pelo indicativo ou pelo imperativo, já que pisteúete é forma comum a ambos os modos. Optam pelo indicativo: Agostinho, a Vulgata, Beda, Maldonado, Knabenbauer, Tillmann, Lagrange, Durand. Preferem o imperativo: Cirilo de Alexandria, João Crisóstomo, Teofilacto, Hilário, Joüon, Bernard, Huby; e o imperativo coaduna-se muito mais ao contexto.
A frase: "se não, ter-vos-ia dito que vou preparar lugar para vós"?, deixamo-la como interrogativa, conforme se acha na margem da tradução da Escola Bíblica de Jerusalém (1958), na Revised Standard Version (1946), na New English Bible (na margem, 1961), em Die Heilige Schrift (Zurich, 1942), em The Greek New Testament de Kurt Aland (1968), em Le Nouveau Testament, de Segond (1
962) e na tradução de Lutero (revidierter Text, 1
946) - lendo todos hóti como recitativo (Bauer e Bernard). Realmente, é muito melhor contexto, do que a leitura afirmativa que se acha em Wescott e Hort, The New Testament in the Original Greek (1881), em Bover, Novi Testamenti Biblia Graeca et Latina (1959), em Nestle-Aland, Novum Testamentum Graece (1963), em He Kaine Diathêke, da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira (1958), na Revised 5ersion of New Testament (1881), na American Standard Version (1901), em The New English Bible (1961), na Translation for Translators (1966).
No Evangelho, anteriormente, não há a frase literal citada aqui, mas em JO
814) abandona a interpreta ção de "casa de meu Pai" como lugar geográfico, afirmando que "Cristo prepara as moradas de Seus discípulos, ao preparar moradores para esses lugares".
O Pai que "habita" ou permanece (mánôn) em mim (en emoi) faz as obras dele (poieí tà érga autoú) conforme também se acha em JO
Para o idioma grego, não teria sido difícil escrever claramente, tal como o fazemos em português, os pronomes pessoais, embora conservando-lhes as características casuais, como independentes: seria possível empregar diante deles os artigos, para esclarecer o sentido. Exemplifiquemos com a frase: Egô eimi he hódos kai he alêtheia kai he zôê: oudeís érchetai pròs tòn patéra ei mê di’emou, que poderia, a rigor, talvez, escrever-se: TO EGÔ ESTIN he hódos kai he alêtheia kai he zôe: oudeís érchetai pròs tòn patéra ei mê dià TOU EMOU.
No entanto, jamais encontramos essas construções em qualquer autor, donde concluímos que, ou os gregos não na aceitavam absolutamente, ou não interessava ao evangelista falar abertamente. Terceiro argumento: quem falou, não foi Jesus, o ser humano, mas o CRISTO manifestado através dele (dià autoú).
Temos, por conseguinte, que interpretar corretamente as palavras do Cristo, de acordo com o conhecimento que a humanidade já adquiriu, e de acordo com a assertiva do Cristo mais adiante (JO
Não interessava a manifestação plena do conhecimento do EU, para a massa popular e para os profanos, mesmo altamente situados na sociedade, mormente durante o longo período de obscurantismo e despotismo vigente na kaliyuga: aproveitar-se-iam os chefes embrutecidos da confusão do Eu profundo (Individualidade) com o eu menor (personagem) para atribuir àquele as ambições deste, a fim de oprimir mais ainda os pequenos e fracos. Importava que eles temessem o Deus Transcendente, que podia castigá-los nesta e na "outra vida". Indispensável, pois, que tudo permanecesse na bruma, oculto aos profanos, pois os verdadeiros evoluídos perceberiam tudo por si mesmos, mediante sua ligação com o plano superior. E isso ocorreu, sem dúvida, com indiscutível frequência, em todos os climas, produzindo alguns dos denominados "santos" e todos os "místicos". E ainda hoje verificamos que criaturas, sem elevação, confundindo os dois planos conscienciais, julgam tratar-se do Eu profundo, quando estão apenas lidando com o eu menor cheio de falhas. E o pior é que carreiam após si numerosos discípulos, aceitando o título de "mestres", etc.
