As Chaves do Reino

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Ilustração tribal

PREFÁCIO - AS CHAVES DO REINO

Meus irmãos, Jesus nos abençoe!

As existências físicas são estágios de trabalho e de aprendizado contínuo, assegurando-nos a fixação dos valores revelados ao mundo em todas as épocas da história e, de modo pleno, por Jesus Cristo, em Seu Evangelho de redenção.

E se o trato do Espírito com a matéria é condição sine qua non para adestramento de seus potenciais intrínsecos, a inteligência, que se desperta por efeito desse entrosamento, deve, por sua vez, estar a serviço da evolução consciente do ser, patrocinando-lhe a própria qualificação moral, tendo em vista que a Lei do Mérito é a suprema Verdade de Deus, sintetizada no "a cada um segundo as suas obras".

A obra de Francisco Cândido Xavier, intermediando o Alto, nos ensina que "Deus usa o tempo e não a violência", e, cientes de que o livrearbítrio é atributo das criaturas para usufruto desse tempo que o Pai nos concede, justo, para quantos anseiam a libertação pessoal das algemas da insatisfação, das culpas, dos remorsos e da indiferença moral, que terminam por instigar violências e crimes diversos, a busca de meios eficientes que lhes assegurem a superação de vícios mentais e de comportamento - responsáveis sempre por sua escravização ao egoísmo, ao orgulho, à vaidade e à presunção.

O estudo das leis universais foi responsável pela formalização da cultura civilizatória, que busca ordenar as forças do meio ambiente e a socialização da humanidade. Será, também, pelo estudo criterioso e continuado das genuínas Revelações Divinas que as almas adentrarão o universo das verdades do Pai e Criador, iniciando-se, pelo mecanismo da renovação mental, nos caminhos da vida abundante, em que as forças do coração serão convocadas a sublime exercício de expansão e profundidade moral.

Contando hoje com o benefício da Terceira Revelação de Deus aos homens - o Consolador Prometido –, pode-se adentrar, sem muita dificuldade, o sagrado templo das verdades cósmicas, enfeixadas no Evangelho do Cristo. Constituído em grande parcela por parábolas e assinalado, todo ele, por uma linguagem recamada de símbolos porque atrelado à gradativa e substanciosa Revelação da Justiça operada desde a mais remota antiguidade e formalizada por Moisés a Boa-nova está para o Espiritismo, assim como está o Espírito para o corpo físico, que o representa em linhas aparentemente definidas para fins dinâmicos de progresso e evolução.

Por isso, encontramos nos antigos documentos da Verdade, então expostos no tempo, e, notadamente, no Evangelho de Jesus, que enfeixa "o Caminho, a Verdade e a Vida", sinais vigorosos e chaves libertadoras.

Os tempos da transição, em curso intensivo na Crosta, vêm depurando a vida planetária, entre desarticulações e avalanchas de forças, que anteriormente, permaneciam concentradas e sob relativo controle.

Não somente individualidades experimentam o "dilúvio" particular de provas e desafios, mas igualmente as instituições humanas, por mais história e domínio aleguem trazer em seu bojo de experiências e interesses sociais. A Mensagem de Jesus, como Ele em Si, é livre e libertadora. O Espiritismo, nascido sob a tutela vigilante e universalista de Allan Kardec, representa, desde o seu nascedouro, em 1857, o "golpe de misericórdia" sobre toda e qualquer ação deturpadora ou calculada de homens acostumados às ilusões do poder. Ajustados um ao outro como Espírito e corpo, como sentimento e razão, como fé e ciência reapresentam aos homens o plano de Deus, sem retoques ou tendências - o Espírito de Verdade, que ficará eternamente conosco! À face disso, em nome da Lei de Cooperação, movido pessoalmente por infinita gratidão ao Senhor, registramos neste livro despretensiosamente, algumas anotações de nosso aprendizado espírita-cristão, na Terra e aqui no Além, acerca das "Chaves do Reino" para usufruto de quantos desejem viver com o Senhor, valorizando os "olhos de ver" e os "ouvidos de ouvir".

Nossos sinceros votos de proveito e paz!


HONÓRIO ONOFRE DE ABREU


Página psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão, em Mário Campos, Minas Gerais, em 25 de dezembro de 2015.


Nota da Editora: Utilizou-se a tradução de João Ferreira de Almeida edição Revista e Corrigida, publicada pela Imprensa Bíblica Brasileira, para as citações bíblicas do Antigo e do Novo Testamento referenciadas pelo autor espiritual nesta obra.



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