Obedecendo às" orientações recebidas, damos, neste capítulo, ao lado da tradução literal do texto grego, o "sentido real do ensino, de acordo com o nível atual do desenvolvimento espiritual da humanidade.
Talvez agora ainda muitos estranhem essa nova interpretação, mas muitos haverá que se regozijarão com ela, pois sentem e sabem essas coisas, apenas ainda não nas haviam lido nos Evangelhos.
E com o decorrer o tempo, ao chegarem à Terra as novas gerações que se preparam para deslanchar o impacto da renovação das criaturas no terceiro milênio, tudo se tornará tranquilamente compreensível. E o avanço que, por esse meio, poderão dar os espíritos será incalculável, pois terão em suas mãos as chaves que lhes abrirão as portas até agora reclusas; só no Oriente fora revelado claramente esse ensino, mas ninguém se arriscou a ler o sentido real dos Evangelhos, dando de público essa interpretação legítima. Atrevemo-nos a fazê-lo (embora reconheçamos que ainda não atingimos o ponto mais elevado, pois outros sentidos há, mais profundos ainda, que não estão a nosso alcance) para quebrar todos os tabus da "letra que mata", e abrir passagem aos mais capazes, descendendo o caminho a trilhar: as vias do Espírito.
"Não se turbe vosso coração: sede fiéis à Divindade e fiéis ao Eu". O coração, como vimos (col. 59, pág. 114), é o local onde reside o átomo monádico, ligação direta com o Eu Profundo e com o Cristo Interno. Se aí penetrar a perturbação, todo o ser se descontrola. Importa menos a perturbação do intelecto, pois só a personagem seria envolvida. Mas quando o descontrole - pela dúvida - atinge o coração, tudo desmorona, porque se altera a ligação profunda.
Para que não advenha perturbação ao coração, é indispensável manter firme e inalterada a união ou fidelidade à Divindade e ao Eu profundo, que é o Espírito que com a Divindade sintoniza: essa a única maneira de evitar-se qualquer perturbação espiritual. Se ocorrer perturbação, e consequente desligamento sintônico do Eu, e portanto da Divindade, o descontrole do Espírito se comunicará irremediavelmente à personagem, que entrará em colapso espiritual, animalizando-se nas mais perigosas emoções. É quando a criatura manifesta sinais evidentes de alteração do caráter, revelando desinteresse e indiferença pelas coisas mais sérias, susceptibilidade, negativismo, impulsividade, oposição e hostilidade a tudo o que é espiritual, irritabilidade e agressividade, além de reações coléricas contra os melhores amigos, obstinação, desconfiança e reações de frustração, com hiperemotividade nos círculos sociais que frequenta e nos empregos, egocentrismo e egoísmo, que coloca seu eu pequeno como a coisa mais importante a ser atendida, além ainda de instabilidade psicomotora e afetiva, ora amando ora odiando as mesmas pessoas, o que leva a embotamento do psiquismo, diminuindo sua sensibilidade às intuições e inspirações e advindo daí todos os desajustamentos imagináveis, que tornam a criatura insociável.
Portanto, todo o segredo da PAZ que defende o Espírito contra qualquer ataque, é a absoluta fidelidade sintônica com o Eu e com a Divindade, de tal forma que NADA consiga abalar sua segurança e sua confiança granítica no Cristo Interno que o dirige e cujas vibrações ele permanentemente PERCEBE em si mesmo, no âmago mais profundo do ser. Podem vir ataques pessoais contra ele, do plano astral ou do material; podem seus amigos mais íntimos traí-lo ou menosprezá-lo ou agir contra ele; podem seus amores abandoná-lo; pode sua situação financeira cair em descalabro; pode tudo ruir a seu lado e avalanches de perseguições envolvê-lo, e a doença martirizar-lhe o corpo - continuará IMPASSÍVEL em sua paz interior, porque NADA O ATINGE: seu Eu está mergulhado no Cristo, como um peixe nas. profundezas do oceano, onde não chegam as tempestades e borrascas que agitam a su perfície em vagas gigantescas: ele possui em si a PAZ que o Cristo dá: "MINHA PAZ vos dou, MINHA PAZ vos deixo". "Na Casa de meu Pai há muitas moradas. Alguns interpretam materialmente: há muitos planetas habitados.
Outros acham que são os diversos planos ou graus conseguidos no "céu". Supõe certo grupo que se trata de locais espirituais, que servem de habitação aos espíritos desencarnados. Ainda pode interpretar-se como referência aos numerosos planos evolutivos das criaturas ainda presas à carne. E também pode, a "Casa do Pai", neste trecho, referir-se a Shamballa, onde permanece o Pai (Melquisedec) com o Grupo de Servidores da Humanidade, a Fraternidade Branca. O Mestre Jesus, Chefe do Sexto Raio ("Devoção") já saíra da "Casa do Pai" e agora regressava para assumir seu posto; e lá prepararia os lugares destinados a seus discípulos mais avançados. Mais tarde, voltaria a eles e, quando largassem seus corpos físicos, os tomaria consigo para fazerem parte do corpo de Seus. emissários junto às criaturas como membros de Seu Ahsram. Assim permaneceriam nos milênios seguintes sempre junto a Ele, só retomando ao corpo físico quando fosse indispensável para alguma missão vital, como ocorreu, por exemplo, com João o Evangelista, que mergulhou na carne como Francisco de Assis.
Mas, para o momento atual da humanidade que quer evoluir realmente, a mais clara compreensão do trecho é a que damos na tradução para o "sentido REAL". Trata-se do CRISTO que fala, e não do Mestre Jesus; daí ser óbvia a interpretação segundo os diversos níveis evolutivos em que a "Casa do Pai", o Templo de Deus, que é o ser humano, pode encontrar-se "morando"; e devemos salientar que, nesta longa conversa com Seus discípulos, a expressão "morar" ou "permanecer" é repetida ONZE vezes.
O Eu profundo, que inspira a personagem por Ele plasmada de um lado, enquanto do outro lado permanece unido ao Pai, precisa recolher-se em certas situações junto ao CRISTO, a fim de fortalecer-se, para depois novamente fixar-se na personagem, fazendo-a unir-se à Individualidade, para a seguir atraí-la a Si: "para que, onde esteja o Eu, estejais vós também".
Repitamos o processo: a personagem transitória, que pertence ao mundo mentiroso da ilusão, precisa transferir sua consciência para o nível superior da Individualidade, para então poder unificar-se com o Eu profundo. Só depois disso poderá unificar-se com o CRISTO interno, e através deste, que é "Caminho", se unificará ao Pai, que é a Verdade e a Vida. O "Espírito verdadeiro" (CRISTO) absorverá, dominando-o e vencendo-o, o "espírito mentiroso" da personagem terrena.
Quando isso ocorrer, teremos a unificação completa da Individualidade que peregrina evolutivamente através das muitas personagens transitórias, com o Eu profundo; e "naquele dia, conhecereis que o Eu está no Pai, e vós no Eu, e o Eu em vós" (JO
Já muitas explicações haviam sido dadas; no entanto, muitos dos discípulos ainda confundiam o Eu maior com o eu menor; confundiam o Cristo com Jesus.
Isso ocorreu com Tomé (como o comprovará sua dúvida a respeito da "ressurreição"), que ingenuamente indaga, referindo-se à personagem de Jesus: "Senhor, não sabemos para onde vais; como poderemos saber o caminho"?
A evidência de que não se tratava de caminho físico-geográfico é a resposta de Jesus: "O EU é o Caminho da Verdade e da Vida: ninguém vem ao Pai senão pelo Eu"!
Aqui temos que alongar-nos para que fique bem clara e comprovada nossa tradução.
O texto diz, literalmente: "Eu sou o caminho e a verdade e a vida". A repetição do "e" (kai) no segundo e terceiro elementos, dá-nos a chave para compreender que se trata de uma hendíades (cfr. col. 1 e vol.
5) A tradução, para dar ideia do sentido real, deve respeitar a hendíades, para que não fique "ilógica": a Verdade e a Vida, são a meta, que não pode confundir-se com o "caminho" que a elas leva. Jamais diríamos: "este é o caminho E a cidade", mas sim "este é o caminho DA cidade"; "caminho", em si, nunca poderá constituir um objetivo: é o MEIO para chegar-se ao objetivo, à meta.
Ora, sendo o CRISTO cósmico, (individuado em Jesus, mas NÃO a criatura humana de Jesus) que falava, podia o CRISTO dizer: "EU sou o caminho que leva à Verdade (ao Pai) e à Vida (ao Espírito, o Santo)".
Sendo o EU de cada um de nós (o EU profundo) a individuação do CRISTO, a tradução mais perfeita, para evitar qualquer dúvida, é a do sentido real: "O EU é o caminho da Verdade e da Vida". Em qualquer ser, "que já tenha Espírito" (cfr. JO
E a comprovação plena de que nossa interpretação é fiel e verdadeira, está na segunda parte da frase: "ninguém vem ao Pai senão por mim", ou melhor, "senão pelo EU". Ninguém "vem", pois estando o Eu, o Cristo e o Pai unificados, o verbo só pode ser "vir", e não "ir", que daria ideia de um local diferente daqueles em que eles estariam.
Se o Pai é a Verdade, e o Espírito é a Vida, e se o Cristo é o "Caminho", a frase está perfeita: Ninguém chega ao Pai, senão através do caminho (Cristo). Então, não é, certamente: "Caminho E Verdade E Vida", mas sim: "Caminho DA Verdade e DA Vida".
Sendo o Cristo UM com o Pai, objetam que, indiscutivelmente também Ele é Verdade e é Vida. Certo.
Mas na expressão específica dada neste versículo, o Cristo respeita o que havia dito: "O Pai é maior que eu" ou "que o EU" (JO
Mas Filipe não se satisfez. Queria talvez ver com seus olhos físicos ou astrais, um "ser" com forma: "mostra-nos o Pai". É o verbo deíknymi (cfr. vol. 49 pág. 92), que exprime o ato de revelar, por uma figura física, uma verdade iniciática. Ora, jamais isso seria possível. Daí a resposta taxativa do Cristo, procurando fazer compreender a Filipe que o EU lá estava ligado a eles, pois já haviam atingido, evolutivamente, o nível em que o EU se individualiza. E lá estavam ligados a Ele. Será que depois de tanto tempo, ainda O não conheciam? Será que ainda viviam presos à ilusão transitória da personagem encarnada? Será que ainda acreditavam ser seu próprio corpo físico, vivificado pelos outros veículos inferiores? Não haviam percebido a existência desse EU superior, que lhes constituía a Individualidade, que criara e animava a personagem? Ora, quem descobre e quem vê o EU, automaticamente está vendo o Pai; porque o EU e o Pai são da mesma essência: o SOM, vibração criadora e o SOM vibração criada, SÃO O MESMO SOM, a MESMA vibração, a MESMA substância que subestá ao arcabouço da criatura.
Entretanto, toda essa "região" vibratória elevadíssima só é percebida pela consciência da Individualidade, jamais chegando até a personagem: "A carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus"
(1CO
Daí muitas ilusões que ocorrem: A) personagens que colocam sua Imaginação a funcionar e "sentem", no plano emocional, vibrações deleitosas, e com o olho de Shiva do corpo astral percebem luzes, acreditam estar em contato com o EU profundo e anunciam, jubilosos, esse equívoco, como se fora realidade;
B) personagens que nada "sentem" e vivem no trabalho árduo de servir por amor, julgam não ter tido ou não estar em contato. No entanto, vivem contatados e dirigidos diretamente pelo Eu profundo, que os inspira e orienta totalmente.
Entre esses dois extremos, há muitos pontos intermediários, muitos matizes variáveis. Mas o fato é que todo aqueles que, consciente ou inconscientemente na consciência "atual", teve contato REAL, jamais o diz, da mesma forma que o Homem jamais revela a estranhos os contatos sexuais que tenha mantido com sua amada. Quanto a saber-se quem está ou não ligado, não é difícil para aqueles que se acham no mesmo grau: SABEM nem é preciso que ninguém lhes diga.
Mas o Cristo prossegue em Sua lição sublime a Filipe: "não sabes que o Eu está no Pai, e o Pai está no EU"? Realmente, lá fora antes ensinado que "seus anjos estão diante da Face do Pai" (MT
Vem a seguir o apelo: "crede que o Eu está no Pai e o Pai no Eu, pois as próprias obras (érga) o demonstram".
Ora, as obras do Cristo, através de Jesus, eram irrefutáveis e manifestas: domínio dos elementos da natureza, das enfermidades, da matéria, das almas e dos corações. Inegável que, "pelos frutos se conhece a árvore" (LC
E como prova de que a todas as criaturas se dirige o ensino e de que o CRISTO está em todas as criaturas, vem a garantia, precedida da fórmula solene (cfr. vol. 5. º, pág. 111): "Em verdade, em verdade vos digo, que aquele que for fiel ao EU (que estiver a Ele unificado), esse fará as obras que faço, e ainda maiores, porque o EU vai para o Pai (liga-se ao Pai) e tudo o que pedirdes em nome do EU (por causa do EU, cfr. vol. 4. º pág.
136) o Eu fará, para que o Pai se transubstancie no Filho". E repete: "Se pedirdes algo em nome do Eu, o Eu fará".
Aí temos uma lição prática de grande alcance. Muitos queixam-se de que pedem e nada conseguem; mas pedem com a personagem desligada e em nome da personagem Jesus. Não é esse o "caminho": o caminho é o EU Profundo, o CRISTO interno. E para obter-se, com segurança, mister que estejamos unificados com esse EU. Sem isso, o caso é aleatório, poderá conseguir-se ou não. Mas uma vez unificados, sempre obteremos; o que não significa, porém, que o fato de obtermos; seja indício de que já estamos ligados ao EU.
Essa obtenção é imediata e fatal porque, estando unificados com o EU, e estando o EU unificado ao Pai, o EU volta-se (vai) ao Pai que é o Verbo Criador, e então pode "criar" tudo sem dificuldade.
E a razão de assim ser, é que o atendimento se faz "porque o Pai se transubstancia no Filho". E esse é o objetivo final. Não que o Pai "glorifique" o Filho, mas que o Filho seja absorvido pelo Pai, que lhe comunica a plenitude (plerôma) de Sua substância. Torna-se, então, a criatura um Adepto, Hierofante ou Rei, com domínio absoluto e soberania irrestrita. Isso ocorreu com Jesus e com outros sublimes Avatares que se transformaram em Luz (Buddhas) e assistem junto ao trono do Ancião dos Dias, na "Casa do Pai".
Para lá caminhamos todos: oxalá cheguemos rapidamente!
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João 14:1
NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
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João 14:2
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito: vou preparar-vos lugar.
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João 14:3
E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
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João 14:4
Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.
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João 14:5
Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
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João 14:6
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.
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João 14:7
Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.
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João 14:8
Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
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João 14:9
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? quem me vê a mim vê o Pai: e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
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João 14:10
Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.
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João 14:11
Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim: crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.
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João 14:12
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para meu Pai.
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João 14:13
E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
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João 14:14
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
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João 8:28
Disse-lhes pois Jesus: Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis quem eu sou, e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou.
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João 5:19
Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente.
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João 10:38
Mas, se as faço e não credes em mim, crede nas obras: para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim e eu nele.
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João 7:16
Jesus lhes respondeu, e disse: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou.
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João 12:49
Porque eu não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar.
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João 16:12
Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
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João 16:13
Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.
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João 7:39
E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.
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João 14:28
Ouvistes que eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis, certamente exultaríeis por ter dito: Vou para o Pai; porque o Pai é maior do que eu.
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I Coríntios 15:50
E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção.
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Mateus 18:10
Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai que está nos céus.
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Lucas 6:44
Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos.
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